Carta do Gestor

Bons presságios

George Wachsmann

1 abr 2022, 8:00 (Atualizado em 1 abr 2022, 8:00)

Mesmo com a guerra entre Rússia e Ucrânia, as Bolsas globais apresentaram bom desempenho em março. O mês ainda foi marcado pela elevação na taxa de juros do Brasil e dos Estados Unidos e pela desvalorização do dólar e do euro frente ao real.

Dessa forma, os fundos de renda variável se destacaram no mês. Outros produtos que tiveram desempenho positivo foram os relacionados às criptomoedas. Afetados pela valorização da moeda local, os fundos internacionais não performaram bem em março.

Esta é nossa Carta do Gestor. Nela, você encontra um resumo dos mercados durante o mês e uma breve análise sobre o resultado de cada um dos nossos fundos. No final da carta, você encontrará uma tabela com os resultados de todos os fundos.

Lembre-se de que, por uma regra da CVM, só podemos falar sobre o resultado dos fundos que tenham mais de seis meses de histórico.

Como foram os mercados em março

Apesar da guerra na Ucrânia, março foi um mês positivo para as Bolsas globais de maneira geral. Com ajuda da entrada do capital estrangeiro no país, o Ibovespa fechou o trimestre com resultado de 14,48% após valorização de 6,06% no mês. Já o índice de small caps subiu 8,81% em março.

Além de impulsionar a Bolsa, o volume estrangeiro ajudou na valorização do real frente às moedas fortes. Assim, o dólar foi abaixo de 5 pela primeira vez desde junho de 2021. A moeda norte-americana e o euro encerraram março com desempenho de -7,46% e -9,07%, respectivamente.

Em suas moedas originais, os índices S&P 500, Nasdaq 100 e MSCI World subiram 3,32%, 4,58% e 2,45%, respectivamente. O ouro, muito utilizado como reserva de valor, se valorizou com o início do conflito entre Rússia e Ucrânia, mas recuou -4,89% no mês.

Março teve como principal evento a guerra no Leste Europeu, que incluiu diversas sanções do mundo ocidental aos russos. O conflito, que aos poucos reduziu de intensidade, foi um dos fatores que ajudaram o Fed, Banco Central americano, e o Copom a aumentarem suas taxas de juros por causa no choque da oferta de commodities em geral, como grãos, petróleo e gás.

Na Super Quarta, no dia 16/03, o Banco Central cumpriu o prometido na reunião de fevereiro e reduziu o ritmo da alta de juros, elevando a Selic em 1% para 11,75%. O comitê ainda anteviu um aumento de mesma magnitude em maio.

A prévia da inflação do Brasil, o IPCA-15, teve alta de 0,95% no mês, acumulando 10,79% em 12 meses. Em estimativa divulgada no fim do mês, o Banco Central indicou que a inflação ficará em 7,1% no ano, número bem superior à meta de 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5%, resultando em uma banda de variação que vai de 2% a 5% ao ano.

No mesmo dia da decisão brasileira, o Fed elevou sua taxa de juros pela primeira vez em quase quatro anos. Com a alta de 0,25%, a taxa básica dos americanos ficou entre 0,25% e 0,5%. O Banco Central dos Estados Unidos ainda sinalizou outros seis aumentos em 2022, deixando em aberto a magnitude dos movimentos.

Outro tema que segue sendo acompanhado é a evolução das novas variantes da Covid. A China, principalmente, vem tomando medidas fortes quando aparecem novos focos da doença, o que pode gerar choques na oferta de produtos.

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Como foram os nossos fundos

Você já deve saber, mas não custa lembrar. Só podemos comentar sobre a performance dos fundos que têm mais de seis meses de histórico.

Fundos de Fundos Multigestores | Previdência

FoF SuperPrevidência e o FoF SuperPrevidência 2 encerraram o mês em alta de 2,90% e 2,98%, respectivamente.

Os ativos de crédito privado locais tiveram desempenhos positivos, com destaque para o Capitânia Credprevidência Master FIRF CrPr (+1,33%) e Sparta Previdência FIFE D60 (+1,13%). O time da Sparta vê boas perspectivas para as estratégias pós-fixadas, e continua mapeando os riscos de setores que sofrem com a Selic em dois dígitos, como o setor de construção e o varejo. A parcela internacional feita por meio do Pimco Income Dólar FIM IE (-9,70%) permanece como detratora, devido à exposição à duration dos EUA, dado a subida de yields, e principalmente decorrente da desvalorização do dólar frente à moeda local.

Todos os fundos da classe multimercado contribuíram positivamente para o portfólio, principalmente os fundos SPX Lancer Icatu Multiprev FICFIM (+6,09%) e Ibiúna Previdência FIFE (+4,98%), que apresentaram ótimos retornos dentro do book de juros, decorrente das posições tomadas em juros nos países desenvolvidos. O fundo Adam Icatu Prev 1 FICFIM (+3,76%) também obteve retorno positivo das posições tomadas em juros americanos, e também estão com posições equilibradas em Bolsa americana e Bolsa brasileira, como Vale (VALE3) e Petrobrás (PETR3/PETR4).

Contribuições também dos fundos de ações, que, apesar de uma primeira quinzena volátil, conseguiram se recuperar e fechar o mês no positivo. Os fundos da Moat Capital Prev II Icatu FICFIA (+7,05%) e Brasil Capital 100 Prev FICFIA (+8,04%) obtiveram excelentes resultados, mas o destaque vai para o ETF de Micro e Small Caps da Trígono, o TRIG11, que apresentou resultado positivo de +9,37% no mês.

Em mais um mês de valorização do real frente ao dólar, os ativos com exposição cambial foram impactados negativamente. A parcela comprada em dólar, realizada por meio do Vitreo Dólar FI Cambial amargou queda de -7,90%, o que impactou negativamente também a parcela alocada em ouro e no ETF SPXI11. Devido aos eventos de regulamentação de criptoativos nos EUA, o HASH11 ganhou tração ao longo do mês e encerrou o período com alta de 10,27%.

FoF Prev Conservador teve rentabilidade de 1,49% no mês de março vs. CDI de 0,92%. A maior contribuição para essa performance foi do Icatu Vanguarda Inflação Curta FIRF LP, que se valorizou bastante no último terço do mês, se beneficiando do fechamento das curvas de juros futuros, e finalizou março com 2,57% de alta. Todos os demais fundos da carteira bateram o CDI do mês, com destaque também para o Capitânia Credprevidência Master FIRF CrPr, que rendeu 1,33%. No ano, o FoF Prev Conservador sobe 2,97%.

Em um ótimo mês para a Bolsa brasileira, o FoF SuperPrevidência Ações teve um retorno de 4,68% em março. Dos fundos de gestão ativa, os destaques foram o Brasil Capital 100 Prev FIC FIA e o Moat Icatu Prev II FIC FIA, que subiram respectivamente 8,04% e 7,05% no período. Porém as maiores contribuições mesmo para o FoF vieram dos ETFs de small caps TRIG11 e SMAL11, que subiram 9,37% e 8,78%, conforme ressaltado anteriormente.

FoF Prev Arrojado, cuja carteira se assemelha bastante à do FoF SuperPrevidência Ações, teve um rendimento de 4,40% no mês. A diferença é explicada pela parcela do FoF Prev Arrojado no Vitreo Inflação Longa, que, apesar de ter rendido ótimos 3,19% em março, ficou abaixo dos fundos de ações. No ano, o SuperPrevidência Ações sobe 5,43%, e o Prev Arrojado, 4,18%.

Fundos de Fundos Multigestores

FoF Melhores Fundos obteve retorno de +3,44% em março. Em relação à performance, contribuíram positivamente as alocações em fundos multimercados e ações, enquanto do lado oposto as posições em dólar e ouro foram detratoras.

Dentre os ativos de renda fixa, as alocações em crédito privado apresentaram compressão dos prêmios de risco, devido ao maior fluxo financeiro para os produtos de renda fixa e crédito privado, o que também tem por consequência um aumento na demanda tanto no primário quanto no secundário. Dito isso, os fundos JGP Select FIC FIM CP, que obteve alta de 1,26% no mês, e Augme 180 FIC FIM CP, com alta de 1,16% no mês. O fundo da JGP obteve os maiores ganhos das posições em debêntures e letras financeiras, enquanto a marcação a mercado de alguns bonds afetou negativamente o portfólio. Do lado do time da Augme o destaque veio para o book de trading, que conseguiu entregar 1,63% no mês.

As posições tomadas em juros internacionais foram as maiores contribuições de performance em grande parte dos fundos multimercados presentes no portfólio, com os gestores traçando um cenário de maior persistência inflacionária. Carregando essas posições, os grandes destaques foram os fundos VTR SR IE FIC FIM CrPr (SPX Raptor) (+14,13 %) e o Ibiúna Hedge STH FIC FIM (+5,13%). Porém, enquanto o Raptor obteve ganhos também no book de moedas com posições compradas no dólar americano contra uma cesta de moedas, o time de Ibiúna obteve ganhos em moedas por meio de posições comprada em real contra o dólar.

A parcela destinada a fundos de renda variável apresentou bastante volatilidade, com uma primeira quinzena negativa para a classe, mas que retomaram a partir da metade do mês, em que todos os fundos encerraram o período contribuindo positivamente para o portfólio. Os grandes destaques vieram das posições nos fundos Long Only Moat Capital FIC FIA (+7,36%) e Brasil Capital 30 FIC FIA (+6,78%). O time da Moat reduziu a exposição em alguns ativos ligados a temas domésticos com menor resiliência e aumentaram a concentração das 10 maiores posições do fundo, como Brasil Foods (BRFS3) e 3R (RRRP3).

No mercado de criptoativos o mês começou bem agitado, reativos as notícias referentes ao conflito entre Ucrânia e Rússia, mas que reverteu a tendência de queda após os rumores de que a Rússia poderia aceitar bitcoin como pagamento pelo petróleo e gás exportados; uma ordem executiva nos EUA apontava para uma regulamentação do mercado de criptoativos; e um anúncio da organização Luna Foundation Guard de compras significativas de bitcoins para financiamento de uma stablecoin chamada UST.

FoF MF Ações, que consiste em um derivado do Melhores Fundos dedicado a renda variável, fechou com um retorno de 4,10% um mês no qual apenas 1 dos 19 fundos da carteira teve um desempenho negativo. O IP Participações IPG FIC FIA BDR Nível 1 caiu -1,43%, com as BDRs de empresas de tecnologia sofrendo tanto com o cenário de alta de juros, quanto com a desvalorização do Dólar frente ao Real. Do lado positivo, tivemos o Forpus Ações FIC FIA se valorizando 11,01% no mês, beneficiado pelas posições nos setores de utilidade pública (2,54%), logística (1,15%), consumo e varejo (1,11%) e construção civil (1,11%). Além disso, tiveram um resultado expressivo de 3,56% proveniente da carteira de proteção, principalmente nas opções de venda de dólar. Assim como ocorreu nos fundos de previdência, os ETFs TRIG11 e SMAL11, que subiram 9,37% e 8,78%, respectivamente, também contribuíram significativamente para a performance do fundo.

Ainda na família de FoF’s, a versão composta por fundos multimercados, o FoF MF Multimercados apresentou um retorno de +3,37% no mês. Os destaques novamente foram para os fundos Vista Hedge FICFIM (+5,10%) e SPX Nimitz FICFIM (+7,3%), que seguem as estratégias de suas versões mais arrojadas, mas com um menor nível de risco. No caso do SPX Nimitz, os resultados vieram predominantemente das estratégias de Juros (+5,99%), resultado proveniente das posições tomadas em países que acreditam possuir uma pressão inflacionária que exige taxa de juros mais elevadas e aplicados localmente em juros reais na parte intermediária da curva.

Outro fundo que se beneficiou das posições tomadas em países desenvolvidos G10 foi o time da Ibiúna (+5,31%). A tema de investimento para 2022 foi construído pela observação de níveis globais de inflação mais alto em 40 anos e o atraso dos bancos centrais em reagir a pressões de alta mais disseminadas e persistentes do que antecipado. Isso ocasionou na maior contribuição de retorno do mês (5,12%).

A carteira mais arrojada dentre os FoF’s multimercados da série, o FoF MF Retorno Absoluto fechou mais um mês em patamares positivos, com alta de 4,73% no mês. Todos os fundos contribuíram positivamente para o bom desempenho do fundo, em especial os que continuam posicionados em commodities como principais teses de investimento, concentrando esforços sobre petróleo. Neste sentido, o time da Vista e da Vinland têm obtido resultados consistentes, conforme comentado em cartas anteriores. Como contraste, a Vista encerrou recentemente as alocações compradas em real e aplicadas em juros nominais locais, enquanto a Vinland permanece comprada em real e aplicados na parte curta de juros locais.

Uma das maiores posições do fundo é o fundo Giant Zarathustra, que completou 10 anos em março, e acumulou um retorno de 4,43% no mês, além de apresentar a menor correlação com todos os outros fundos do portfólio. Em março houve contribuição positiva de todas as classes de ativos, com ganhos principalmente nas posições vendidas em dólar contra uma cesta de moedas, commodities e nas posições tomadas em juros.

Já o FoF MF Novas Ideias obteve uma rentabilidade de 2,16% no mês de março. De todos os fundos investidos, apenas o A1 Hedge FIC FIM apresentou rentabilidade negativa (-0,33%), puxado, principalmente, pelas posições em juros e inflação. Todos os demais fundos contribuíram positivamente para a performance, com destaque para o Encore Long Bias FIC FIM, que teve uma rentabilidade de 6,09% no mês. A gestora continua positiva com a perspectiva da Bolsa brasileira e aproveitou a valorização do mês para realizar o lucro em alguns ativos como Vale (VALE3), Suzano (SUZB3) e Gerdau (GGBR4), rebalanceando, assim sua carteira. Outro fundo que contribuiu positivamente para o FoF foi o Clave Alpha Macro FIC FIM, que vem apresentando resultados bastante consistentes. Após 2,33% de alta em fevereiro, o fundo fechou março em 3,44%. No ano, o FoF Melhores Fundos Novas Ideias sobe 4,17%.

No FoF MF Global, ainda que o período tenha sido positivo para alguns ativos como ouro e commodities, o fundo sofreu uma queda de -6,94%, com a depreciação do dólar correspondendo ao maior detrato de performance do portfólio. Uma das contribuições positivas veio do ETF HASH11 (10,27%), reflexo de uma visão mais positiva sobre a classe, principalmente após o avanço da regulamentação no mercado americano. Combinado a este, contribuições positivas em dólar observadas também pelas posições nos ETF’s de ouro e commodities, que possui além de ouro, gás natural e petróleo, que apresentaram uma elevada volatilidade no período, desencadeado pelo conflito entre Rússia e Ucrânia no final de fevereiro.

FoF MF Blend, apresentou alta de +1,93% no mês, impactado negativamente pela parcela alocada no FoF Melhores Fundos Global.

FoF MF Global Equities amargou uma queda de -7,09% no mês de março, ainda que os resultados de alguns fundos alocados tenham sido positivos no mês. Um exemplo disso são os fundos voltados para o mercado americano, que performaram positivamente em dólares, com destaque para o JP Morgan Funds US Growth Fund (+6,74% em dólar e -2,36% em real), que se posiciona em grandes empresas de tecnologia como Apple, Microsoft e Alphabet, que ensaiaram uma recuperação no atual cenário de tendência de aumento de taxa de juros americano. O Morgan Stanley Asia Opportunity Fund (-17,42% em real) por sua vez, que tem exposição ao mercado chinês, sofreu com o aumento de casos de covid e com um potencial notícia de saída de ações chinesas no mercado americano.

Combinando renda variável e a temática ESG, o FoF ESG Carbono Neutro encerrou o mês em patamares positivos, alcançando um retorno de 4,77% no mês. O fundo Schroder Sustentabilidade Ações Globais IE FICFIA continuou sofrendo com a desvalorização do câmbio, e apresentou queda de -5,06%, ainda que os ativos presentes no portfólio tenham tido valorização no período. Os demais ativos do portfólio contribuíram positivamente, em especial os ETF’s ISUS11 e ESGB11, marcando uma variação de 7,51% e 7,18% respectivamente. Os outros fundos se beneficiaram das altas registradas por nomes presentes nos diversos fundos investidos, como Alpargatas (ALPA4), Hapvida (HAPV3) e Lojas Renner (LREN3).

