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Mesa Pra Quatro

João Doria é convidado do 13º episódio do Mesa pra Quatro

Possível candidato à presidência da República foi convidado da semana do podcast da Empiricus

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Data de publicação
13 de setembro de 2021
Categoria
Mesa Pra Quatro

O nome “João Doria” tem aparecido com frequência na mídia e estampado as manchetes dos jornais. Se antes ele era mais conhecido entre os habitantes de São Paulo, estado que governa, podemos afirmar que, desde o ano passado, a alcunha ganhou maior projeção em todo o Brasil.

Combativo quanto ao assunto coronavírus e tendo conseguido a primeira vacina para o país, Doria tornou-se reconhecido por conta do seu trabalho político. 

Mas ele carrega os ensinamentos do seu passado, da sua trajetória como empresário, na forma em que atua ao governar o estado mais populoso do país e responsável por 32% do PIB nacional

“Quando decidi vir para a política, procurei exercer com mais força a questão de melhorar a qualidade da gestão pública. Ter um olhar de mais eficiência e agilidade”, comenta no podcast da Mesa Pra Quatro, conduzido por Dan Stulbach, ator; Teco Medina, consultor financeiro, e Caio Mesquita, CEO da casa de Empiricus, como apresentadores. 

Ao se aprofundar na política, Doria percebeu ainda mais que as coisas operam de formas diferentes em cada um desses cenários. No Brasil, a burocracia acaba sendo um problema para aqueles que querem fazer um bom trabalho na vida pública. “O que mais me incomoda não é a ineficiência, porque a média do poder público não é ruim. O que me incomoda é a lentidão”, afirmou o político. “Auditores, órgãos reguladores, órgãos fiscalizadores. Tantas regras tornam qualquer processo lento demais. Se você não for honesto por princípio, você pratica desonestidades”, diz. 

O que ele vem tentando fazer, então, é tornar os processos mais simples. Uma das histórias que ele contou para ilustrar suas tentativas foi o sucesso que obteve ao tornar a abertura de novas empresas em São Paulo mais rápida – há alguns anos, eram necessários 126 dias para completar todos os trâmites. Hoje, segundo ele, basta apenas um dia. 

Acompanhe o episódio com a participação de João Doria, governador de São Paulo, dando play abaixo (ou acesse o Mesa Pra Quatro na sua plataforma preferida):

João Doria é conhecido por sua atenção ao tempo

Entre os mais próximos, Doria é conhecido justamente por prezar pelo bom uso do tempo. Relógios, segundo comentários, cercam suas obrigações diárias. “As reuniões aqui tem hora para começar e acabar. É preciso ter a capacidade de sintetizar as coisas. Comunicar no menor tempo possível o maior volume de informações”, colocou após ser indagado por um dos hosts do podcast sobre o assunto. “Tempo foi algo que eu aprendi, quando eu era empresário, a valorizar”.

Parte desse apreço pelo tempo vem, justamente, pela história do atual governador de São Paulo e por toda a sua caminhada para alcançar as coisas. 

Doria começou a trabalhar ainda criança, com 13 anos, para ajudar sua mãe e seu irmão mais novo após seu pai, João Agripino da Costa Doria Neto, ter sido exilado durante a ditadura militar. “No período do exílio do meu pai, nós perdemos tudo: casa, carro, renda, tudo. Então eu tinha de ser muito organizado porque quando algo falta, cada item tem de ser totalmente aproveitado. A reposição não é fácil”, narra. 

Por conta dessa vivência, Doria conta que se tornou uma pessoa equilibrada em relação ao dinheiro: nem um esbanjador, nem um muquirana. “Eu aprendi a respeitar o dinheiro. Esse respeito me fez ser uma pessoa muito dedicada e séria. Nunca esbanjei, nunca gastei naquilo que não era necessário, mas também nunca fui avarento ou egoísta”. 

Luz cortada, família vendendo todos os bens, dívidas com agiotas – a vida do governador na adolescência não foi fácil. Com a ajuda de conhecidos, porém, ele conseguiu seus primeiros trabalhos. Assim, caiu no ramo da comunicação e deu início a uma carreira de sucesso. 

Começou como office boy em uma agência de publicidade. Depois, tornou-se auxiliar no departamento de mídia, onde acompanhava aqueles que tentavam vender horários de comerciais nas grades de TV. Logo, deixou de ser ajudante para ser ativo. “Foi a primeira vez que comecei a ganhar dinheiro. Eu falava bem, era articulado. Tive bons contatos para aprender como era a venda”, conta. 

Em um desses serviços, teve contato com a política: auxiliou, por meio de uma agência de publicidade, a campanha de Franco Montoro ao Senado. Isso, mais tarde, rendeu a Doria seu primeiro cargo público: com 21 anos, ele se torna secretário do turismo da cidade de São Paulo e presidente da Paulistur. Posteriormente, ele se torna presidente da Embratur. 

Foi depois de ocupar esses cargos públicos, por aproximadamente sete anos, que a vida de empresário de Doria decolou: ele lançou uma agência de publicidade com um amigo e, posteriormente, começou a atuar em programas na TV voltados ao empresariado. 

Governador de São Paulo tem empresa que atua em 12 países

Em um destes, chamado Show Business, tem a sacada daquele que será o seu maior negócio. “Recebia os empresários. Eram dois, três, quatro, que ficavam esperando em uma sala de espera. Comecei a observar que eles não se conheciam. Esses homens dirigindo negócios tão grandes, não se conheciam. Comecei a juntar essas pessoas em eventos”, contextualiza. 

Nascia, então, a Lide, que atua organizando eventos e publicações com foco no empresariado e que está, hoje, presente em 12 países – sob controle do filho de Doria, enquanto ele se ocupa da política. 

Segundo o governador, sua bem sucedida carreira demonstra que o seu interesse com a política não é financeiro. “Eu amo muito o Brasil, demais. Poderia estar no exterior. Cheguei a um ponto em que não preciso do prestígio ou do dinheiro, mas quero ajudar”. 

O governador de São Paulo pode ser um candidato à presidência no ano que vem, consolidando também uma história meteórica na vida pública – a depender de como serão as prévias do seu partido, o PSDB. 

“Sempre digo para jovens empreendedores nunca abandonarem seus sonhos. Mas tenha ideais legítimos, sempre no eixo da coletividade. A percepção do individualismo é muito ruim. Você pode machucar pessoas, pode ser desleal com seus amigos. Pensando no coletivo você se aprimora, corrige suas falhas”.

Para quem tem interesse em conhecer mais a trajetória do governador do estado de São Paulo, o podcast Mesa para Quatro está disponível gratuitamente no Spotify. Clique abaixo e confira: