Carta do Gestor

Mar Revolto

George Wachsmann

1 out 2021, 8:00 (Atualizado em 1 out 2021, 8:00)

O mês foi extremamente negativo para os ativos de risco, com as Bolsas globais e o Bitcoin tendo desempenho negativo. Por outro lado, as moedas fortes se valorizaram frente ao real e o ouro fechou o mês positivo.

Com esse cenário, nossos fundos temáticos, como Vitreo Agro, Vitreo Urânio e Vitreo Carbono, e os de proteções, como Vitreo Ouro e Moedas Life, tiveram bom desempenho. Já os produtos de Bolsa, principalmente brasileira, e cripto não performaram bem no mês.

Esta é nossa Carta do Gestor. Nela, você encontra um resumo dos mercados durante o mês e uma breve análise sobre o resultado de cada um dos nossos fundos. No fim da carta, você encontra uma tabela com os resultados de todos os fundos.

Lembre-se que, por uma regra da CVM, só podemos falar sobre o resultado dos fundos que tenham mais de 6 meses de histórico.

Como foram os mercados em setembro

Setembro foi um mês extremamente agitado e terminou com resultados negativos para os ativos de risco. No Brasil, após ir abaixo de 110 mil pontos, o Ibovespa fechou com queda de 6,57%, enquanto o índice de small caps teve resultado negativo de 6,43%.

Diferente de agosto, as Bolsas globais não apresentaram bom desempenho. O S&P500 fechou em -4,76%, o Nasdaq 100 em -5,73% e o MSCI World em -4,29%. Todos os resultados com os índices em sua moeda original.

As criptomoedas também se desvalorizaram, sendo que o Bitcoin em dólar teve queda de 7,16%.

Em contraposição, as proteções reforçaram a importância da diversificação. Nas moedas fortes, tanto o dólar comercial como o euro se valorizaram frente ao real, tendo altas de 5,06% e 3,77%, respectivamente. Já o ouro subiu 1,84% no mês.

No Brasil, o mês começou com manifestações pró-Bolsonaro no dia 7 de setembro e contra ele no dia 12. O presidente deu declarações, no mínimo, polêmicas e precisou recuar no dia seguinte após a repercussão negativa tanto na imprensa quanto no meio político.

O recuo foi demonstrado em carta com tom bem mais ameno redigida pelo ex-presidente Michel Temer e assinada por Bolsonaro. Os protestos contra o executivo não indicaram força para impulsionar um impeachment no momento. Também houve um ensaio de protestos dos caminhoneiros pró-governo que rapidamente foi abortado.

No âmbito econômico, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou o aumento da Selic em 1%, indo para 6,25% ao ano. O Banco Central ainda indicou que seguirá o seu plano de voo, aumentando mais 1% na próxima reunião.

Também foram divulgados os dados de inflação. Em setembro, o IPCA-15, prévia do IPCA, ficou em 1,14%, o maior desde fevereiro de 2016 (1,42%). Por outro lado, o IGP-M teve queda de 0,64% no mês. Um dos fatores que afetou a inflação foi a alta nos preços dos combustíveis.

No mesmo dia da decisão do Copom, o Fed manteve a taxa de juros entre 0% e 0,25% ao ano. Em seu comunicado, Jerome Powell, presidente do banco central americano, indicou que o comitê avalia a moderação no ritmo de compras de títulos públicos e que pode encerrar a redução das compras de títulos até meados do próximo ano. Além disso, o PIB dos Estados Unidos cresceu 6,7% em taxa anualizada no segundo trimestre do ano.

Na Europa, o Banco Central Europeu elevou suas projeções de crescimento e inflação para o ano, já que a economia da zona do euro vem se recuperando mais rapidamente da pandemia do que a maioria esperava. A presidente, Christine Lagarde, afirmou que a zona do euro está a caminho de um forte crescimento no terceiro trimestre e que a atividade econômica deve voltar ao nível pré-pandemia até o fim do ano.

O mês ainda foi marcado pelos problemas de insolvência da incorporadora chinesa Evergrande, que já começou a atrasar o pagamento de juros de sua dívida. O país também iniciou a alteração de sua matriz energética, o que vem gerando alguns blackouts nas cidades chinesas. Esse movimento afetou o preço do minério de ferro.

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Como foram os nossos fundos

Você já deve saber, mas não custa lembrar. Só podemos comentar sobre a performance dos fundos que têm mais de 6 meses de histórico.

FoF

FoF SuperPrevidência e o FoF SuperPrevidência 2 encerraram mais um mês no negativo, com quedas de 1,66% e 1,61%, respectivamente. Além de um ambiente global desfavorável, as peculiaridades brasileiras não contribuíram para o bom desempenho da Bolsa local. Isso impactou consideravelmente o portfólio, que carrega uma posição estrutural de cerca de 30% em Bolsa, principalmente entre fundos Long Only, que, de forma geral, tiveram quedas superiores ao Ibovespa. Os fundos Long Biased também sofreram no mês, mas seu mandato mais flexível refletiu em uma queda menos acentuada do que a da Bolsa.

As posições internacionais foram beneficiadas pela alta do dólar, com SPXI11 entregando um retorno de 0,27% e o Pimco Income Dólar FIM IE de 6,18%. Ainda considerando a exposição cambial, as posições em ouro e diretamente alocadas em dólar também contribuíram positivamente para o portfólio.

Os fundos multimercados tiveram desempenhos mistos e, em linhas gerais, os que entregaram retornos positivos tiveram ganhos vindos das posições tomadas em juros e posições compradas em dólar. Destaque para o Kinea Atlas Prev FIM, que obteve resultados positivos em todos os books.

Atribuições negativas foram observadas nas alocações em criptomoedas e nos títulos de inflação de prazos longos.

FoF Prev Arrojado apresentou retorno negativo de -4,74%, enquanto seu irmão 100% ações, o FoF SuperPrevidência Ações, teve queda de -6,01%. Os títulos de inflação com prazos mais longos apresentaram quedas menos acentuadas quanto aos ativos de renda variável, o que sustentou a queda do fundo 70% alocado em Bolsa.

FoF Prev Conservador fechou o mês com retorno positivo de 0,71%. Os grandes destaques foram os fundos Icatu Vanguarda Inflação Curta IMA-B e Sparta Previdência FIFE D60 FIRF CrPr. O gestor do fundo da Sparta, Arthur Nehmi, espera um cenário bastante volátil para outubro e acredita que o momento é oportuno para alocação em crédito privado, além de observar oportunidades para títulos de inflação com vencimento mais curtos.

FoF Melhores Fundos fechou setembro em queda de –1,30%. O portfólio não sofreu alterações ao longo do mês e apresenta um desenho semelhante ao Superprevidência, em termos de diversificação. O fundo “raiz” tem cerca de 21% de posição estrutural em Bolsa, posicionando esta classe como o maior detrator do portfólio, caso em que os fundos Long Only tiveram desempenho inferior ao Ibovespa, que por sua vez foi inferior ao desempenho dos fundos Long Biased. Por outro lado, os fundos Multimercados, em sua maioria, entregaram retornos positivos, com destaque para o fundo mais apimentado da SPX, o VTR SR FICFIM CrPr IE, com uma rentabilidade no mês de 6,61%.

FoF Melhores Fundos Ações, que consiste em um derivado do Melhores Fundos “raiz” dedicado à renda variável, apresentou uma queda de –5,92%. Dos fundos Long Only, o IP Participações IPG obteve queda inferior ao Ibovespa, beneficiado pela alocação em BDRs e outros ativos no exterior que o fundo carrega; e o Trígono Flagship Small Caps FICIFA, que apresentou uma queda inferior ao índice SmallCaps (4,58% contra 6,43%) e vem entregando um excelente retorno no ano, beneficiado pelos investimentos em metalurgia, indústria e mineração, com uma carteira de baixa sobreposição ao índice de referência.

FoF Melhores Fundos Multimercados fechou setembro com resultado positivo de 0,90%. Todos os fundos multimercados trading tiveram desempenho positivo, e um comportamento misto foi observado nas outras classes de multimercados (carregamento e sistemático). Destaques para os fundos VTR SN FICFIM (SPX Nimitz), fundo que possui metade do risco da versão mais arrojada da SPX, o SPX Raptor; e também para o VTR Kapitalo Zeta FICFIM.

FoF Retorno Absoluto, fundo que reúne os campeões de retorno, obteve desempenho positivo de 1,87% no mês. Seu resultado foi consideravelmente impulsionado pelo excelente resultado do Vista Multiestratégia D60 FICFIC, que entregou mais de 16% em setembro. A gestora carregava sua principal alocação de risco em petróleo, além de posições vendidas em minério de ferro, e comprados na tese de urânio.

Além deste, o fundo também se beneficiou do excelente desempenho do fundo VTR SR FICFIM CrPr IE e do VTR Kapitalo Zeta FICFIM. Por outro lado, os fundos Long Biased foram detratores da carteira.

FoF Novas Ideias, encerrou o mês com -1,63% de queda. As posições em fundos Long Biased foram os maiores detratores da carteira, com o fundo da Encore caindo 6,49%, enquanto o fundo da Alpha Key caiu 11,16%.

FoF Melhores Fundos Global fechou setembro positivo, com retorno 2,15% e conta com uma alta de 8,48% no ano de 2021. Sem muitas novidades este mês, o fundo se encontra bem balanceado contendo as turbulências dos mercados globais, principalmente na Ásia. Já versão FoF Melhores Fundos Blend teve um retorno negativo, com recuo de -0,53% no mês e mantém acumulado de 3,53% no ano. O fundo conta com 80% alocado no mercado nacional que teve um mês de setembro difícil puxando o fundo para baixo e 20% no mercado global.

Global Equities, fundo que surgiu com objetivo viabilizar 100% de investimentos em fundos de ações no exterior, fechou setembro positivo, com alta de 0,14%, e segue com um acumulado de 1,91% no ano de 2021.

Ainda no universo de ações, o FoF ESG fechou setembro com queda de -6,16%. Todos os ativos do portfólio sofreram, especialmente os fundos Indie 2 FICFIA e Fama FICFIA. Dando destaque ao fundo da Indie, as principais contribuições negativas no ano vieram de Méliuz, Tenda e Unidas. Além disso, eles carregam teses de mudança estrutural em Light e Natura e de mudanças do sistema financeiro, com alocação em BTG Pactual.

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Multiestratégias

Carteira Universa teve mais um mês difícil, sendo novamente impactado pelos efeitos negativos da política fiscal brasileira e pelos aumentos sucessivos das taxas de juros em virtude do descontrole inflacionário. Acreditamos que a Bolsa brasileira se encontra muito barata e por isso nosso fundo manteve sua alocação muito relevante em Bolsa. Sendo assim, o rendimento do fundo em setembro foi de -5,26%. No ano, o fundo reverteu a sua rentabilidade positiva e agora entrega um retorno de -3,96%, ficando abaixo do CDI. No mês, fizemos uma alteração na estrutura do fundo ao reduzirmos a nossa alocação em caixa para montar uma posição em dólar futuro. Além disso, reduzimos a nossa exposição às ações da Apple e aumentamos o peso de nossa alocação em Microsoft. Por fim, trocamos a posição em XP Malls por CSHG Recebíveis Imobiliários em nosso book de proventos.

A partir da realização das mudanças acima, encerramos o mês com uma alocação em renda fixa de 17,40%. A alocação em moedas aumentou para 10,1% e mantivemos as alocações em commodities em 2,4%, nos fundos imobiliários em 7,6%, nos ativos internacionais em 16% e nas ações brasileiras em 46,5%.

Carteira Universa Prev rendeu -5,20% em setembro, reduzindo a sua rentabilidade anual acumulada para -4,97%. Fizemos as mesmas alterações do Carteira Universa no fundo previdenciário, dado que todas as movimentações foram em Bolsa brasileira. Seguimos apenas com a adaptação de iShares Core US Reit, no book internacional.

Money Rider Hedge Fund, teve um mês mais tranquilo, com menos movimentações em relação ao mês anterior. O fundo rendeu 0,89% em setembro, beneficiando-se da retomada internacional pós-coronavírus e da alta do dólar frente ao real. No ano, o fundo rende 8,95%, e, como mencionado acima, fizemos poucas alterações em nossa carteira, reduzindo a nossa exposição às ações da Apple, encerrando a posição em Goldman Sachs e comprando as cotas do iShares S&P Small-Cap 600 Value ETF em nosso book tático. Por fim, compramos uma Call (opção de compra) de British Petroleum com strike de UU$ 31 e vencimento em 17/12, para nosso book de opções.

Universa Rider Blend entregou um retorno de -4,02% em setembro, num cenário em que 80% do retorno é explicado pelo retorno negativo do Carteira Universa e 20% da rentabilidade é explicada pelo impacto positivo do Money Rider Hedge Fund. No ano, o fundo rende -1,43%, tendo sido impactado pela performance positiva do Money Rider Hedge Fund e negativamente pela performance do Carteira Universa.

Renda Extra, por sua vez, teve uma rentabilidade de -1,81% em setembro. Em um mês em que o fundo foi duramente impactado pela queda do mercado de ações brasileiro. A rentabilidade do fundo vinha sofrendo com os impactos negativos da reforma tributária e expectativa de taxação de dividendos e, para complementar, os sucessivos aumentos das taxas de juros contribuíram negativamente para a marcação a mercado dos títulos de inflação e renda fixa pré-fixada em nossa carteira. Com esse cenário, o fundo rende no ano -7,83%. No mês, fizemos apenas uma movimentação, que foi a venda das cotas do fundo imobiliário Kinea Renda Imobiliária.

PRP fechou o mês de setembro com resultado bem negativo de –5,85% e segue acumulado em -5,18% no ano de 2021. Mês muito agitado para o Ibovespa que recuou –6,5% refletindo bastante para nosso fundo. Seguimos alocados em mais de 80% em renda variável, sendo 10% em ações globais e os outros 20% divididos igualmente em Renda Fixa e Fundos Imobiliários.

Essencial Moderado, fundo que reúne uma combinação de perfil de risco moderado entre os fundos da Vitreo, sofreu uma mudança após o lançamento do Vitreo RF Ativo FIRF. Parte da parcela de caixa foi utilizada nesta modificação, permitindo ao fundo buscar um melhor retorno, mantendo risco reduzido e liquidez para qualquer mudança estrutural do fundo. O fundo apresentou queda de 2,53% no mês.

Seu irmão mais temperamental, o Essencial Arrojado, completou seis meses e agora é permitido comentar sobre seu desempenho. O fundo é uma combinação de maior risco dentre o leque de produtos da Vitreo, mantendo a propriedade de diversificação em diversas classes de ativo e explorando uma parcela em ativos de volatilidade mais acentuada. Em seu início, o fundo não capturou as altas dos ativos atrelados à renda variável e no meio do ano sofreu pela queda em criptoativos. A mais recente adição do portfólio foi o FoF de Commodities, que diversifica o risco dos ativos, que antes eram investidos individualmente. No mês o fundo apresentou uma queda de -4,51% e desde o início acumula queda de -6,28%.

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Ações

O fundo Oportunidades de Uma Vida teve outro mês difícil, entregando uma rentabilidade de -9,03% em setembro, enquanto o índice Ibovespa rendeu -6,57% no mesmo período. No ano o fundo rende -0,86% e o Ibovespa -6,75%. Neste mês, não fizemos nenhuma mudança na carteira do fundo, pois acreditamos que as teses introduzidas recentemente estão em processo de maturação e julgamos nossa alocação consistente adequada.

Microcap Alert também teve um mês negativo, rendendo -10,38%. No ano, o fundo rende -16,62% contra uma rentabilidade de -5,54% do índice Small Caps. Acreditamos que as teses dos papéis sejam promissoras e seguimos mais ativos no trading. No mês, não fizemos nenhuma mudança na carteira, apenas solicitamos a subscrição das ações do spin off de Ambipar, que deverá ser finalizado em outubro.

MAB Plus, por sua vez, teve um retorno de -9,06% em setembro. No ano, o fundo rende -14,28%. No mês, parte da atribuição do resultado inferior ao seu benchmark é decorrente de ambas as estratégias, que tiveram uma performance bastante inferior em relação ao Ibovespa, sendo que 30% foi resultante da estratégia Plus e 70% da estratégia MAB. Além da estratégia de trading mais agressiva que foi incorporada ao fundo, fizemos a mesma subscrição relativa à estratégia Plus na carteira. Quanto ao portfólio MAB, não fizemos nenhuma mudança na alocação da carteira.

Dividendos, por sua vez, também foi impactado pela discussão da PEC dos precatórios e o financiamento do Auxílio Brasil e teve um retorno de –1,74% em setembro. No ano, o fundo acumula uma rentabilidade de -6,70%. Como a estratégia do fundo se baseia em investir em ações de empresas consolidadas e boas pagadoras de dividendos, não fizemos nenhuma alteração na composição de ativos e nem de seus respectivos pesos na carteira.

Mês muito difícil para o Special Situations, o fundo inspirado na publicação “Ações Exponenciais” da Empiricus. Como o próprio nome diz, são selecionadas ações com grande potencial de crescimento no longo prazo, devido às mudanças estruturais nas empresas. Assim ficamos sujeitos a grandes oscilações em alguns períodos de estresse de mercado. Fechando o mês de setembro, nosso fundo teve forte recuo de -10,11% e segue acumulado negativo de -23,26% no ano.

Long Biased também teve um mês negativo, rendendo -3,86%. No ano o fundo acumula um resultado de -16,66%. Em setembro não fizemos nenhuma movimentação. Já que nossa exposição líquida comprada em Bolsa ficou em 94% no mês anterior, mantivemos o posicionamento, e o fundo depende de uma recuperação do mercado acionário brasileiro.

Deep Value encerra o mês de setembro negativo com retorno de -4,22% frente ao Ibovespa com queda de -6,57% no mesmo período. O fundo surgiu com o objetivo de investir em empresas de valor, buscando forte retorno da economia tradicional.

O fundo MAM está em seu décimo mês de vida. E vem cumprindo o seu objetivo de alocar dinheiro nas ações que consideramos as melhores do mundo, pois no mês o fundo sobe 0,55%, e no ano entrega uma rentabilidade de 9,34%. Como o fundo tem pouco tempo de vida, o portfólio tem uma certa rotatividade de papéis. Em setembro, montamos novas posições em Sea Limited e Unity, aumentamos a nossa exposição à Microsoft e encerramos a nossa alocação em General Motors.

O fundo inspirado nas ideias de Warren Buffett, o WB90, teve mais um mês positivo e rendeu 0,47%. No ano, o fundo está muito bem, rendendo incríveis 19,35%. O fundo, inspirado nas ideias de investimento do oráculo de Omaha, não passou por nenhuma modificação neste mês.

Franklin W-ESG fechou o mês de setembro com retorno negativo de –0,47% e um acumulado de 21,77% no ano de 2021. Esse fundo foi criado com o viés de investimento em empresas com pelo menos três mulheres no Board e que incorporaram à sua essência os critérios W-ESG (diversidade de gênero, questões ambientais, sociais e de governança.

Emerging Markets Equities fecha o mês de setembro bem estável. Diante de toda turbulência de acontecimentos na Ásia, executamos algumas mudanças de exposição regional, diminuindo participação na China e aumentando Corea do Sul e Brasil. O fundo, criado com o objetivo de investir nos mercados emergentes, obteve retorno em setembro de 0,41% e acumulado de –18,78% desde seu início.

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Temáticos

Tech Select, sofreu em setembro com a correção das empresas de tecnologia, rendendo -0,61% em setembro. No ano, a história é diferente, e o fundo rende 19,09%. Seguimos fazendo a manutenção do peso de nossa alocação nas FAANGs, dado o cenário inflacionário e risco de aumento de juros nos EUA. Também seguimos animados com a tese de que as ações de tecnologia mais consolidadas possuem uma relação melhor de risco e retorno e por isso compramos as ações da Salesforce, uma gigante de tecnologia que fornece serviços e produtos de CRM para as maiores empresas do mundo.

A versão tupiniquim de nossos fundos de tecnologia, o Tech Brasil, sofreu com a correção global de empresas de tecnologia e com o um humor da Bolsa brasileira. O fundo rendeu -14,71% no mês. No ano, o fundo segue positivo e rende 2,75% apesar do mês catastrófico. O resultado de setembro, teve como principal detrator as ações do Banco Inter e Magazine Luiza. No mês, encerramos as posições em Arco Platform e Pagseguro, utilizando o caixa gerado para rebalancear a nossa carteira.

O terceiro fundo de tecnologia lançado, o Tech Asia, rendeu 0,78% no mês, mas segue negativo no ano, já que entrega um retorno de -4,34%. Dos nossos fundos de tecnologia, o Tech Asia é o que tem a maior volatilidade, pois as incertezas do continente seguem fazendo uma pressão negativa na cotação das ações. Como nosso fundo investe em empresas asiáticas, mesmo reduzindo nossa exposição aos papéis da China, as empresas da região acabam sofrendo por tabela, impactando diretamente a rentabilidade. Neste mês, tivemos alguns eventos negativos para o fundo como o default da construtora Evergrande e as novas sanções impostas às criptomoedas por parte do governo chinês. Nesse cenário, optamos por encerrar as nossas posições em Huya Inc, Bilibili e Ctrip, utilizando o caixa gerado para rebalancear a carteira, já que atualmente temos uma alocação de 17% em Japão, 22,3% em Taiwan, 15,8% em Singapura, 9,5% em Coreia e 34% em China.

Tech Games fecha o mês de setembro negativo em -2,74% e conta com um acumulado de -5,71% no ano de 2021. Com muita turbulência no mercado asiático, o fundo continuou realizando algumas mudanças em seu portifólio, diminuindo alocação principalmente no mercado chinês, mitigando parte das perdas. O fundo é voltado para o investidor que acredita no potencial da indústria de games. Apesar de sua principal alocação ser voltada para grandes empresas desenvolvedoras de jogos, o fundo também conta com investimento em fornecedores de equipamentos, semicondutores, plataformas de streaming, todos voltados para o mercado de games.

MoneyBets, também sofreu com a correção de preços das ações de tecnologia no mês de setembro, o fundo que investe em empresas inovadoras teve um resultado negativo, rendendo -0,57%. O fundo interrompeu o seu o movimento positivo dos últimos meses e no ano rende 15,38%. No mês tivemos algumas mudanças na carteira, ao reduzirmos a nossa posição no ETF Invesco QQQ Trust Serie 1. Por outro lado, utilizamos o caixa gerado na redução de peso do ETF para aumentar a nossa exposição à tese das ações da Doximity.

FoF Tech, carteira que combina todas as teses tech, encerrou o mês de setembro com uma queda de -3,84%. Ainda com um desempenho negativo em quase todos integrantes do portfólio, as empresas de tecnologias tupiniquins, representadas pelo fundo Tech Brasil, foram os principais detratores do portfólio.

Canabidiol teve outro mês negativo e segue sofrendo um movimento de correção que parece não ter fim. Em setembro, o fundo teve mais um mês ruim, rendendo -1,11%. Mesmo com a alta do dólar, segue caindo e no ano rende -3,69%. De qualquer forma, estamos otimistas com os avanços em relação à legalização da cannabis nos EUA e às perspectivas do setor. Aguardamos a maturação de nossa tese de que as empresas canadenses irão enfrentar certa dificuldade para entrar no mercado americano e, por isso, novamente promovemos algumas mudanças em nossa carteira, encerrando nossa alocação em Horizons Marijuana Life Sciences Index ETF para aumentar a nossa posição em Innovative Industrial Properties, Power REIT e Advanced Flower Capital Gamma.

Já o Cannabis Ativo rendeu –1,91% em seu quarto mês com a carteira 100% exposta ao setor. No ano, o fundo rende -11,11%, porém devemos lembrar que antes do dia 21/05 o fundo mantinha 80% de alocação em LFTs. Atualmente o fundo está com uma alocação de 80% em dois ETFs do setor e 20% investidos no fundo CBD, com 100% de exposição cambial e disponível para o público geral.

Para o fundo de Criptomoedas, setembro foi um mês de grande volatilidade causada principalmente por interferências externas, como a implementação do Bitcoin como moeda legal em El Salvador, a crise da Evergrande e a proibição por parte da China de todas as transações em criptomoedas. Não houve alteração no portfólio do fundo VTR Criptomoedas, que apresentou um desempenho de -3,05% em setembro e manteve as teses que renderam 88,05% no ano. Volto a lembrar que o BTC ainda representa a parcela dominante na composição da carteira, mas que dinamicamente também é turbinada com diferentes Altcoins, tais como Ethereum (ETH) e Chainlink (LINK).

Já no caso de Cripto Metals Blend, tivemos um bom desempenho do ouro no mês (+1,28%), que foi o principal responsável pela rentabilidade de 0,26% do fundo. Na outra ponta, tivemos os criptoativos e a prata com quedas de -3,05% e -3,11%, respectivamente. O fundo conta alocação nas criptomoedas, que representam 20% de sua alocação, e com 80% diversificados em metais como Ouro, Prata, Urânio e Cobre, que também tiveram um mês negativo.

Cripto Defi passa a fazer parte de nosso relatório mensal. A aversão ao risco causado pela instabilidade da economia global do mês de setembro teve um impacto direto no segmento de finanças descentralizadas. Logo no início do mês, o colapso do mercado cripto foi responsável pela liquidação de mais de US$ 3,5 bilhões em derivativos, e os níveis de apreensão se mantiveram durante as turbulências de setembro, causando uma redução nos níveis de empréstimo e alavancagem dos investidores.

Dessa forma, o mau momento do mercado, somado ao fator da redução de interação com os protocolos DeFi, resultaram em uma performance de -16,58% no mês, com agregado de -37,00% desde a abertura do fundo, em abril.

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Indexados

Vitreo Selic é o fundo ideal para reserva de emergência. Sempre com objetivo de trazer resultados acima do CDI por meio da diversificação da alocação em títulos públicos. Em outubro mantivemos a estratégia de maior exposição aos papéis de curto prazo nos trazendo um retorno positivo perante o índice. O fundo fechou o mês 113% do CDI.

Com a volatilidade da política brasileira e a desvalorização do real, tivemos um mês negativo para o Vitreo Dólar, o fundo teve um retorno 5,25% no mês e segue um acumulado no ano de 5,34% positivo.

Vitreo Moedas Life, por sua vez, é um fundo que aposta na valorização da Libra, Iene, Franco-suíço e Euro frente ao Real. Como o Real se desvalorizou ainda mais frente às moedas mais fortes da economia mundial, o fundo rendeu 5,46%% em setembro. No ano, o fundo entrega um retorno de 1,46%.

Vitreo Inflação Longa, fundo que concentra seus investimentos nas NTN-Bs, fechou negativo em -1,68% no mês de setembro. E aparece com um acumulado negativo de -8,27% em 2021.

A performance do Vitreo Ouro, também foi afetada pelo dólar, e em setembro o fundo rendeu 0,63%. O fundo que havia ficado com a rentabilidade anual positiva no mês passado, devolveu os rendimentos e no ano rende -3,83%. Neste momento em que o ouro se desvaloriza fortemente, ele segue sendo uma das mais importantes classes de ativos para proteger um portfólio com posições em bolsa, dando tranquilidade para se navegar pelas águas turbulentas do Brasil.

O fundo Vitreo Prata teve um mês negativo, com recuo de –3,11%. Em momentos de incertezas de mercado. O fundo conta com resultado negativo de -14,79% no ano de 2021.

Vitreo Urânio teve mais um mês extraordinário de retorno, rendendo 20,62% no período. O resultado foi influenciado principalmente pela alta internacional da commodity com as crises energéticas mundo afora, empurrado também pela alta geral em todas as commodities. Além disso, desde o início o fundo rende 40,62%.

O fundo Vitreo Petróleo, completou seis meses, e por isso podemos comentar a sua rentabilidade e sua estratégia de alocação, que combina ações brasileiras e BDRs de empresas petrolíferas, ETFs no exterior e contratos futuros de petróleo, com uma alocação dinâmica se mostrou um sucesso, num período em que o mundo passa por uma crise energética e os preços da commodity explodiram. Em setembro, o fundo teve uma excelente performance rendendo 15,62% e no ano, a rentabilidade é de 17,71%.

A família dos fundos de Bonds chegaram ao fim do mês de setembro. O Bonds USD fechou o mês com resultado positivo de 4,49% puxado principalmente pelo avanço do Dólar frente ao Real nesse período. E conta com um retorno anual de 5,85%. Já as versões para investidor geral o Bonds BRL Light contou com um retorno de 0,46% no mês e 2,67% no ano e o Bonds Light contou com 4,76% no mês e 5,60% no ano

Exponencial (fundo que investe somente nas ações da XP Inc.) teve uma performance de -12,85% no mês. No ano, o fundo entrega uma rentabilidade de 6,13%. Já versão para investidores em geral, o Exponencial Light, rende -2,03% em setembro, e no ano acumula 4,73%.

AWP, veículo constituído em parceria com Itajubá e Gama Investimentos e que investe em cotas do fundo AllWeather Portfolio, o fundo do Ray Dalio da Bridgewater Associates, fechou o mês com leve avanço de 1,77%. Conta com um acumulado de 12,00% em 2021.

RBR RE Global fundo em parceria com a gestora RBR, é o primeiro fundo de REITs do Brasil oferecendo ao investidor a oportunidade de aplicar no setor imobiliário americano. O Fundo fechou o mês de setembro com retorno negativo de -1,18% e conta com retorno de 28,28% no ano de 2021.

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As informações apresentadas são de caráter meramente informativo, não constituindo e nem devendo ser interpretadas como análise, oferta ou recomendação de qualquer investimento, ou sugestão por parte da Vitreo. Os ativos apresentados podem não ser adequados para todos os investidores. Os investidores devem obter orientação financeira independente, com base nas suas característica e objetivos pessoais, antes de tomar uma decisão de investimento. Recomendamos que você conheça as características e riscos dos ativos e mercados antes de investir. Lembrando que retornos passados não garantem retornos futuros e não há nenhuma garantia de retorno. As rentabilidades apresentadas não são líquidas de impostos. A aplicação em fundos de investimento não conta com a garantia do FGC, de qualquer mecanismo de seguros ou dos prestadores de serviço do fundo. Para consultar informações e riscos do seu investimento, acesse www.empiricusinvestimentos.com.br.

Um abraço,

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Nossos fundos temáticos, como Vitreo Agro, Vitreo Urânio e Vitreo Carbono, e os de proteções, como Vitreo Ouro e Moedas Life, tiveram bom desempenho. Já os produtos de Bolsa, principalmente brasileira, e cripto não performaram bem no mês

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8 dez 2023, 15:33

Empiricus Deep Value Brasil FIA

Nossos fundos temáticos, como Vitreo Agro, Vitreo Urânio e Vitreo Carbono, e os de proteções, como Vitreo Ouro e Moedas Life, tiveram bom desempenho. Já os produtos de Bolsa, principalmente brasileira, e cripto não performaram bem no mês

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