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Multiestratégias

Carteira Universa, teve um início de ano levemente negativo rendendo 3,98% no mês de março. Mês com diversas mudanças significativas, diminuindo nossas posições de Gerdau (GOAU4), Vale (VALE3) e Unidas (LCAM3) em 0,5% cada, colocando o mesmo percentual em Itaú (ITUB4) passando a fazer parte do portifólio com 1,5%. Posteriormente decidimos reduzir nossa exposição em empresas americanas dado cenário mundial, assim diminuimos 1% em Berkshire Hathaway (BERK34), 0,5% em Amazon (AMZO34), 0,5% em Google (GOGL34) e 2% em Vanguard Energy ETF (VDE), mantendo os recursos em Tesouro Selic. Notícias ainda com foco total voltados para os acontecimentos no exterior, nos mantemos otimistas principalmente em setores bancários e commodities dado um cenário de juros em alta, coma China voltando a estimular sua economia e o mercado de petróleo bastante apertado dado conflito Ucrânia e Rússia.

Carteira Universa Prev rendeu 3,48% em março. Fizemos as mesmas alterações do Carteira Universa no fundo previdenciário, dado que todas as movimentações foram feitas em Bolsa brasileira.

Money Rider Hedge Fund, também teve um mês negativo, rendendo -1,53%. Mais um mês complicado para a Bolsa americana, com S&P 500 caindo acumulando uma queda em torno de 8% no ano. Em março fizemos apenas uma alteração em nosso portfólio do book de opções, vendemos uma PUT equivalente a 0,2% de SPDR Dow Jones Industrial Average ETF (DIA) e compramos a PUT equivalente a 0,8% do mesmo ativo apostando ainda mais em uma desvalorização do mercado internacional.

Universa Rider Blend, entregou um retorno de 2,79% em março, impulsionado principalmente pela alta do Carteira Universa.

Renda Extra, por sua vez, teve uma rentabilidade de 4,35% em março. O fundo se beneficiou ao longo do mês principalmente da alta nas ações da carteira, que excederam, inclusive, a rentabilidade do índice Ibovespa. Por fim, o fundo rendeu 4,74% no ano. Não houve alterações na carteira ao longo do mês.

PRP fechou o mês de março com resultado positivo de +5,53%. A maior contribuição para este resultado foi da exposição ao ETF de Small Caps (SMAL11), segmento beneficiado pelo grande fluxo de capital estrangeiro e a volta do apetite ao risco na Bolsa brasileira, após sofrer bastante no mês de fevereiro. Outro destaque ficou para as posições no setor de varejo, com ações da Arezzo (ARZZ3) e Lojas Quero-Quero (LJQQ3), que se recuperaram, sobretudo, na segunda metade do mês, quando o Banco Central do Brasil passou a sinalizar mais claramente o fim do ciclo de aumento de taxa de juros.

Essencial Moderado, fechou o mês em alta de 2,22%. Do lado negativo, as posições em commodities metálicas, representadas pelo Vitreo Ouro FICFIM (-5,43%) e Vitreo Prata FIM (-4,01%) e no em ativos de tecnologia, representado pelo Vitreo FoF Tech FICFIA (-3,98%), foram os principais detratores de performance, agravado pela queda do dólar frente ao real. Do lado positivo, o Vitreo Retorno Absoluto FICFIM (+4,73%) continuou se beneficiando das altas das commodities enquanto o Vitreo Criptomoedas IE FICFIM (+7,63%) se beneficiou do ambiente positivo gerado pela compra de bitcoins pela organização Luna Foundation Guard e de notícias positivas sobre uma maior regulamentação de criptoativos nos EUA.

Essencial Arrojado, encerrou março em alta de 3,52%, beneficiado pelas altas dos fundos Vitreo Long Biased FIM (+9,59%) e Vitreo Special Situations FIA (+7,25%). Além desses dois fundos, a posição direcional em Bolsa realizada pelo Vitreo Index Ibovespa FIA também contribui positivamente para o fundo. Os ativos voltados para commodities e ativos de tecnologia foram os grandes detratores de desempenho.

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Renda Variável

O fundo Oportunidades de Uma Vida encerrou o mês de março rendendo 9,78%, enquanto o índice Ibovespa rendeu 6,06% no mesmo período. Mês com poucas mudanças, diminuindo nossas posições de Vale (VALE3) e Oi (OIBR3) em 1,5% cada, colocando o mesmo percentual em Itaú (ITUB4) passando a fazer parte do portifólio com 3%. Alguns pontos estão nos deixando bem otimistas para 2023, como a queda de juro, a estabilização das commodities com a resolução dos conflitos, a continuidade do fluxo positivo de capital externo para o Brasil, bandeira tarifária verde (energia mais barata) e a inflação doméstica se estabilizando.

Microcap Alert teve um mês positivo em março, rendendo +6,23%, em um movimento de recuperação do apetite ao risco na Bolsa brasileira, com valuation considerado barato no mercado local, também para as empresas deste segmento. Os destaques foram 3R Petroleum (RRRP3), Livetech (LVTC3), Lojas Quero-Quero (LJQQ3) e Espaçolaser (ESPA3). No mesmo período o Índice de Small Caps brasileiro rendeu +8,81%. As alterações da carteira se deram pela entrada das ações de Cambuci (CAMB3) e saída de Brasil Agro (AGRO3).

MAB Plus, fechou o mês de março no campo positivo, com +5,57%, enquanto o Índice Bovespa teve rentabilidade de +6,06%. Esta performance se deu pelo grande fluxo de capital estrangeiro na Bolsa brasileira, atraído pelo valuation considerado barato e pelas altas taxas de juros, que viabilizam as operações de Cash and Carry, e que fez com que aproximadamente 80% das ações do Índice Bovespa tivessem desempenho positivo no mês. As maiores contribuições para o fundo vieram das ações de Banco Santander (SANB11), Metalúrgica Gerdau (GOAU4) e Weg (WEGE3). A principal alteração neste fundo foi a zeragem da aplicação de 30% do PL que ele tinha na carteira “Microcap Alert”. Também a posição de Magazine Luiza (MGLU3) foi zerada. Além disso, houve a entrada das ações de Alupar (ALUP11) na carteira.

