Carta do Gestor

Terceiros mandatos e um respiro de performance

George Wachsmann

9 nov 2022, 15:11 (Atualizado em 9 nov 2022, 15:11)

Outubro foi um mês positivo para as Bolsas globais, com os principais índices acionários obtendo resultados positivos apesar da volatilidade. Além disso, tanto o Dólar como o Euro se desvalorizaram frente ao Real. As criptomoedas também tiveram um bom desempenho ao longo do mês.

Com este cenário, nossos fundos, em geral, tiveram bom desempenho. Os principais destaques foram os dois fundos de Cannabis; o fundo de Petróleo, que já soma alta de 35,69% no ano; e nosso fundo de Carbono. No lado negativo, ficou o Tech Ásia e os produtos atrelados a Moedas e ao Ouro.

Esta é nossa Carta do Gestor. Nela você encontra um resumo dos mercados durante o mês e uma breve análise sobre o resultado de cada um dos nossos fundos, divididos por grupos. No início de cada seção você encontrará uma tabela com os resultados de todos os fundos.

Por uma regra da CVM, só podemos falar sobre o resultado dos fundos que tenham mais de 6 meses de histórico.

Como foram os mercados em outubro

No mês de decisão de eleição no Brasil, o Ibovespa terminou com alta de 5,45% mesmo após a Petrobrás fechar o último pregão de outubro com queda de 8%. Além disso, o Real se valorizou frente ao Dólar e ao Euro, respectivamente, em 3,81% e 1,75%.

Aqui ainda houve a decisão do Copom de manter a taxa Selic em 13,75% e a prévia da inflação, o IPCA-15, apresentou alta de 0,16% depois de dois meses consecutivos com valores negativos.

Já no cenário internacional, o Inglaterra viveu crise após Liz Truss apresentar um plano econômico que foi amplamente rejeitado pelo mercado. Contudo, o substituto da ex-primeira-ministra foi Rishi Sunak, nome que foi bem recebido.

Também houve o reaquecimento do conflito entre Ucrânia e Rússia, com escalada nos ataques em território ucraniano. Um dos principais eventos corporativos foi a finalização da compra do Twitter por Elon Musk.

No final das contas, o S&P 500 se valorizou 7,99%, enquanto o Nasdaq 100 subiu 3,96% e, o MSCI World, 7,11%. Os três retornos na moeda original dos índices. Vale mencionar também a recuperação das criptomoedas. Em Dólar, o Bitcoin teve desempenho de 5,48% e o, Etherium de 18,43%. O Ouro caiu 5,57%.

Como foram os nossos fundos  

Você já deve saber, mas não custa lembrar. Só podemos comentar sobre a performance dos fundos que têm mais de 6 meses de histórico.

Fundos de Fundos Multigestores | Família SuperPrevidência

O FoF SuperPrevidência e o FoF SuperPrevidência 2 apresentaram rentabilidades mensais de +2,55% e +2,50%, respectivamente, e no ano acumulam alta de +4,75% e +4,49%. Ventos favor dos ativos locais e globais, com altas nas Bolsas brasileiras e americanas, ainda sob um desafiador cenário macro, inflação persistente e uma tensão pré-eleitoral que, a cada dia, se aproximava de um desfecho definitivo. Em ativos brasileiros, os grandes destaques foram os fundos Brasil Capital 100 Prev FICFIA e Núcleo Prev 100 FICFIA, que renderam respectivamente +7,61% e +8,72% no mês. Papeis como Localiza (RENT3) e Equatorial (EQTL3) são comuns aos dois portfólios e apresentaram altos retornos. Enquanto isso, no cenário internacional, as Bolsas americanas fecharam em alta com uma expectativa de alívio do FED quanto às agressivas altas de juros e bons resultados trimestrais das empresas. Dito isto, a posição em SPXI11 também contribuiu positivamente com alta de 4,08%, em um mês de Dólar mais fraco frente à moeda local. Em Renda Fixa, pequena contribuição dos títulos de inflação do Vitreo Inflação Longa FIRF, que se valorizaram +0,28% no mês. Com exceção do Capitânia Credprevidência Icatu FICFIRF CrPr (+0,63%), os fundos de crédito superaram o CDI do período, com destaque para o Sparta Previdência FIFE D60 FIRF CrPr, que rendeu +1,19%. Dentre os fundos multimercados, apenas o SPX Lancer Icatu Multiprev FICFIM atuou como detrator da carteira, com queda de -0,27% no mês. Após uma forte alta no mês em setembro, neste mês o fundo registrou perdas em diversos books, como Juros, Moedas e Renda Variável, e ganhos no book de Commodities. Destaque positivo deste mês vai para os fundos Canvas Vector Icatu Qualificado F2 FICFIM Previdenciário e Verde AM Icatu Previdência FICFIM, com altas de 2,79% e 2,71%, respectivamente. Outros nomes como Ibiuna e Kinea obtiveram ganhos no mês, mas por meio de diferentes mercado e estratégias. Enquanto o Kinea Prev Atlas FIM alcançou alta de +1,59% por meio de posições em Commodities, como grãos e petróleo, o Ibiuna Previdência Icatu FIM obteve alta de +1,44% por meio de posições tomadas em juros dos países do G10, e aplicados em países mais avançados no aperto monetário. Uma estratégia comum aos dois portfólios citados acima é comprada em Dólar e Real contra moedas asiáticas.

Passando para a parte de Renda Fixa, o FoF Prev Conservador teve uma rentabilidade de +1,09% em outubro, superando o CDI, de +1,02% no mesmo período. No ano acumula alta de +9,91%. Os ativos de Crédito Privado, em geral, superaram o CDI, e o grande destaque foi o Empiricus Inflação Curta FIRF (+1,90%). Os fundos de Renda Aixa Ativa Itaú Legend Distribuidores FICFIRF LP (+0,92%) e de Juros Reais Kad IMA-B FICFIRF LP (+0,44%) ficaram abaixo do CDI.

O FoF Prev Arrojado subiu +4,37%, enquanto o FoF Prev Ações superou o Ibovespa, obtendo retorno de +6,50% no mês de outubro. No ano acumulam altas de, respectivamente, +1,76% e +0,43%. O retorno de +0,28% da parcela alocada no Vitreo Inflação Longa FIRF fez com que a versão Arrojada tivesse um desempenho inferior ao da versão 100% Ações. Os outros fundos comuns aos dois portfólios tiveram desempenhos positivos, mas os destaques vão para os fundos Equitas Selection Institucional FICFIA (+8,57%) e Indie Icatu Previdência FICFIM (+8,88%), que extraíram seus retornos por meio de diferentes ativos. No caso do time da Equitas, as posições de grande atribuição vieram dos setores financeiros e consumo não cíclico, enquanto o time da Indie conseguiu extrair dos setores de utilidades públicas e energia.

Fundos de Fundos Multigestores | Familia Melhores Fundos

O FoF Melhores Fundos obteve alta de +2,04% no mês e acumula alta de +6,89% no ano. O percentual alocado em ativos de riscos locais compôs a maior parcela de contribuição do retorno. O fator Eleições acabou fazendo preço em alguns papeis, principalmente as estatais, mas não impediu o bom desempenho da Bolsa, tanto das empresas com baixo valor de mercado, as Small Caps, quanto as Large Caps. Outra classe que fechou o mês positivo foram as Criptomoedas, observado principalmente pela alta do Ethereum (15,15% em real) nas últimas semanas no mês, o que contribuiu para a alta de +6,07% do ETF CRPT11. Dentre os fundos de Ações, todas as estratégias contribuíram positivamente, e muitas delas superaram seus respectivos benchmarks. Dentre os fundos Long Only, o Brasil Capital 30 FICFIA apresentou alta de +7,51%, e capturou altas superiores a 10% de grandes posições, como Localiza (RENT3), HyperaMarcas (HYPE3) e Equatorial (EQTL3). Dentre os Long Biased, destaque para o VTR Miles Acer Long Bias FICFIM, que rendeu +7,18% no período, beneficiado tanto pelas posições compradas, quanto vendidas. Na ponta comprada os principais setores foram Utilities, como Sabesp (SBSP3) e Eletrobras (ELET6), e bens industriais, como Intelbras (INTB3). As alocações em proteções foram detratoras de performance do fundo, principalmente pela atuação do Dólar frente ao Real no período. Isso fez com que o Vitreo Dólar FI Cambial e Vitreo Ouro FIM apresentassem quedas de -3,46% e -5,15% no mês. Os fundos multimercados também contribuíram positivamente, de modo geral. Nomes como VTR Verde AM 60 FICFIM (+3,46%) e Kapitalo Zeta VTR FICFIM (+2.09%) foram as maiores contribuições positivas do mês, com este último sendo beneficiado principalmente pelas posições em juros. Dentre os detratores, queda de -2,92% do VTR SR IE FICFIM CrPr, com contribuições negativas dos books de Juros, Ações, Moedas e Crédito, enquanto o book de Commodities foi positivo. Em relação a Renda Fixa, os ativos de Crédito Privado foram os maiores destaques, e o mercado segue com manutenção dos spreads de crédito quando comparado com o mês anterior. A grande contribuição da classe permanece com o fundo JGP Select FICFIM CrPr, que obteve alta de 1,39% no mês.

O FoF MF Ações fechou o mês com alta de +5,27% no mês, e acumula queda de -0,87% no ano.  Apenas o fundo Neo Future FICFIA teve desempenho negativo, principalmente por conta da queda observada em Petz (PETZ3), uma posição relevante dentro do portfólio, resultando em queda -0,44%. Do lado positivo, a menor contribuição veio do Forpus Ações FICFIA, que não conseguiu acompanhar a alta do Ibovespa, e obteve alta de +2,37% no período, contra +5,45% do índice. As posições em setores financeiros, mineração e as opções de venda de empresas de tecnologia nos EUA foram grandes detratoras de performance. Ainda no lado positivo, as maiores contribuições vieram das posições nos fundos Equitas Selection FICFIA (+8,85%) e Brasil Capital 30 FICFIA (+7,51%).

O FoF MF Multimercados apresentou um resultado de +1,03% no mês, ficando em linha com o CDI, e no ano acumula alta de +13,77%. Os grandes destaques do mês foram os fundos VTR Verde AM 60 FICFIM e Canvas Vector FICFIM, com ganhos de +3,46% e +2,55%, respectivamente. Já o detrator do período foi o fundo RPS Total Return D30 FICFIM, que sofreu com posições em EWZ contra S&P e na posição aplicada em juros americanos, fechando o mês em queda de -3,59%.

O FoF MF Conservador obteve retorno de +1,10% no mês de outubro e acumula alta de +7,07% desde seu início, em 31/03/22. Em estratégias que operam curvas de juros, o grande destaque foi o Quantitas Galápagos FIM, que rendeu 1,23% no mês, e a gestora recentemente tem construído posições mais táticas, dado o atual cenário. Em crédito, o fluxo para fundos desta classe continua positivo, e os spreads de crédito permanecem em níveis estáveis frente ao mês anterior. Destaques vão para os fundos classificados como Multiestratégias, com destaque para os fundos Riza Daikon FICFIM CrPr (+1,42%) e JGP Select FICFIM CrPr (+1,39%). As menores contribuições vieram das posições em Bonds da América Latina realizados pelo Quasar Latam Bonds BRL FIM CrPr (+0,20%) e nos títulos de Inflação realizados pelo Kad IMA-B FICFIRF LP (+0,44%).

O FoF MF Retorno Absoluto encerrou o mês de outubro com retorno de +1,83% no mês e já acumula alta de +19,76% no ano. As mudanças realizadas recentemente trouxeram bons resultados, como no caso do fundo Reach Total Return FICFIA, com retorno de +8,48% no mês, capturando altas de papeis de maior convicção, como Eletrobras (ELET3) e 3R Petroleum (RRRP3). Outro “novato” na carteira é o experiente time que gere o Mar Absoluto FICFIM, que fechou o mês em alta de +4,93%, compondo resultados por meio das posições tomadas em Juros Curtos nos EUA e da alocação em Petroreconcavo (RECV3).

O FoF MF Novas Ideias ainda está em processo de mudança do portfólio, dado os períodos de resgates dos fundos investidos. No ano o fundo já acumula alta de +10,75%, e em outubro o fundo rendeu +2,19%. A maior contribuição veio da parcela alocada no fundo Encore Long Biased FICFIA, que apresentou uma alta de +9,27%, ganhando em posições oportunísticas, como comprada em S&P utilizando Derivativos, e posições compradas em Small Caps contra Ibovespa. Os fundos Multimercados Macro tiveram desempenhos mistos, com destaques vindo dos fundos Mar Absoluto FICFIM (+4,93%) e Clave Alpha Macro FICFIM (3,76%), enquanto os fundos A1 Hegde FICFIM (-2,34%) e Panamby Inno FICFIM (-2,66%) atuaram como detratores.

O FoF MF Global sofreu no mês de outubro uma queda de -2,92% no mês e acumula queda de -24,61% no ano. As recentes adições na parcela de fundos de Renda Fixa, Pimco GIS Global High Yield Bond Fund e Robeco High Yield Bonds, tiveram bons desempenhos no mês, encerrando com altas superiores a 3% em Dólar. Os demais fundos de Bonds fecharam o mês com desempenho inferior aos citados acima, com alguns nomes registrando quedas no período. As Commodities Metálicas tiveram desempenho negativo, com queda de cerca de -1,7% na alocação em Ouro. Na parcela alocada em Hedge Funds, destaque para o AQR Sustainable Deplhi Long-Short Equity, que obteve 4,66% em Dólar.

O FoF MF Global Equities encerrou o mês em queda de -1,57% em Reais, e acumula perda de -37,41% no ano. Os ativos de risco continuaram apresentando volatilidade, principalmente pelo quadro inflacionário em diversas economias. Nos EUA o cenário foi favorável, e as Bolsas tiveram bons desempenhos, o que acabou refletindo no fundo Edgewood L Select, com alta de 8,08% em Dólar. Além deste, o Man GLG Pan-European Rquity Growth, que tem como foco geográfico a Europa, também registrou alta de 7,16% em Dólar, no período. O grande detrator foram as empresas asiáticas, alocadas pelo fundo Morgan Stanley Investment Fund – Asia Opportunity Fund, que registrou queda de -13,55% em Dólar, no período. Apesar do desempenho positivo nessa moeda,  o fundo está sujeito à variação cambial e o fortalecimento do Dólar  frente ao Real acabou por colocá-lo em mais um mês em queda.

O FoF MF Blend obteve ganhos tanto na posição local, enquanto os ativos globais sofreram perdas. No mês registrou alta de +1,28%, enquanto no ano acumula alta de +2,28%.

O FoF ESG Carbono Neutro apresentou alta de +6,81%, e no ano acumula queda de -0,85%. Os ativos locais tiveram desempenhos positivos, e o panorama eleitoral não inibiu o bom desempenho dos papéis dos setores de Energia e Utilidades Públicas, que foram os grandes destaques do fundo Indie 2 FICFIA, que obteve um retorno de +8,37% no período. Os ETFs ISUS11 (+7,59%) e ESGB11 (+6,80%) também contribuíram positivamente para o bom desempenho do fundo. Ao longo do mês foi aprovada uma assembleia para incorporação do fundo no fundo Vitreo FoF MF Ações FIM, que ocorrerá nos últimos dias do ano de 2022.

Multiestratégias

O Carteira Universa completou o 4º mês seguido de alta, com +1,77% no mês de outubro, mas ainda acumula queda de –4,65% no ano. A carteira do fundo hoje está composta por 51% em Renda Fixa, 38,75% em Ações Brasileiras com posições estratégicas, -23,25% pelo book de “Ideias”, que é composto, em sua maior parte, por posições vendidas no S&P 500 e em ações locais, de caráter mais tático, além de 21% em Moedas, 6,6% pelo book de “Proventos”, composto por Fundos Imobiliários, 4,9% em Metais, 1% em Ações no mercado internacional e 0,05% em um Portfólio de Opções. O grande destaque positivo para o mês foi o book de Ações, que valorizou 7,42%, e por compor 38,75% da posição total do fundo, impactou a cota em +2,8%. As ações que se destacaram foram 3R Petroleum (RRRP3), com +30,58% no período, Oncoclínicas (ONCO3), +23,63%, e Banco BTG Pactual (BPAC11), com +16,65%. As alterações no período se deram pela adição do Portfólio de Opções, que é composto por uma put (opção de venda) de Ibovespa (BOVAW102; preço de exercício 102,00 em BOVA11), além da montagem da posição vendida em Tesla (TSLA34) e a zeragem do Long and Short comprado em Banco do Brasil (BBAS3) e vendido em XP Investimentos (XPBR31). Vale ressaltar que o fundo PRP foi incorporado pelo Carteira Universa no início do mês de outubro. Sua carteira já estava adequada ao Relatório Carteira Empiricus, cujas recomendações inspiram o fundo.

O Carteira Universa Prev rendeu +1,96% em outubro, e no acumulado do ano ainda cai –3,77%. A performance levemente superior à do fundo principal se deu pela ausência, em sua carteira, das posições vendidas em S&P e ações locais que compõem o book de Ideias. No fundo Prev, foram feitas as mesmas alterações do Carteira Universa, com a exceção da zeragem da posição vendida em XP Investimentos (XPBR31), que este fundo não tinha, além da não realização da venda de Tesla (TSLA34). Uma posição que foi adicionada a este fundo foi a posição vendida em S&P, através do contrato futuro negociado na B3 (WSP).

O Renda Extra em outubro ganhou em todos seus books e subiu +0,96%. No ano o fundo rende +10,17%.   O principal book da carteira foi o de Ações, impulsionado pelas altas de Eletrobras (ELET3) e Hypera Pharma (HYPE3), que subiram +15,94% e +14,82%, respectivamente. Mas, não é só em Ações que nossa seleção se provou vencedora, mas nos Fundos Imobiliários também, uma vez que, apesar do mês de outubro mais difícil, os FIIs de nossa carteira continuam batendo o IFIX, o índice de Fundos Imobiliários listados na B3, que sobe 6,66% no ano.

O Kit Brasil rendeu +2,82% em outubro, e acumula +1,35% de alta desde sua criação em 31/03/22. O fundo tem por objetivo surfar uma onda de melhora na conjuntura do Brasil. Sendo assim, as posições que o compõem são sempre compradas em Bolsa, vendida em Dólar, aplicada em Juros e Inflação. A gestão é feita de modo que ponderamos os pesos nestas classes de ativos de acordo com nossa sensibilidade. Atualmente a posição é composta por 40% comprado em Ibovespa Futuro (INDF), 5% vendido em Dólar Futuro (DOLF), 30% em RF atrelada à Inflação (NTN-B 2030), 15% em RF Pré-fixado para 2.025 (NTN-F 25) e 10% em RF Pós-fixado (LFT), e não teve nenhuma alteração no último mês.

O Money Rider Hedge Fund caiu –3,98% esse mês e no ano cai –23,41%. O resultado abaixo do S&P500 (que subiu 3,16%, em Reais) resulta da manutenção de nossas posições defensivas, que naturalmente em um mês de alta trouxeram performance negativa à carteira. No ano, nosso posicionamento tem-se mostrado bastante acertado e mesmo com as perdas de outubro ganhamos em mais de 3% do índice, que cai –26,95% em Reais. Olhando os ativos individualmente os piores resultados foram de AppLovin (APP) e Amazon (AMZO34), que caíram -16,28% e –12,92%, respectivamente. 

O Universa Rider Blend fechou outubro com um retorno de +0,53%; no ano, o fundo cai –6,93%.

O AWP fechou o mês com uma rentabilidade negativa de -1,41% no período, impactado em grande parte pela queda de Dólar. No ano acumula queda de -35,32%. 

O Global Real Return Prev fechou outubro com alta de +1,19%, com grande contribuição da posição no ETF WRLD11, que teve alta de 2,63%. Os ativos em Títulos de Inflação com prazos superiores a 5 anos, presentes por meio do fundo Vitreo Inflação Longa FIRF, apresentaram alta de +0,28% no mês. Desde o seu início, em 30/03/22, o fundo apresenta queda de -4,74%.

O mês foi de recuperação para o Essencial Moderado, que registrou alta de +1,76% no mês, com um ano em queda de -3,57%. O ótimo desempenho o Vitreo Canabidiol (+18,99%), aliado ao bom desempenho das Bolsas locais, representados pelos fundos Oportunidades de uma Vida FIA (+4,67%) e Vitreo FoF ESG Carbono Neutro FICFIA (+6,81%), contribuíram positivamente para o portfólio. Em contrapartida, a deterioração dos ativos de tecnologia impactou a alocação em empresas do setor, fazendo com o Vitreo FoF Tech FICFIA BDR Nível I registrasse queda de -2,74% no período.

O seu irmão de maior volatilidade, o Essencial Arrojado, encerrou o mês com +2,90% de alta, mas ainda se encontra em patamares negativos no ano, com -5,78%. Também beneficiado pelas posições no Vitreo Canabidiol IE FIA, o fundo conseguiu capturar a alta das Commodities Energéticas, representado pelo fundo Vitreo FoF Commodities FICFIM (+6,12%), mas sofreu com as Commodities Metálicos, alocado pelo Vitreo Ouro FICFIM (-4,98%). O fundo também registrou alta da alocação no Vitreo Special Situations FIA (+6,92%).

Renda Variável | Local

O Oportunidades de Uma Vida encerrou o mês de outubro com alta de +4,67%, enquanto seu índice de referência, o Ibovespa, subiu +5,45%. No ano, o fundo reverteu a queda e agora acumula +2,70%. Dentre os destaques temos 3R Petroleum (RRRP3), com +30,58% no período, Banco BTG Pactual (BPAC11), com +16,65% e Iguatemi (IGTI11), +7,66%. Do lado negativo, Livetech (LVTC3), que caiu -14,99% e Lojas Marisa (AMAR3), com –13,39%. A única alteração realizada neste fundo foi a zeragem do long and short comprado em Banco do Brasil (BBAS3) e vendido em XP Investimentos (XPBR31).

O Oportunidades de Uma Vida Prev rendeu +4,34% em outubro, e, no acumulado dos 7 meses, desde que foi criado, cai –5,70%. A performance diferente do fundo principal se deu pela ausência, em sua carteira, das posições vendidas, além da ausência das posições em Ações de empresas controladas e coligadas do grupo BTG, que são Eneva (ENEV3) e Banco Pan (BPAN4), além das próprias ações do Banco BTG Pactual (BPAC11). Sendo assim, nenhuma alteração foi realizada neste fundo, no período.

O Microcap Alert teve um mês positivo em outubro, com alta de +6,95%, performando levemente abaixo do Índice de Small Caps, que rendeu +7,30%. No acumulado do ano, o fundo ainda está com –8,70%. Num cenário de melhora no mercado de ações, embora com alta volatilidade, as empresas deste segmento têm impacto positivo acima da média do mercado, em geral. O grande destaque positivo neste período foram as ações de 3R Petroleum (RRRP3), que subiram 30,58%. Além desta, outro destaque foi Três Tentos (TTEN3), com +15,27%. Do outro lado, somente Vivara (VIVA3) e Multilaser (MLAS3) tiveram rentabilidade negativa, com –1,03% e -0,57%, respectivamente. Neste período não houve alterações na composição da carteira.

O Special Situations fechou o mês de outubro com retorno positivo de +6,92%, enquanto seu índice de referência, o Índice Bovespa, ficou com +5,45%. No ano, o fundo passou a ficar positivo, acumulando +1,03%. Este fundo está em processo de incorporação pelo Microcap Alert, que segue o relatório de mesmo nome. Sendo assim, sua carteira foi adequada a este relatório. 

O MAB fechou o mês de outubro com performance positiva de +4,06%, enquanto o Índice Bovespa teve rentabilidade de +5,45%. No ano, o fundo ainda acumula rentabilidade negativa de –3,01%. Os destaques de rentabilidade foram Weg (WEGE3), que subiu +25,33%, e Banco BTG Pactual (BPAC11), com +16,65%. Do lado negativo, somente Petz (PETZ3) teve impacto relevante, caindo -13,86%, no período.

O Dividendos teve uma performance positiva no mês de outubro, com +5,59%, acumulando +17,43% no ano, bem a frente do Índice Bovespa, que acumula +10,70% no ano. A maior contribuição positiva veio das ações de Intelbras (INTB3), com +23,63% no mês. Outra ação que teve impacto positivo importante foi Eletrobras (ELET6), com +18,10%. Já do lado negativo o maior destaque foi Vale (VALE3), que caiu -6,82%. Houve uma operação tática de proteção à posição de Petrobras (PETR4), com a compra de uma put (opção de venda), de strike 34,02 (PETRW273), tendo sido zerada depois de alguns dias.

O Long Biased teve uma performance positiva em outubro, com +3,73%, acumulando uma rentabilidade no ano de +4,16%. Os destaques positivos foram Hypera (HYPE3), que subiu +14,82% e Ecorodovias (ECOR3), com +9,46%. Na ponta negativa, Lojas Marisa teve o maior impacto, com –13,39%. As movimentações na carteira foram a zeragem da posição tática vendida em Índice Bovespa (BOVA11), e posterior reabertura da mesma; a zeragem das posições de Banco Bradesco (BBDC4) e Sabesp (SBSP3); e a abertura de uma posição vendida em Vale (VALE3).

O Deep Value fechou o mês de outubro com performance, de +3,18%. Com isso a rentabilidade acumulada no ano passou a ser de +6,42%. O fundo tem como objetivo de investimento as empresas de valor que negociam com múltiplos descontados, buscando forte retorno da economia tradicional. Os destaques positivos ficaram com ações de Suzano (SUZB3), +19,55%, e Equatorial (EQTL3), com +11,64%. Já do lado negativo, ficaram as ações de Vale (VALE3), com –6,82%.

O Vitreo Ibovespa Index fechou o mês de outubro com uma rentabilidade positiva de +5,48% e, no ano, acumula alta de +11,27%. Em um mês de recuperação dos mercados pelo mundo (S&P +3,16%, EURO STOXX +5,18%, FTSE 100 +1,30%, todos convertidos para o Real brasileiro), 80% das ações que compõem o índice tiveram performance positiva. Os destaques ficaram por conta das ações de Weg (WEGE3), B3 (B3SA3) e Itaú Unibanco (ITUB4). Do outro lado, os destaques negativos ficam para Vale (VALE3), Banco do Brasil (BBAS3) e Americanas (AMER3).

Renda Variável | Exterior

O MRHF Ações Dinâmico em outubro subiu +4,04% e, no ano, cai –25,49%. A alta acentuada em relação ao Money Rider Hedge Fund é resultado de sua alocação maior em Renda Variável, classe de ativo que se recuperou bastante no mês. Os ativos que mais impactaram o fundo, no mês, foram Marathon Oil (MRO) e Chevron (CHVX34), que subiram +30,18% e +20,52%, respectivamente. 

O WB90 em outubro subiu +4,88%, acumulando queda de –15,54% no ano. O desempenho superou o índice S&P 500, que subiu +3,27% em Reais, e com revés ante a própria ação da Berkshire Hathaway (BRK/B), que subiu +5,58% em Reais. Seguimos à frente do índice S&P 500, que, no ano, acumula queda de –23,67%, mas perdendo para a ação da Berkshire Hathaway (BRK/B) de –8,45%, todos em Reais. Neste mês não fizemos alterações no portfólio.  Os destaques de queda foram SnowFlake (S2NW34), Amazon (AMZO34) e DaVita (DVAI34), caindo respectivamente, -14,22%, -12,61% e –11,53%, em Reais. O motivo para as ações da Amazon terem caído tanto foi o resultado muito negativo liberado no fim do pregão do dia 27, trazendo uma queda para as ações na ordem de –10% em dois dias. Os destaques de alta ficam para as empresas ligadas a petróleo, Chevron (CHVX34) e Occidental Petroleum (OXYP34), subindo respectivamente 20,29% e 12,87%, em Reais. 

O Franklin W-ESG também aproveitou a recuperação no mercado internacional durante outubro, subindo +2,28%, no mês. No ano, o fundo ainda cai –27,82%. Dentro da carteira do fundo as principais altas foram de Devon Energy (D1VN34) e Lockheed Martin (LMTB34), que subiram +23,77% e +20,12%, respectivamente.  

O Emerging Markets fechou o mês com queda –6,12%. No ano, o fundo acumula queda de –25,66%. Outubro foi um mês difícil para o fundo, o resultado negativo vindo principalmente dos ativos asiáticos, que sofreram bastante nas últimas semanas. Dentre esses ativos, os que mais impactaram a carteira foram Bilibili (B1IL34) e Baidu (BIDU34), que caíram -41,06% e –37,38%, respectivamente. 

O Exponencial andou em linha com os mercados no exterior e fechou outubro com uma queda de -7,16%. No ano, o fundo cai –39,57%. O Exponencial Light rendeu -0,52% no mês e, no ano, cai -0,13%.

Temáticos | Tech

Outubro foi um mês um pouco melhor no exterior para o mercado; o setor de tech, porém, não reagiu da mesma forma e as empresas tech foram duramente penalizadas por resultados abaixo do esperado. Houve, claro, algumas exceções, como as ações da Apple (AAPL), que subiram +10,96% após um resultado satisfatório, no trimestre. Apesar do mês com menos notícias, ainda vejo com grande preocupação o cenário de curto prazo para as empresas de crescimento. Especialmente por não enxergar um fim claro para os ciclos de alta de juros do FED, o que afeta diretamente essas empresas.

O Tech Select seguiu o mercado tech, que mesmo com as altas nas Bolsas americanas continuou sofrendo com resultados anêmicos das empresas. No mês, o fundo caiu –3,15%. No ano, o fundo acumula queda de –41,79%. Olhando para a carteira, os principais impactos vieram das ações de Meta (M1TA34) e Tesla (TSLA), que caíram -34,07% e –14,22%, respectivamente. Vale mencionar que os fundos Biotech, Energia Limpa e Tech Games serão incorporados ao Tech Select no início de novembro, reforçando nossa convicção na estratégia do fundo, no longo prazo.

