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Títulos pós-fixados: entenda o que são, suas vantagens e se vale a pena investir

Os títulos pós-fixados são uma opção de investimento onde a rentabilidade é indexada a algum índice, geralmente a Selic ou CDI. Saiba o que são títulos pós-fixados.

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Data de publicação
30 de junho de 2023
Imagem com um pote de dinheiro para representar os títulos pós-fixados.

Os títulos pós-fixados são uma opção de investimento bastante comum no Brasil e normalmente seguem indicadores como a Taxa Selic e o CDI.

O investimento em títulos pós-fixados é uma estratégia que pode ser adotada de forma defensiva, principalmente quando há uma perspectiva de crescimento na taxa básica de juros da economia.

O que são títulos pós-fixados?

Títulos pós-fixados são um tipo de investimento onde a remuneração é atrelada a um indicador econômico e sua rentabilidade é determinada apenas no momento do resgate ou do pagamento de juros.

Por exemplo, um título pós-fixado pode ser indexado ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário) ou à Selic (taxa básica de juros do Brasil). O rendimento do título irá acompanhar a variação desses índices.

Assim, ao investir em um título pós-fixado, o investidor não sabe exatamente qual será a rentabilidade final, pois esta dependerá da variação do indicador econômico ao qual o título está atrelado.

Essa é uma forma de investimento que pode trazer retornos maiores, especialmente em um cenário de alta de juros, mas também traz um nível de incerteza maior em relação aos títulos prefixados, onde a rentabilidade é conhecida no momento da aplicação.

Quais são as vantagens de investir em um título pós-fixado?

Investir em títulos pós-fixados oferece uma série de vantagens que podem ser particularmente atraentes para muitos investidores. Uma das principais delas é a proteção contra a inflação.

Como a rentabilidade desses títulos está atrelada a um indicador econômico que, em geral, acompanha a inflação (como a Selic ou o IPCA), eles podem garantir que o poder de compra do seu investimento não será corroído ao longo do tempo. 

Além disso, eles oferecem a possibilidade de ganhos maiores em cenários de alta de juros. Quando as taxas de juros estão em uma trajetória de alta, a rentabilidade deles tende a aumentar junto com elas.

No entanto, é importante lembrar que, apesar dessas vantagens, os títulos pós-fixados também apresentam riscos. Como a rentabilidade é determinada apenas no vencimento do título, existe uma incerteza maior sobre qual será a rentabilidade final do investimento.

Qual a diferença entre títulos pós-fixados, prefixados e híbridos?

Os títulos de investimento podem ser classificados em três categorias principais: pós-fixados, prefixados e híbridos. A diferença entre eles está na forma como a rentabilidade é calculada e na previsibilidade do retorno do investimento.

Títulos pós-fixados

Títulos pós-fixados são aqueles cuja rentabilidade é atrelada a um indicador econômico, como a taxa Selic ou o CDI. Nesse tipo de título, o investidor só sabe qual será a rentabilidade do seu investimento no momento do resgate.

Essa característica torna os títulos pós-fixados uma opção interessante em cenários de alta de juros, já que a rentabilidade aumentará junto com ela.

Títulos prefixados

Já os títulos prefixados são aqueles em que a taxa de rentabilidade é definida no momento da compra dele. O investidor sabe desde o início qual será o rendimento do seu investimento, independentemente de como a economia se comportará no futuro.

Esse tipo de título é uma boa opção para quem acredita que as taxas de juros cairão, já que a rentabilidade é fixa e não será afetada pela queda dos juros.

Títulos híbridos

Finalmente, os títulos híbridos são uma combinação dos dois tipos anteriores. Eles possuem uma parte da rentabilidade prefixada e uma parte pós-fixada. Um exemplo comum é um título que paga uma taxa de juros fixa mais a variação da inflação, como o IPCA

Portanto, os títulos híbridos oferecem uma certa previsibilidade da rentabilidade, graças à parcela prefixada, ao mesmo tempo em que protegem o investidor contra a inflação, por meio da parcela pós-fixada.

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Exemplos de títulos pós-fixados

Existem vários títulos pós-fixados disponíveis no Brasil, tanto emitidos pelo governo quanto por instituições privadas. Aqui estão alguns exemplos:

  • Tesouro Selic: é um título público pós-fixado, emitido pelo Tesouro Nacional, cuja rentabilidade é atrelada à taxa Selic. É um dos investimentos mais seguros do país, já que possui a garantia do governo federal;
  • CDB pós-fixado: os Certificados de Depósito Bancário são títulos emitidos pelos bancos para captar recursos. No CDB pós-fixado, a rentabilidade geralmente é atrelada ao CDI, que acompanha de perto a taxa Selic;
  • LCI e LCA pós-fixadas: as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) são títulos emitidos por bancos, com isenção de imposto de renda para pessoas físicas e geralmente atrelados ao CDI;
  • Debêntures pós-fixadas: as debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas não financeiras para captar recursos. As pós-fixadas têm sua rentabilidade atrelada a um indicador, como o CDI.

Esses são apenas alguns exemplos de títulos pós-fixados disponíveis no mercado brasileiro. Cada um tem suas particularidades e riscos associados, por isso, é sempre importante fazer uma boa pesquisa antes de investir.