Dividendos em março performou bem acima do índice Bovespa, fechando o mês com alta de 7,59% contra 6,06% do índice. Entre as ações que turbinaram a rentabilidade da carteira estão Qualicorp (QUAL3) e Hypermarcas (HYPE3) que renderam, respectivamente: 24,65% e 15,55%. No ano o Dividendos acumula alta de 12,38%.

Special Situations fechou o mês de março com retorno positivo de +7,25%, enquanto seu índice de referência, o Índice Bovespa, ficou com +6,06%. O valuation considerado barato e o forte fluxo estrangeiro na Bolsa brasileira foram dos principais motivos que levaram a boa performance do mercado local, de um modo geral. O bom desempenho da carteira se deu, principalmente, pelas ações de Mils Estruturas e Serv. de Engenharia (MILS3) (+21,34%) e Irani (RANI3) (+11,66%), que são as maiores posições do fundo, com 13% do PL para cada ativo. Também tiveram contribuições importantes as ações de JHSF Participações (JHSF3) e IMC Alimentação (MEAL3).

Long Biased teve uma performance positiva em março, com +9,59%. As maiores contribuições para o fundo vieram do setor de saúde, com Qualicorp (QUAL3), que passou por grande turbulência no mês de fevereiro por conta de fusões de concorrentes (Sulamérica e Rede D’or) e se recuperou no mês de março, e Hypera (HYPE3), que adquiriu importante portfólio de produtos (compra de marcas da Sanofi). Outras posições que contribuiram positivamente foram de BB Seguridade (BBSE3) e Ecorodovias (ECOR3). As alterações feitas na carteira foram as zeragens das posições de Burger King (BKBR3) e Sabesp (SBSP3), e a compra de ações de Ambev (ABEV3).

Deep Value fechou março com queda de 5,95% com objetivo de investimento em empresas de valor, buscando forte retorno da economia tradicional.

Vitreo Ibovespa Index fechou o mês de março em alta, com uma rentabilidade positiva de 6,09% e no ano do fundo 14,49%.

Exponencial (que investe nas ações da XP Inc.) teve uma performance de –13,93% no mês, a desvalorização das ações da corretora (e agora banco) brasileiro acompanharam a piora no cenário para empresas nacionais de crescimento com as recorrentes altas na taxa de juros domésticas e internacionais. Já a versão para investidores em geral, o Exponencial Light, rendeu –1,82% em março.

O fundo MAM teve um mês difícil, rendendo –4,10%. Março foi mais uma vez um mês de muitos impactos para empresas de tech, sem mudanças importantes no fundo, tendo então como os principais ofensores para queda AMD (A1MD34) recuando –12,32% e Sherwin Williams (S1HW34) recuando -9,75%, lembrando que parte dessa queda se deve a desvalorização do Dólar frente ao real.

O fundo inspirado nas ideias de Warren Buffet, o WB90, teve um mês positivo comparado com a queda no mercado norte-americano. O fundo teve um retorno de –2,06% contra um retorno do S&P 500, em real, de -5,39%. A única alteração realizada no portfólio foi a compra da Occidental Petroleum (OXYP34) no início do mês.

Franklin W-ESG fechou o mês de março com retorno negativo de –4,72%. Fundo criado com o viés de investimento em empresas com pelo menos três mulheres no Board, e que incorporaram à sua essência os critérios W-ESG (diversidade de gênero, questões ambientais, sociais e de governança.

Emerging Markets Equities fechou o mês de março negativo em -7,01%. O seu índice de referência, o MSCI de Mercados Emergentes em Real, fechou o período com –10,71%. Este movimento se intensificou após reguladores de mercado dos Estados Unidos aplicarem maiores regulações a empresas chinesas e ameaçar deslistar suas ações nos mercados americanos após a China sinalizar apoio à Rússia na guerra contra a Ucrânia. Também contribuiu a apreciação do Real (BRL) frente ao Dólar (USD), de aproximadamente 8%. As ações que mais contribuíram para a rentabilidade do fundo foram Baidu (BIDU34), JD.com (JDCO34) e Pinduoduo (P1DD34), que caíram aproximadamente -22%, -26% e -28% no período. Vale ressaltar que no início do mês de março o MSCI deixou de considerar a Rússia em seu índice de mercados emergentes, passando a classificá-lo como um mercado independente. A Rússia representava aproximadamente 1,50% deste índice.

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Temáticos | Tech

Tech Select teve uma rentabilidade de –3,54% em março, enquanto seu índice de referência, o S&P 500, performou positivamente, +3,58%. O que onerou o fundo neste período foi basicamente a apreciação do Real (BRL) frente ao Dólar (USD), de aproximadamente 8%. O fundo está exposto a empresas de tecnologia americanas, que tiveram, em sua maioria, assim como o S&P 500, retorno positivo no período em Dólar. Porém o fundo compra suas BDRs, que são cotadas em Real e, portanto, sofrem impacto da variação cambial. As ações que mais contribuíram negativamente para a performance do fundo foram Netflix (NFLX34), Microsoft (MSFT34) e AMD (A1MD34).

