Carta do Gestor

Turbulência

George Wachsmann

1 ago 2021, 8:00 (Atualizado em 1 ago 2021, 8:00)

Julho foi negativo para o mercado brasileiro, principalmente a partir da segunda metade do mês. Por outro lado, os Estados Unidos seguem mostrando sua força na retomada econômica. O ouro e as criptomoedas também tiveram bom desempenho. Dessa forma, voltamos a destacar a importância da diversificação.

Como resultado, nossos fundos de cripto, de ouro e os internacionais tiveram bom desempenho.

Esta é nossa Carta do Gestor. Nela, você encontra um resumo dos mercados durante o mês e uma breve análise sobre o resultado de cada um dos nossos fundos. No final da carta, você encontra uma tabela com os resultados de todos os fundos.

Lembre-se que, por uma regra da CVM, só podemos falar sobre o resultado dos fundos que tenham mais de seis meses de histórico.

Como foram os mercados em julho

O mês foi turbulento para o mercado local, sendo encerrado por um último dia de pregão negativo. No Brasil, o Ibovespa foi bem até a metade do mês, mas a maré virou e o índice fechou com queda de 3,94% após um 30 de julho de -3,08%.

O dólar comercial e o euro se apreciaram frente ao real, apresentando altas de 4,8% e 4,34%, respectivamente. O ouro se valorizou 8,19% ao longo do mês.

Nas Bolsas globais, o S&P 500 segue desempenhando bem e teve seu sexto mês consecutivo com resultados positivos. O índice americano chegou a renovar suas máximas e fechou julho com alta de 2,27%. Já o Nasdaq 100 subiu 2,78% mesmo depois de cair 0,59% no último dia após resultados aquém do esperado da Amazon.

O MSCI World obteve valorização de 1,72% e o Euro Stoxx 50, de 0,62%.

No cenário local, a vacinação vem avançando apesar de todos os contratempos. A CPI da Pandemia segue e vem desgastando a imagem do presidente Jair Bolsonaro, que novamente viu parte da população protestar contra o seu mandato. Também houve a indicação de André Luiz de Almeida Mendonça ao STF e a nomeação de Ciro Nogueira na Casa Civil.

Em termos de inflação no país, o IGPM saiu abaixo do esperado apesar de ter uma alta de 0,18% em relação ao mês anterior, ficando em 0,78%. Já o IPCA foi projetado em 6,88% no ano, de acordo com o relatório Focus. A prévia do índice indicou inflação de 0,72% em julho.

Um dos principais detratores globais para o Brasil foi o minério de ferro, que despencou de preço após novas interferências do governo chinês. Inclusive, essas intervenções vêm causando muita instabilidade nos ativos envolvendo a segunda maior economia do mundo.

Nos Estados Unidos, o Fed manteve a taxa de juros entre 0% e 0,25% ao ano. O presidente do Banco Central americano, Jerome Powell, reafirmou o cenário de crescimento do país, destacando que o PIB deverá ficar acima do nível pré-pandemia e que ainda há um nível considerável de desemprego.

Na divulgação do PIB do segundo trimestre, os Estados Unidos apresentaram um crescimento de 6,5%, ficando abaixo da projeção de 8,5%, o que reduz um pouco a preocupação com a inflação e ratifica que o país ainda não está em pleno emprego. A redução do nível de compra de títulos públicos só deverá ocorrer quando a economia norte-americana chegar no pleno emprego e estiver dentro da meta de inflação de longo prazo de 2% ao ano.

Em termos de vacinação, o Japão, em meio às Olimpíadas, vem apresentando seus piores números na pandemia, enquanto Israel iniciou a terceira dose para os grupos de risco.

Nas Américas, Pedro Castillo foi eleito presidente do Peru e o presidente do Haiti foi assassinado em meio a protestos no país.

Como foram os nossos fundos

Você já deve saber, mas não custa lembrar. Só podemos comentar sobre a performance dos fundos que têm mais de seis meses de histórico.

FoF

FoF SuperPrevidência e o FoF SuperPrevidência 2 encerraram o mês em queda de –0,83% e –0,79%, respectivamente. Os destaques positivos do mês vieram das posições em proteções e renda fixa. Dentro da classe de proteções, o Vitreo Ouro Prev FIM e o Vitreo Dólar FI Cambial, que vieram de uma queda expressiva ao longo do mês de junho, tiveram os melhores desempenhos do ano, superando as altas observadas em janeiro. Impulsionados por essa alta do dólar, o SPXI11 e o Pimco Income Dólar FIM IE também contribuíram positivamente para o fundo.

Na direção oposta, os fundos de renda variável, que entregaram bons resultados no mês anterior, foram os maiores detratores deste mês. Diante das quedas do papel da Vale e a pressão dos riscos fiscais sobre os demais ativos domésticos, o Ibovespa sofreu um grande impacto no último dia útil do mês, puxando a rentabilidade dos fundos de ações. Destaque negativo o Bogari Value Q FIFE FIA e o Brasil Capital 100 Prev FICFIA.

Atribuições negativas também foram observadas para as estratégias de fundos multimercados classificados como trading e carregamento.

FoF Prev Arrojado apresentou retorno negativo de -2,72%, enquanto seu irmão 100% ações, o FoF SuperPrevidência Ações, teve queda de -3,60%. Os títulos de inflação com prazos mais longos apresentaram quedas menos acentuadas quando comparados com os fundos de ações, o que explica a diferença no retorno entre ambos os fundos.

FoF Prev Conservador fechou o mês com retorno positivo de 0,37%. O fundo teve como destaque o Capitânia Multiprev Master FIRF CrPr e Sparta Previdência FIFE D60 FIRF CrPr.

