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Economia

Taxa de juros: conheça os principais tipos e saiba como calcular cada um

Taxa de juros é como se chama o custo do dinheiro em um determinando período. Conheça os principais tipos de taxa de juros do e saiba como calcular cada uma.

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Data de publicação
10 de outubro de 2022
Imagem representando a taxa de juros, mostrando uma calculadora junto a moedas.

Qualquer investimento, empréstimo ou outras transações financeiras têm uma taxa de juros envolvida. Por isso, é essencial conhecer o funcionamento de cada tipo e estar pr eparado para os impactos dessa taxa.

O que é taxa de juros?

A taxa de juros é um valor normalmente indicado em porcentagem, usado para calcular quanto o dinheiro vai render em determinado empréstimo ou investimento. Assim, é pago o total do valor investido, acrescido do percentual definido pela taxa de juros.

Essa taxa pode ser de diversos tipos e estar atrelada a vários indicadores diferentes. Mas, antes de pensar sobre a taxa de juros é importante que você entenda o conceito de juros em si. Basicamente, eles são uma compensação pelo tempo em que alguém disponibiliza seu dinheiro para outras pessoas ou instituições.

Os juros levam em consideração a quantidade de capital e o tempo pelo qual ele é emprestado. Podemos dizer que é uma espécie de “aluguel” que é pago ao dono do dinheiro.

Como funcionam as taxas de juros?

O funcionamento das taxas de juros pode ser melhor entendido com um exemplo. Suponha que um amigo peça R$ 100,00 emprestado. Para não ficar no prejuízo durante o período do empréstimo, você e ele decidem que o valor será pago em 2 meses, com uma taxa de juros de 5% ao mês.

Fazendo a conta da forma mais simples possível, ao final do período você vai receber R$ 110,00 reais, ou seja, R$ 10,00 a mais do que foi originalmente emprestado.

Mas, caso seu amigo não aceite a proposta e decida procurar uma instituição financeira, é bom que ele faça uma boa pesquisa. Pois, no Brasil, as taxas de juros dos bancos podem ser definidas livremente pelas instituições. Para decidir um índice, eles levam em consideração diversos fatores, como:

  • Rendimentos do contratante;
  • Capacidade de pagamento em créditos anteriores;
  • Taxa de juros normalmente praticada no país.

Fica claro que taxas de juros mais altas são ótimas para quem empresta o dinheiro, mas são prejudiciais para quem precisa de algum valor emprestado.

Por isso, sempre devemos buscar por bons investimentos, que nada mais são do que um empréstimo que você faz às instituições para que elas o devolvam com juros.

Quais são os principais tipos de juros?

Há vários tipos de juros no mercado. Entender cada um deles é essencial para que você saiba quanto irá pagar caso faça algum empréstimo e também quanto poderá receber se o seu dinheiro for usado. Confira!

Juros Simples

Os juros simples são aqueles em que a taxa sempre vai ser aplicada sobre o capital inicial. Por exemplo, se você emprestar R$ 100,00 a uma taxa de juros simples de 1% ao mês, a cobrança de juros sempre será sobre os R$ 100,00 iniciais.

Dessa forma, se o pagamento levar 10 meses, você vai receber R$ 110,00. Esse conceito é ensinado na escola, embora não seja muito usado no mercado. Sua principal aplicação é como no exemplo que citei: empréstimos amigáveis feitos entre conhecidos e parentes.

Ele também é usado no cartão de crédito e em financiamentos.

Para calcular juros simples, use a fórmula:

  • C x I ÷ 100 x T = Juros

Basta fazer as substituições:

  • C = Capital a ser pego em um empréstimo ou depositado no investimento;
  • I = Taxa de juros;
  • T = Tempo previsto.

Juros Compostos

A taxa de juros composta incide sobre o valor agregado do capital inicial e os juros de cada período. Esse tipo de juros é usado em empréstimos bancários, financiamentos e investimentos.

Por exemplo, no mesmo caso hipotético de emprestar R$ 100,00 a uma taxa de 1% ao mês, no primeiro mês você terá 1 real de juros que deve ser somado ao dinheiro inicial para fazer o cálculo do mês seguinte. Ou seja, a partir do segundo mês, os juros devem ser calculados sobre R$ 101,00.

Quanto mais o tempo passa, maior será o valor base para fazer o cálculo. Pode parecer confuso, mas é possível obter a quantia total seguindo a fórmula matemática:

  • C x (1 + I ÷100) T = Total já com os juros.

O cálculo pode ser feito ao substituir as letras pelos valores correspondentes:

  • C = Valor inicial;
  • I = Taxa de juros;
  • T = Tempo previsto em contrato.