Tech Brasil, subiu +3,23% no mês de março, enquanto seu índice de referência, o Índice Bovespa, performou positivamente, +6,06%. O impacto relativamente negativo nas ações de tecnologia brasileira se deu pelo ciclo de aumento das taxas de juros locais e pela situação na China, com aumento de restrições por conta da nova onda de casos de COVID e ameaças de sanções a suas empresas pelo apoio à Rússia na guerra contra a Ucrânia, que gerou limitações à cadeia de suprimento. Por outro lado, o forte fluxo de capital estrangeiro na Bolsa brasileira fez com que estas empresas tivessem desempenho positivo, no absoluto, assim como o índice local. Os destaques de performance ficam por conta de Magazine Luiza (MGLU3) e Totvs (TOTS3), que são as maiores posições do fundo, com 10% do PL. Do outro lado Banco Modal (MODL11) e Sequoia Logística (SEQL3) foram as maiores contribuições negativas.

Tech Asia teve uma rentabilidade negativa de –15,12% no mês de março. As empresas desta região são muito representadas e influenciadas pela China, que sofre com ameaças de reguladores de mercado americanos de aumentar as regulações e deslistar suas ações dos mercados americanos, após sinalização de apoio à Rússia na guerra contra a Ucrânia. Também contribuiu a apreciação do Real (BRL) frente ao Dólar (USD), de aproximadamente 8%, dado que o fundo aplica, em grande parte, nas BDRs destas empresas, que são cotadas em Real e, portanto, sofrem impacto da variação cambial. As ações que mais contribuíram para a rentabilidade negativa do fundo foram Baidu (BIDU34) e JD.com (JDCO34), que caíram aproximadamente -22% e -26% no período.

Tech Games segue sofrendo no mês de março, com um retorno de -10,73% no mês. Com o aumento da taxa de juros e as incertezas políticas do cenário chines o fundo segue sofrendo. Mês ainda marcado pelas indecisões da guerra, os dois principais fornecedores de matéria prima para produção de componentes eletrônicos, de um lado a Russia um dos maiores fornecedores de níquel do mundo, muito utilizado para produção de baterias e outros componentes. Do outro lado a Ucrânia, maior provedor de gás neônio, utilizado principalmente na produção de semicondutores.

Vitreo Blockchain teve rentabilidade de +0,40% em março, enquanto seu índice de referência, o S&P 500, performou positivamente, +3,58%. O que onerou o fundo neste período foi basicamente a apreciação do Real (BRL) frente ao Dólar (USD), de aproximadamente 8%. O fundo tem a maior parte do seu patrimônio aplicado em ações americanas, que tiveram, em sua maioria, assim como o S&P 500, retorno positivo no período em Dólar. Porém o fundo compra suas BDRs, que são cotadas em Real e, portanto, sofrem impacto da variação cambial. O destaque positivo da carteira fica por conta da parcela aplicada diretamente em empresas no mercado americano, em Dólar, como Riot Blockchain (RIOT US), que subiu ~+20% e Silvergate Capital (SI US), ~+15%, além da BDR de Tesla (TSLA34). Do lado negativo, pesaram as BDRs de Signature Bank (SBNY34) e AMD (A1MD34).

Vitreo Biotech se manteve como líder da categoria no mercado nacional desde seu início, contudo o setor como um todo performou negativamente nos últimos meses. Em março o cenário não foi diferente e a expectativa de alta nos juros americanos prejudicaram ainda mais os ativos de Biotecnologia. Com isso fundo teve rentabilidade de –4,03% no mês e de –19,81% acumulada desde o começo do ano. Nas posições do fundo vale destacar os impactos extremamente negativos de Intellia Therapeutics (NTLA) e Pacific Biosciences of California (PACB) que caíram, respectivamente, -26% e –24% em março.

MoneyBets, teve uma rentabilidade de –6,22% no mês de março, também sofrendo com exposição à variação cambial. As ações que mais pressionaram a rentabilidade do fundo foram Qorvo Inc (QRVO US), AMD (AMD US) e Doximity (DOCS US).

Quanto ao FoF Tech, no mês de março, ele apresentou uma rentabilidade de -3,98%. A melhor performance dentro da carteira do fundo foi do Tech Brasil, que se valorizou em 3,23%, beneficiado pelo rali da Bolsa brasileira, enquanto a pior pertenceu ao Tech Ásia, que encolheu -15,12% ao longo do mês. Como mencionado, a pressão sobre empresas de tecnologia, que são prejudicadas pelo novo ambiente de juros altos e inflação, e a valorização do Real frente ao Dólar tiveram um papel forte para o desempenho negativo do FoF. O mau desempenho do Tech Ásia, além do cenário acima descrito, teve bastante influência da expectativa de desaceleração da economia chinesa, além de atritos entre empresários e governo chineses com relação a pautas regulatórias. Todas as demais posições tiveram rentabilidade negativa ou muito próxima a zero.

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Temáticos | Cannabis

Canabidiol, teve outro mês março, e segue sofrendo um movimento de correção que parece não ter fim. Em fevereiro, o fundo mais uma vez teve rentabilidade negativa rendendo -7,94%. Sem mudanças no mês, seguimos otimistas com os avanços em relação a legalização da cannabis em âmbito federal nos EUA, e agora também na Alemanha. Aguardamos a maturação de nossa tese de que as empresas canadenses irão enfrentar certa dificuldade para entrar no mercado americano e por isso, não promovemos nenhum ajuste em nossa carteira.

Já o Cannabis Ativo rendeu -6,60%. Atualmente o fundo está com uma alocação de 80% em dois ETFs do setor e 20% investidos no fundo Canabidiol.