O Tech Brasil, em mais um mês performou seus pares internacionais e subiu, ao contrário dos outros fundos da família Tech, com +3,24% em outubro, dando continuidade à forte recuperação obtida no terceiro trimestre, quando subiu em torno de 30%. No entanto, no ano, o fundo ainda acumula –28,55%, como consequência de um primeiro semestre ruim para as Bolsas e sobretudo para o setor. Os destaques de rentabilidade foram Intelbras (INTB3), que subiu 23,63%, Locaweb (LWSA3), +21,44%, e Totvs (TOTS3), +12,98%. Na outra ponta, Livetech (LVTC3), com –14,99%, foi o destaque negativo no período.

O Tech Asia caiu –20,89% em outubro. No ano, o fundo cai –51,49%. A forte queda no mercado chinês e seus arredores veio principalmente após a notícia da reeleição do presidente Xi Jinping. (Comento mais sobre o assunto no texto introdutório de commodities abaixo). As principais baixas nas carteiras foram de Sea Limited (S2EA34) e Taiwan Semiconductors (TSMC34), que caíram –15,04% e –13,99%, respectivamente. 

O Tech Games caiu –3,15% em outubro e, no ano, cai –44,75%. A queda na carteira está em linha com nossos outros fundos Techs e reflete, assim como eles, o mau humor do mercado com resultados abaixo do esperado em empresas de crescimento, além disso, a carteira também foi impactada por algumas posições que temos ligadas à China, como Bilibili (B1IL34) e NetEase (NETE34) que caíram -39,98% e –26,81%, respectivamente. Lembrando que o Tech Games será incorporado ao Tech Select no início de novembro.

O Blockchain Ações subiu +2,82% em outubro. No ano, o fundo cai –45,44%. Vale mencionar que este mês o portfólio de cripto foi um dos responsáveis pelo impacto na carteira, porém o principal impacto veio das empresas mais tradicionais como Oracle (ORCL34) e MicroStrategy (M2ST34), que valorizaram +22,73% e +20,49%, respectivamente. Os destaques negativos no mês foram Advanced Micro Devices (A1MD34) e Tesla (TSLA34), que caíram -8,25% e –6,51%, respectivamente. 

O Biotech subiu +6,31%, em outubro. No ano, o fundo cai –14,51%. O resultado positivo reforça o otimismo do mercado com o setor que cai quase 50% menos que o S&P500, no ano (o índice americano cai –26,95%, em Reais). Os principais resultados da carteira vieram de Intuitive Surgical (I1SR34) e Gilead Sciences (GILD34), que subiram +27,68% e +27,17%, respectivamente. Lembrando que o Biotech será incorporado ao Tech Select no início de novembro.

O MoneyBets caiu –3,64% em outubro. No ano, o fundo cai –43,03%. A queda está em linha com o cenário ruim para empresas de crescimento que descrevi anteriormente. As empresas que mais impactaram a carteira, no mês, foram Doximity (DOCS), que caiu –14,43%, e SentinelOne (S), que caiu –16,20%. 

O Metaverso caiu –4,49% em outubro. No ano o fundo cai –59,77%. O resultado engloba os problemas com ações de   crescimento. Dentro do nosso portfólio, as ações que mais caíram foram Meta (M1TA34) e Take-Two (U2ST34), com queda de –34,07% e –10,94%, respectivamente. 

Frente à deterioração do cenário macroeconômico, o FoF Tech encerrou mais um mês com retorno negativo, com queda de -2,74%. Os piores desempenhos foram dos ativos asiáticos, que registraram deterioração ao longo de todo o mês, principalmente ao longo do Congresso do Partido Comunista chinês, que consolidou o terceiro mandato de Xi Jinping. O fundo Vitreo Tech Ásia FIA BDR Nível I teve queda de -20,89% no período. Os ativos de biotecnologia, em contrapartida, contribuíram positivamente, com o fundo Vitreo Biotech acumulando alta de 6,31%.

Temáticos | Cannabis

O Canabidiol subiu +18,99% em outubro. No ano, o fundo cai –56,90%. A alta reflete mais uma vez o mercado especulando o possível avanço da legalização à nível federal, nos Estados Unidos. A especulação surgiu após uma carta de Biden propondo o perdão de pessoas condenadas por posse de maconha e também a reclassificação da droga dentro da tabela do DEA (United States Drug Enforcement Administration), reduzindo as restrições à substância. As ações que mais subiram na carteira durante o mês foram as de Tilray (TLRY) e Truelieve Cannabis (TCNNF), que subiram +44,21% e +33,27%, respectivamente. 

O Cannabis Ativo (versão para público geral) fechou o mês de outubro com alta de +15,75%. No ano, o fundo cai –59,71%. A diferença de rentabilidade para a versão de investidores qualificados é resultado de nosso stock picking que tem acertado ao apostar mais em empresas americanas em relação aos ETFs que compramos nessa carteira.

Temáticos | Cripto

Se olharmos para todos os meses do ano, a época de maio e junho foram as piores do ano, por conta das questões envolvendo Terra (LUNA) e Celsius. Em seguida, em julho os ativos se recuperaram e, de agosto para cá, o mercado parece mais calmo e operando com menos volatilidade. Começamos o mês sob o impacto das declarações dos Bancos Centrais mundiais, indicando que as autoridades monetárias preparam novas medidas para reduzir a inflação nos mercados mundiais e que o ciclo de aumentos dos juros ainda não terminou. Contudo, encerramos um mês com um leve rally que encerrou o mês de outubro positivo, e, por sua vez, o Nasdaq Crypto Index (NCI) fechou com rentabilidade de +9,41%. Olhando para o curto prazo, acreditamos que pode haver mais quedas pela frente, uma vez que as questões macroeconômicas ainda pressionam o mercado para ativos de risco, como um todo, e jogam contra, principalmente, o mercado de criptoativos. Resta a questão de quanto o mercado já precificou o que vem pela frente e quanto os ativos de risco já estão descontados. 

