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Liquidez: entenda o que é, como funciona e por que ela é importante nos investimentos

A liquidez de um produto é um dos fatores mais importantes para se analisar no momento de investir. Saiba como analisar a liquidez de um investimento e como ela funciona.

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Data de publicação
16 de maio de 2023
Imagem representando a liquidez, com uma mão e um gráfico em crescimento.

No mundo financeiro existem diversos termos específicos que são utilizados e um exemplo deles é a expressão liquidez. Esse é um conceito que está diretamente relacionado à capacidade e possibilidade de resgate de um investimento.

Muitos investidores levam em consideração somente a rentabilidade na hora de investir. Porém, a liquidez também precisa ser analisada para que esteja de acordo com as necessidades do investidor.

O que é liquidez em investimentos?

A liquidez é a velocidade pela qual o valor investido e o lucro gerado conseguirão voltar àquele que aplicou o recurso, ou seja, o investidor.

Normalmente, os ativos que apresentam uma boa liquidez conseguem ser resgatados na hora, ou em até um dia útil. Já para os ativos com baixa liquidez, é necessário um período maior para que eles sejam resgatados e retornem para o investidor em forma de dinheiro.

Em outras palavras, tudo depende da rapidez de conversão dos ativos em dinheiro. Quanto mais rápida, mais líquido é.

O tipo de liquidez vai depender dos objetivos financeiros, do perfil e de quanto tempo o investidor deseja deixar o dinheiro aplicado gerando rentabilidade.

Por esse motivo, quem não pode ou não quer deixar a aplicação por longos períodos, precisa analisar as características dos ativos antes de investir.

Como avaliar a liquidez de uma aplicação?

Para definir a liquidez, na grande maioria dos casos, as instituições financeiras utilizam a indicação D+nº.

Esse indicador define o período em que o aporte poderá ser resgatado, no qual o “D” significa o dia da solicitação e o “nº” seria a quantidade de dias úteis em que o patrimônio será liberado.

Existem também os investimentos que são de liquidez diária, ou liquidez imediata. Esses casos são indicados, por exemplo, para quem deseja montar uma reserva de emergência, pois esse é um dinheiro que deve estar disponível a qualquer momento em que o investidor precisar, afinal, o próprio nome já diz que é para emergências.

Porém, para investimentos com liquidez diária, vale a pena relembrar que nem sempre eles apresentam uma rentabilidade excelente.

Isso se dá, pois os investimentos que oferecem grandes rentabilidades, normalmente, são de baixa liquidez, pois precisam de um tempo maior para que o dinheiro possa trabalhar e gerar lucros.

Quais são os principais investimentos com boa liquidez?

No mercado financeiro existem diversos investimentos com boa liquidez, em alguns casos, até liquidez diária. Alguns exemplos são:

  • Tesouro Direto;
  • Ações;
  • Fundos de Investimento;
  • CDBs.

Tesouro Direto

A liquidez no Tesouro Direto é alta somente no Tesouro Selic, que oferece a possibilidade de resgate diário sem penalizar o investidor pelo resgate fora do prazo de vencimento. Porém, outros títulos públicos atuam ao longo prazo e, por isso, têm alta liquidez;

Ações

Esses ativos podem ser negociados na bolsa de valores e, na grande maioria dos casos, podem ser comprados e vendidos no mesmo dia. Por conta desse fator, a liquidez de ações pode ser considerada boa;

Fundos de investimento

Dependendo das características dos fundos de investimento em que se deseja investir, ele pode apresentar a possibilidade de resgate diário ou imediato. Por isso, é importante a análise completa das especificidades do fundo no qual se deseja investir. Além disso, quando falamos de liquidez na renda fixa, vale a pena ressaltar que alguns fundos de renda fixa costumam ter maior liquidez, muitas vezes em D+0 ou D+1;

CDBs

Nesse caso, os CDBs apresentam diversos prazos com relação à liquidez, portanto, é sempre necessário a análise para que se encontre um investimento com boa liquidez.

Entretanto, do outro lado, também existem os investimentos com liquidez no vencimento, que são aqueles em que o patrimônio aportado fica guardado até o final de um prazo estabelecido.

Esses ativos são mais recomendados para quem já tem uma reserva de emergência estruturada e não precisará desse dinheiro aportado até o fim do determinado prazo.  

Como a liquidez pode afetar o rendimento de um investimento?

Apesar da ideia de poder resgatar o dinheiro a qualquer momento ser bastante interessante, os ativos com liquidez diária, ou até imediata, também têm desvantagens.

Geralmente, eles são investimentos que rendem bem menos do que aqueles que apresentam uma alta liquidez, ou liquidez no vencimento.

Isso acontece, pois, ao investir, o indivíduo está “emprestando” dinheiro para uma instituição. Se o patrimônio é aportado em uma opção de alta liquidez, a instituição financeira sabe que terá esse dinheiro por um longo período e trabalhará em sua rentabilidade.

Porém, se o aporte é investido em um ativo de baixa liquidez, a instituição não tem certeza de até quando aquele dinheiro ficará aplicado, ou quando o investidor precisará retirá-lo. Dessa forma, os investimentos com liquidez baixa rendem menos que os demais.

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Como gerenciar a liquidez de uma carteira de investimentos?

Sabe-se que diversificar uma carteira de investimentos é essencial para cobrir diferentes rentabilidades, ativos, além de ter mais oportunidades para aplicar o patrimônio e evitar os riscos de grandes perdas.

Por conta disso, o gerenciamento de liquidez de uma carteira também é altamente recomendado, uma vez que o investidor pode ter tipos muito diferentes de ativos.

Imagine que um investidor colocou todo seu patrimônio em ativos de alta liquidez. Caso ele precise resgatar algum dinheiro antes do prazo, não será possível, ou ele será penalizado na quantia. Já aquele investidor que gerencia sua carteira diversificada, tanto em ativos quanto em liquidez, poderá contar com diversas possibilidades de resgate de acordo com suas necessidades, como diário, curto, médio ou longo prazo.