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Temáticos | Cripto

Março terminou com o bitcoin voltando praticamente ao preço em que iniciou em 2022, por volta dos US$46 mil. Voltando ao zero a zero, o principal ativo do mercado ganhou novo fôlego para buscar um novo ciclo de alta. Todavia, ao analisarmos outros ativos, como por exemplo o ethereum, o ativo começou o ano próximo dos US$3.700 e chegou ao fim de março na casa dos US$3.300, cerca de 10% de queda no acumulado de 2022. Isso significa que, se estivermos de fato iniciando um ciclo de alta, ele deve seguir a “tradição” do mercado, com o bitcoin liderando a retomada e, na sequência, os demais ativos acompanhando. Se esse cenário se confirmar, poderemos ver meses com performances expressivas para nossas carteiras, que são compostas por uma grande parcela de ativos alternativos ao bitcoin.

Ao longo do mês de março o Criptomoedas, nossa carteira principal encerrou o mês com performance superior à do bitcoin e à do Nasdaq Crypto Index (NCI), com retorno de 7,63%. O ponto negativo do mês foi a queda do dólar em relação ao real, em cerca de 7%. O fundo segue com rentabilidade acumulada negativa ao longo do ano, porém agora em -27,50%.

Cripto Metals Blend encerrou o mês com performance de -3,01% e um acumulado de -12,22% no ano. A rentabilidade do fundo pode ser creditada principalmente ao impacto cambial, que além de afetar as criptomoedas, impactou todos os preços de commodities que pertencem a carteira do fundo.

Cripto DeFi teve um aumento considerável em sua performance de 13,70% no mês de março e um acumulado de -33,79% no ano. Em relação ao Coin DeFi (antigo Bitcoin Defi), o fundo encerrou o mês com performance de 13,43% e um acumulado de –24,59% no ano. Vale lembrarmos que DeFi foi um dos segmentos de cripto mais impactados pela correção nos preços, tendo caído substancialmente. Logo é natural vermos uma performance acima da média em um momento de retomada. Destaque para os ativos DeFi: SNX, SEM e AAVE.

Cripto NFT encerrou o mês com performance de 7,62% e um acumulado de -38,98 % no ano. Quando analisamos o Coin NFT podemos perceber uma recuperação no mês com performance de 11,42%, mas um acumulado de -20,90% no ano. Em geral, ambos os movimentos de NFTs e de GameFi sofreram bastante nesse começo de no, muito em função de estarem muito correlacionados ao mercado cripto, então quando ele está em queda, a atratividade dos movimentos play-to-earn cai drasticamente e o mercado de NFT perde parte de sua atratividade pela diminuição do hype geral. Todavia, o conceito de metaverso ainda é muito inicial e suas implicações não são 100% claras, e se pensarmos que gerações mais novas chegam a passar 50%, até 75% do seu tempo acordando online, é muito improvável dizer que no universo de cripto o metaverso não terá um crescimento significativo. Nessa perspectiva, olhamos para estes ativos pensando no longo prazo, mas sempre alinhados com a agenda de entregas para o ecossistema como um todo.

Por fim, para o mês de abril seguimos em um cenário em que as métricas intrínsecas ao mercado cripto estão extremamente positivas, mas com um cenário externo a ele jogando contra (principalmente pela política monetária do Fed e guerra entre Rússia e Ucrânia).

O Fed se prepara para o aperto monetário, com sua redução de balanço, o que deve adicionar pressão sobre os mercados tradicionais. Tal movimento deve impactar negativamente as Bolsas, e dado que o mercado de cripto está mais institucionalizado que nunca, podemos ver reflexo disso também para nossos ativos.

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Temáticos | Commodities

Vitreo Ouro fechou negativo em –5,43 no mês de março, o movimento foi impulsionado principalmente pelo dólar que caiu –7,46% no mês, o fato do fundo ter caído 2% a menos que a moeda reflete o movimento de alta no exterior do metal que vem se valorizando com a expectativa de alta nos juros americanos.

Vitreo Prata teve uma performance de –4,01% em março. A prata, assim como o ouro, também teve seu valor em reais duramente afetado pela valorização do real, mesmo assim é possível notar uma alta significativa no valor do ativo em dólares que subiu 4,65% no mês.

Vitreo Cobre teve uma performance negativa de –1,58% em março. A continuidade da crise no geopolítica no leste europeu ainda sustenta os altos preços das commodities de uma forma geral. O ETF COPX (COPX US), composto por empresas produtoras da commodity, em que o fundo investe, valorizou 6,83%, e o contrato de Cobre Futuro (HG) com vencimento em maio teve uma alta de 6,90%, ambos em dólar. Porém a performance do fundo foi prejudicada pela apreciação do Real (BRL) frente ao Dólar (USD), de aproximadamente 8%, e à Libra, de aproximadamente 10%.

Vitreo Urânio em março rendeu de forma extremamente positiva e valorizou-se 5,27% no mês. A performance do ativo foi fundamentada na volta dos olhares mundiais a necessidade de fontes estáveis e robustas de energia, visão essa incentivada pela extensão do conflito ucraniano.

O fundo Vitreo Petróleo, que combina ações brasileiras, ETFs no exterior e contratos futuros de petróleo, apresentou uma alta de 0,81% em março. O mês foi marcado por diversos acontecimentos que impactaram o preço da commodities e despertou preocupações sobre os desdobramentos tanto a nível local, quanto global. O fundo alcançou alta de 12,6% nos primeiros dias do mês, a medida em que o conflito entre Rússia e Ucrânia tomavam novos contornos a partir das sanções estabelecidas sobre o país comandado por Puttin, principal exportador de petróleo e de produtos refinados do mundo. Nos dias subsequentes observou-se um alívio das tensões e a retomada de isolamento na China, principal importadora de petróleo, o que causou preocupações do lado da demanda. No final do mês, a perspectiva do aumento de produção também afetou o preço do petróleo, culminando com o anúncio de que os Estados Unidos pretendem liberar 1 milhão de barris por dia durante os próximos meses para controlar o preço das commodities.