O Criptomoedas, nossa carteira principal, encerrou outubro com +1,96%, e acumula queda de –60,62% no ano. Por sua vez, o Coin Cripto (versão para público geral) fechou com rentabilidade de +4,13% e um acumulado –57,03% no ano. O Bitcoin (BTC) chegou a valorizar aproximadamente +5,23% no mês e percorreu a casa dos US$ 20.900, e ainda apresenta uma rentabilidade acumulada no ano de –56%. Por sua vez, o Ether (ETH) valorizou aproximadamente +18,34% e percorreu a casa dos US$ 1.600, e conta com um acumulado de –58% de rentabilidade, no ano. O destaque positivo do mês vai para os ativos de smart contracts. Polygon (MATIC) fechou com rentabilidade de +16,06% e Optimism (OP) com +10%. Por sua vez, o destaque negativo do mês vai para Helium (HNT), com rentabilidade de –24,27%, visto que sua blockchain sofreu diversas paralisações ao longo do ano, e por conta da migração para a blockchain da Solana (SOL), Helium (HNT) ainda vem passando por diversas paralisações e problemas nessa fase final de transição.

O Cripto Metals Blend encerrou o mês com desvalorização de –3,13% e acumula queda de –26,255, no ano. O mês de outubro não foi um mês positivo para o setor de Commodities: a parcela em Urânio desvalorizou –1,05%, a parcela em Prata desvalorizou -5,43%, a em Ouro desvalorizou –3,67% e a em Cobre desvalorizou –1,22%. Todavia, a parcela do fundo em criptoativos teve rentabilidade de +5,48%, amenizando as quedas nas parcelas em Commodities. Parte da rentabilidade do fundo pode ser creditada ao impacto cambial de -3,71%, que, além de afetar as criptomoedas, impactou todos os preços de Commodities

O Cripto DeFi fechou outubro com performance de +3,34% e um acumulado de –68,37% no ano. O Coin DeFi (versão para público geral), valorizou +0,87% no mês, e ainda cai –63,10% no ano. O destaque positivo do mês vai foi dYdX (DYDX), com rentabilidade de +31,71%, uma vez que a exchange descentralizada com foco em derivativos obteve um aumento considerável no volume de negociações e no número de novos usuários ativos. Maker (MKR) também teve seu destaque com rentabilidade de +23,08%, visto que o mês de outubro foi um mês em que muitas propostas foram discutidas no protocolo e os detentores de Maker (MKR) puderam votar em diversas propostas de melhorias do protocolo. Vale lembrar que, com a saída de liquidez do mercado, principalmente com as liquidações de institucionais, esse setor sofreu bastante, todavia os protocolos continuam robustos e isso corrobora nossa tese de que os protocolos que sobreviverem sairão mais fortes desse bear market que estamos vivendo.

O Cripto NFT valorizou +2,82% no mês e acumula queda de –78,61%, no ano. O Coin NFT (versão para o público geral) encerrou o mês com –8,37% e ainda acumula queda de –74,81%, no ano. O destaque positivo foram os ativos Flow (FLOW), com rentabilidade de +36,45%, uma vez que a Meta anunciou novas parcerias e novidades no mundo dos criptoativos. Vale lembrar que o protocolo Flow (FLOW) foi um dos primeiros a fechar parceria com a Meta. Além disso, outro destaque positivo foi The Sandbox (SAND) com rentabilidade de +40,19%, uma vez que no mês de outubro trouxe diversas novidades e avanços no Metaverso desse protocolo. Todavia, o mercado de NFTs ainda está em desenvolvimento e é muito embrionário; o volume da negociação de NFTs ainda está aquém do final do ano passado, quando vimos uma adoção muito grande.  

O Cripto Smart encerrou o mês com alta de +10,03% e acumula queda de –72,73% no ano. Por sua vez, o Coin Smart (versão para o público geral) permaneceu no zero a zero com rentabilidade de -0,21% e ainda cai –61,92% no ano. Como já falamos, o mês de outubro foi um mês de destaque para o setor de smart contracts. Além de Ether (ETH), com rentabilidade de +18,34%, podemos destacar Polygon (MATIC), com rentabilidade de +16,06%, e Optimism (OP), com rentabilidade de +10%. A valorização do Ether (ETH) acaba tendo uma correlação significativa e impactando diretamente o preço do setor de smart contracts. Por sua vez, o destaque negativo do mês vai para Near Protocol (NEAR), com rentabilidade de –12,75%.

Por fim, nosso fundo de criptomoedas destinado à Previdência, o Cripto Prev 20, obteve rentabilidade mensal de +0,88% e um acumulado de –8,38%, desde seu início. Apesar de outubro ter sido um mês morno para o mercado cripto, foi bastante positivo para o mercado brasileiro, especialmente para a Renda Fixa, que contribuiu com a parcela de criptoativos do fundo. 

Temáticos | Commodities

A principal notícia para as Commodities, em outubro, foi a reeleição do presidente chinês Xi Jinping. A reeleição, na visão do mercado, pode significar a continuação das políticas de “zero Covid” no país, o que impactaria drasticamente o crescimento da economia local. Com o crescimento reduzido da China, diversas Commodities seriam afetadas, especialmente os minérios, principalmente de ferro e carvão, que atingiram as cotações mínimas do ano durante o último mês. Algumas Commodities, contudo, subiram bastante, especialmente aquelas ligadas a fontes energéticas alternativas, como o Lítio e o Urânio.

Vitreo Ouro terminou o mês de outubro com queda de -4,98%. No ano, o fundo cai –17,74%. A queda ainda se dá pelas incertezas em relação à China, que apesar de mostrar sinais de melhora ainda apresenta uma situação complicada.

O Vitreo Prata voltou a ter um mês ruim e fechou outubro com uma queda de –1,89% de. No ano, o fundo acumula –24,59%.

O Vitreo Cobre terminou outubro com uma queda de –2,54%. No ano, o fundo acumula queda de –28,90%. As restrições na China continuam atrapalhando o preço da commodity, mas uma escassez do material e a diminuição das restrições na China podem fazer com que o preço do cobre volte a subir.