Juros de Mora

Os juros de mora são os famosos juros por atraso. Você com certeza já se deparou com essa taxa quando se esqueceu de pagar a conta de internet, água, luz ou qualquer outra cobrança.

Felizmente, o código de defesa do consumidor define que os juros de mora não podem ultrapassar 1 % ao mês. Quando o atraso é de apenas alguns dias, o percentual deve ser dividido. Veja abaixo uma fórmula simples para calcular:

  • C x (1% ÷ 30) x A = juros. Sendo que C é o capital e A é a quantidade de dias em atraso.

Juros Nominal

Os juros nominais são usados para definir quanto uma aplicação vai render de forma bruta, já considerando as correções e a inflação. É um ótimo indicador para especulações de investimentos e outras aplicações.

Para fazer o cálculo da taxa de juros nominais basta pegar os juros recebidos e dividir pelo capital inicial. Por exemplo: imagine que você pegou 5 mil de empréstimo e pagou 2 mil de juros. Para calcular a taxa nominal faça a conta:

  • 2000 / 5000 = 0,4 ou 40%.

Juros Real

A taxa de juros real não considera em seu cálculo taxas inflacionárias ou correções monetárias. Por isso, pode ser usada para se ter uma ideia mais concreta dos recebimentos de alguns investimentos. Fique atento à fórmula para fazer o cálculo:

  • (1 + in) = (1 + r) * (1 + j), em que IN é a taxa de juros nominais, I é a taxa de inflação do período e R é a taxa real de juros.

Juros Rotativo

O Juros Rotativo é usado no cartão de crédito e faz com que muitas pessoas acabem endividadas, pois as taxas são altas e, se não houver o devido controle, a dívida se transforma em uma grande bola de neve.

Esses juros começam a contar quando o cliente não paga a fatura total. Então, o valor restante é passado para o mês seguinte como um tipo de empréstimo sobre o qual incidem taxas.

Para calcular a taxa de juros, utilize a fórmula:

  • (Valor em aberto ÷ 100) x taxa de juros +IOF do período.

Mas lembre-se, esse é um dos juros mais altos praticados em nossa economia e deve ser evitado ao máximo. Portanto, o pagamento integral da fatura do cartão deve ser uma prioridade.

Juros Sobre capital próprio

Os juros de capital próprio são calculados sobre os rendimentos de uma determinada empresa. Geralmente, as instituições repassam parte desse valor para os seus acionistas.

O cálculo é feito aplicando-se a taxa de juros de longo prazo (TJLP) sobre o valor.

Como são definidas as taxas de juros no Brasil?

Como mencionamos, as instituições financeiras têm autorização para praticar as taxas de juros que julgarem necessárias. Contudo, há um índice definido pelo Banco Central e que influencia em todas as taxas existentes no mercado: a Selic.

Taxa Selic

A taxa Selic representa os juros básicos da economia brasileira, sendo a quantidade de juros que o governo paga àqueles que adquirem títulos públicos do tesouro nacional.

Por ser tão importante, a Selic afeta todas as outras taxas, como as de empréstimos, aplicações financeiras e financiamentos.

Outra taxa afetada é a do CDI, que geralmente caminha próximo à Selic. Essa taxa representa o valor cobrado pelos bancos quando emprestam dinheiro uns para os outros. Essas operações costumam ter como garantia títulos do tesouro nacional, o que justifica a proximidade das taxas.

A Selic está fortemente atrelada à inflação e temos acompanhado isso no último ano. Pois, para manter a inflação em um nível aceitável, o governo aumenta a taxa Selic. Os juros altos diminuem o consumo e a pressão sobre os preços.

Por outro lado, em períodos de inflação controlada, a taxa diminui para estimular o consumo.

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Quais são as principais taxas de juros dos investimentos?

Os investimentos estão atrelados a taxas como a Selic, CDI e IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, também chamado de inflação).

Sendo assim, as variações nesses índices influenciam diretamente nos rendimentos das aplicações financeiras. Já que, se estiverem altos, os lucros são maiores, mas em períodos de baixa, seus rendimentos serão menores.

Essas taxas de juros são usadas comumente em investimentos de renda fixa, como:

Eles oferecem taxas pré-fixada, pós-fixada e híbrida. Sendo que, nas duas últimas, são usados os índices que citamos acima:

  • Pós-Fixado: o investimento vai render de acordo com uma taxa da economia, que pode ser a Selic, CDI ou IPCA.
  • Híbrido: seu investimento terá uma taxa fixa e uma variável, que pode ser a Selic, CDI ou IPCA.

Conhecer a taxa de juros é apenas o primeiro passo para fazer um bom investimento. Para obter sucesso, é preciso ter um amplo conhecimento do mercado financeiro.

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