Vitreo Carbono sofreu uma correção no mês com a escalada da crise ucraniana e a mudança de foco, ao nosso ver temporária, da campanha de sustentabilidade. O fundo, em consonância com o cenário, rendeu –17,75% em março. Contudo, seguimos confiantes que a tese deve ganhar ainda mais força com a retomada da discussão da necessidade de empresas terem suas emissões neutralizadas, o que não deve demorar a acontecer no pós-guerra.

Energia Limpa, assim como o Urânio, também se beneficiou com a volta da discussão sobre fontes energéticas e entregou ao fim de março uma rentabilidade de 2,48%. Enxergamos que, apesar do impacto inicial de atritos geopolíticos de larga escala, ativos ligados a setores de infraestrutura tendem a se beneficiar no médio e principalmente no longo prazo da atenção obtida, sendo que dentro desse setor os principais beneficiados devem ser aqueles renováveis.

Vitreo Hidrogênio rendeu 6,12% em março, recuperando parte da queda que o gás teve nos últimos meses. Vale mencionar que no dia 12 de maio o fundo será incorporado ao Vitreo Energia Limpa em uma nova estratégia para o portfólio.

Vitreo Água sofreu bastante com a desvalorização do dólar, além disso o ativo também caiu no exterior, levando a uma queda de –8,43% no mês. Sobre a água, por ser um ativo extremamente exótico, é difícil analisá-lo em janelas curtíssimas como a de um mês, principalmente em períodos sem nenhum evento maior diretamente ligado ao setor. Apesar disso, no longo prazo nossa visão é clara para o investimento, que com o crescimento populacional e a crescente escassez de água no mundo, somente tende a se valorizar.

Vitreo Agro teve mais um mês positivo, fechando o período com alta de 2,24%. A valorização da carteira pode ser creditada principalmente a um aumento na alocação estrutural em empresas que viemos fazendo nas últimas semanas, com destaque para o mercado local que se valorizou bastante em março.

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Renda Fixa & Câmbio

Vitreo Selic, o melhor fundo do mercado para sua reserva de emergência. Em março manteve a rentabilidade acima do benchmark mais uma vez, fechando o mês com 100,75% do CDI.

Vitreo Dólar, em março continuou caindo com a valorização do real. A queda se dá em razão principalmente do aumento da taxa de juros doméstica e consequentemente do Carry-Trade (movimento em que investidores estrangeiros passam a investir em um país para ganhar com sua taxa elevada de juros). Além disso, há também um efeito indireto da guerra que trouxe o aumento do preço das commodities, que favorece a moeda brasileira com a entrada de capital estrangeiro para divisas exportadoras, como o Brasil. O fundo rendeu, portanto, -7,90% no mês e no ano já acumula queda de –14,79%.

Vitreo Moedas Life, como o Vitreo Dólar, foi impactado pela valorização do real. As moedas fortes perderam nesse mês para o dólar. Neste cenário o fundo rendeu no mês -9,30%.

Vitreo Inflação Longa fechou o mês com alta de 3,19%, a valorização do fundo é reflexo direto de uma leve melhora na expectativa sobre os juros no mercado local e também por uma pressão crescente de compra de títulos brasileiros por estrangeiros.

Vitreo RF Ativo é mais um estreante em nosso relatório. O fundo foca no investimento ativo e com viés macroeconômico em produtos de renda fixa dos mais variados. A carteira apresenta um resultado bastante satisfatório desde o início em que acumula alta de 4,47% em 6 meses, ou seja 104% do CDI. No mês o fundo rendeu 1,11%.

A família dos fundos de Bonds chegaram ao fim do mês de março. O Bonds USD fechou o mês com resultado negativo de –7,99% puxado principalmente pelo recuo do dólar nesse mesmo período. Já a versão para investidor geral contou com –7,18%.

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Outros

AWP, veículo constituído em parceria com Itajubá e Gama Investimentos e que investe em cotas do fundo AllWeather Portfolio, o fundo do Ray Dalio da Bridgewater Associates, encerrou em queda de -9,63% no mês, acentuado pela desvalorização do dólar no período. Ainda que o fundo busque se beneficiar dos prêmios de risco de diversos mercados, este não carregava posições em ativos Russos e Ucranianos ao longo do mês.

RBR RE Global fundo em parceria com a gestora RBR, é o primeiro fundo de REITs do Brasil oferecendo ao investidor a oportunidade de aplicar no setor imobiliário americano. O Fundo fechou o mês de março com retorno negativo em –5,47%.

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As informações apresentadas são de caráter meramente informativo, não constituindo e nem devendo ser interpretadas como análise, oferta ou recomendação de qualquer investimento, ou sugestão por parte da Vitreo. Os ativos apresentados podem não ser adequados para todos os investidores. Os investidores devem obter orientação financeira independente, com base nas suas característica e objetivos pessoais, antes de tomar uma decisão de investimento. Recomendamos que você conheça as características e riscos dos ativos e mercados antes de investir. Lembrando que retornos passados não garantem retornos futuros e não há nenhuma garantia de retorno. As rentabilidades apresentadas não são líquidas de impostos. A aplicação em fundos de investimento não conta com a garantia do FGC, de qualquer mecanismo de seguros ou dos prestadores de serviço do fundo. Para consultar informações e riscos do seu investimento, acesse www.empiricusinvestimentos.com.br.

Um abraço,

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