O Vitreo Urânio encerrou o mês com –0,98% de rentabilidade. No ano, o fundo cai –19,12%. A volatilidade do Urânio e das empresas que trabalham com o minério ainda é o principal detrator do fundo. Com o tema de energias alternativas cada vez mais em alta, é questão de tempo para que o ativo se solidifique dentro do mercado e comece a performar com constância. 

O fundo Vitreo Petróleo apresentou forte alta de +15,92% no mês de outubro, e já acumula alta de +35,69% no ano. O mês foi de retomada para o Petróleo, principalmente após o anúncio da OPEP+ de corte na produção em 2 milhões de barris por dia, logo no início do mês. Os baixos níveis de investimentos da indústria de óleo e gás, nos últimos anos, refletem na limitada capacidade de aumento ou manutenção da produção, fazendo com que a organização não conseguisse atingir as metas de produção estabelecidas em encontros anteriores. Nos EUA, o presidente Joe Biden anunciou a liberação 15 milhões de barris da reserva estratégia de petróleo na tentativa de segurar os preços. O mercado vê o movimento pelo espectro político, dado que as eleições de meio de mandato estão próximas, e monitora a reserva disponível, que atualmente se encontra em um dos menores níveis históricos. Com exceção da Petrobrás, que devolveu todo retorno que vinha acumulando no mês com a proximidade das eleições, as empresas “júniores” foram destaques, com altas de 28,55% para PetroRio (PRIO3) e 30,58% para 3R Petroleum (RRRP3).

O Vitreo Carbono voltou a ter mês muito bom em outubro e fechou o mês com uma alta de +18,44%. No ano, o fundo cai –16,48%. O crédito de carbono voltou a ser um tema importante em outubro e ganhou atenção por conta da COP27 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022), que vai acontecer no Egito agora no início de novembro. Tendo em vista essa alta em popularidade, o crédito de carbono se valorizou bastante, novamente mostrando a alta volatilidade do ativo. O mês de outubro foi bem importante para mostrar o potencial que o fundo tem.

O Vitreo Energia Limpa subiu +1,01% em outubro. No ano o fundo cai –7,49%. O otimismo com o setor tem crescido cada vez mais com a volta da discussão sobre matrizes energéticas alternativas mundo afora. As ações que mais subiram dentro do portfólio foram as de Sigma (SGML) e Posco (P1KX34), que subiram +27,48% e +14,73%, respectivamente. Lembrando que o Energia Limpa será incorporado ao Tech Select no início de novembro.

O Vitreo Água terminou outubro com uma alta de +7,95%. No ano, o fundo cai –23,86%. O fundo teve um mês muito bom, descolando-se da Bolsa americana. Os destaques ficaram para Evoqua Water Technologies (AQUA), que subiu +13,98 e para a Xylem (XYL), que subiu +12,81%. 

O Vitreo Agro fechou outubro com alta de +3,12%. No ano, o fundo sobe +1,07%. A carteira surfou a alta no mercado de Ações local. Os destaques positivos foram Kepler Weber (KEPL3), que subiu +20,97%; Rumo (RUMO3), que subiu +19,81%; e Suzano que, por sua vez, subiu +19,55%.

O FoF Commodities apresentou ganhos nas posições de Petróleo e Carbono, encerrando o mês em alta de +6,12%. O Vitreo Petróleo e o Vitreo Carbono apresentaram altas de +15,92% e +18,44, respectivamente, sendo o primeiro a maior posição do fundo. As Commodities Metálicas, por sua vez, ficaram em patamares negativos, e o Vitreo Ouro FICFIM foi o maior detrator deste grupo, com queda de -5% no mês. Os fundos Vitreo Prata FIM e Vitreo Cobre FIM responderam por uma queda de -1,89% e -2,54%, respectivamente.

Renda Fixa e Cambiais

Outubro foi bastante positivo para o mercado doméstico de Renda Fixa. O mês, que teve o anúncio do Copom de manter a taxa de juros em 13,75%, foi marcado pela grande entrada de fluxo de investimento estrangeiro após o fim do primeiro turno das eleições nacionais e a consequente redução das incertezas políticas. O aumento do fluxo impactou fortemente os vértices mais curtos da curva de Juros local e o Câmbio, fazendo com que o Real se apreciasse em 3,94% frente ao Dólar. 

O Vitreo Selic Simples continua se consolidando como o melhor fundo de sua categoria, e subiu +1,06% no mês de outubro. No ano, o fundo rende +10,23%, equivalente a 102,26% do CDI.

O Vitreo Dólar rendeu em -3,46% em outubro. No ano o fundo rende –6,64%.

O Vitreo Moedas Life terminou outubro com uma queda de -1,64%, acumulando no ano queda de – 17,72%. O mês de outubro viu o Real muito forte e viu as moedas fortes se desvalorizarem frente à moeda brasileira. No mês, a Libra caiu -1,76%, o Iene –6,80%, o Franco Suíço -5,63% e o Euro -3,54%. 

O Vitreo Inflação Longa fechou o mês de outubro com alta de +0,28%. No ano, o fundo sobe +4,86%.

O Empiricus Inflação Curta completou 6 meses em outubro e já pode ter sua rentabilidade divulgada. Em outubro o fundo subiu +1,90% e no acumulado do ano apresenta alta de +2,61%.

O Vitreo RF Ativo encerrou outubro com alta de +1,08%, ultrapassando próximo do CDI no mês. No ano, o fundo acumula alta de +10,62%, equivalente a 106,21% do CDI. Apesar de outubro ter sido um mês muito desafiador por conta das Eleições, o fundo conseguiu performar bem e se destacar, apesar das incertezas do mercado.

O Vitreo Bonds USD terminou outubro com uma queda de -2,88%; no ano acumula, –11,47%. Após um mês bom o fundo voltou a sofrer, andando em linha com o restante do mercado americano. O Bonds USD Light fechou outubro com   –2,80% e, no ano, o acumulado é de –6,70%.

Um abraço,
Jojo.

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