FoF Melhores Fundos terminou o mês em queda de –0,69%. Os acontecimentos da última semana do mês de julho impactaram substancialmente o retorno, principalmente para ativos atrelados à Bolsa, que representam cerca de 30% do portfólio. Os grandes detratores do mês são análogos aos abordados anteriormente no FoF SuperPrevidência e FoF SuperPrevidência 2, com as alocações em dólar e ouro amenizando o impacto negativo dos ativos dos ativos de renda variável.

No dia 29/07 ocorreu a mudança da carteira, com a adição de alguns novos nomes, o que permite ao fundo ficar aberto por mais alguns meses. As mudanças foram sutis dentro de cada classe de ativo, com redução do percentual destinada à caixa, aumento de 1,0% em fundos multimercado e 0,5% de alocação no segmento alternativo. Na classe multimercado, ocorreu a inclusão do fundo Kadima High Vol, o fundo mais apimentado da Kadima, que abriu para captação por apenas um dia. Além disso, algumas mudanças foram implementadas na classe de renda variável (apesar de não ter mudança de percentual), com diminuição da exposição em alguns fundos para inclusão do Moat Capital FICFIA.

FoF Melhores Fundos Multimercados fechou julho com resultado –0,91% negativo. Enquanto as estratégias macro e trading não performaram bem, as estratégias sistemáticas foram os destaques do mês, com resultados positivos em todos os fundos.

FoF Melhores Fundos Ações apresentou uma queda de –2,94%, sustentando parte da queda observada nos últimos dias, que impactaram negativamente todos os ativos da carteira.

FoF Melhores Fundos Global fechou julho positivo, com retorno 5,22% e mantém uma alta de 5,78% no ano de 2021. Em julho, tivemos um forte avanço do dólar frente à moeda nacional. Já a versão FoF Melhores Fundos Blend teve um retorno muito próximo à estabilidade, com 0,40% de alta no mês e um acumulado de 4,08% no ano. O fundo conta com 80% alocado no mercado nacional resultando na boa performance e 20% no mercado global.

FoF Best Ideas encerrou o mês com um resultado de –1,84% e encontra-se fechado para captação. A incorporação deste no FoF Retorno Absoluto ocorrerá em agosto. Os grandes detratores da carteira foram Vinland Macro Plus FICFIM e VTR SR FICFIM CrPr IE.

FoF ESG encerrou julho com uma queda de –3,83%. O Fundo FAMA FICFIA foi o principal detrator da carteira, com atribuição negativa de –1,59%, seguido pelo JGP ESG Institucional, com atribuição negativa de –0,94%.

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Multiestratégias

Carteira Universa acabou revertendo o seu retorno positivo no último dia do mês, fechando julho com uma rentabilidade mensal -0,93%. Ainda que o último dia do mês tenha sido muito difícil, no ano o fundo ainda acumula 3,44%. No mês, fizemos alguns ajustes em nossa carteira, encerrando a nossa posição em B3 e a nossa exposição às asiáticas JD.com e Alibaba, mas isso não mudou nossas expectativas em relação ao setor financeiro e ao setor de tecnologia e, por isso, aumentamos a nossa posição nas ações da Apple e introduzimos as ações do Grupo GPS ao nosso book de ações.

Com essas mudanças, a alocação de nossa carteira não mudou e encerramos o mês mantendo a nossa alocação em renda fixa em 26,4%, as commodities em 2,4% as moedas em 2,6%, os fundos imobiliários em 7,6%, os ativos internacionais em 16% e as ações brasileiras em 45%.

Carteira Universa Prev rendeu -0,90% em julho, reduzindo a sua rentabilidade anual acumulada para 2,23%. No fundo previdenciário, fizemos as mesmas alterações do Carteira Universa, dado que as empresas asiáticas possuem BDRs listadas na Bolsa brasileira. Seguimos apenas com a adaptação de iShares Core US Reit, no book internacional.

Money Rider Hedge Fund teve um mês bastante agitado, em que seguiu sofrendo com o movimento de correção em suas teses, ainda que no último dia do mês o dólar tenha se apreciado bastante frente ao real. Em julho, o fundo rendeu 0,59 e no ano segue positivo e acima do seu benchmark, acumulando retorno de 6,68%.

No mês, fizemos diversas operações, começando pelo book de commoditties onde zeramos as nossas posições em iShares Silver Trust e DB Base Metals Fund. Já no book de REITs, reduzimos a nossa posição em Simon Property Group para aumentar o peso da alocação em DigitalBridge e trocamos a nossa posição em Madison Square Garden Entertainment por MGM Growth Properties. Por outro lado, em nosso book tático encerramos as nossas posições em diversas ETFs como Invesco China Technology, iShares MSCI United Kingdom, iShares India, MSCI Indonesia, MSCI Malaysia, MSCI Singapore, MSCI Thailand Capped e VanEck Vectors Vietnam. Além disso, aumentamos a nossa exposição ao varejo aumentando o peso de nossa alocação em Amplify Online Retail, e montamos uma nova posição em meios de pagamento digital, através da ETFMG Prime Mobile Payments. Já em nosso book de ações, introduzimos os papéis da ASML Holding N.V à carteira, trocamos as ações da MGM Resorts pela InterActiveCorp e reduzimos o peso de nossa alocação em Berkshire Hathaway para criar o book de Renda.

O recém-criado book de Renda incorporou as ações da Prudential Financial, a Invesco BulletShares2022 High Yield Corporate Bonds e Invesco Preferred ETF que anteriormente faziam parte do book de renda fixa, o SPDR S&P Dividend do book tático e montou duas novas posições em Pfizer e nas ações preferenciais da Healthcare Trust.

Com tantas mudanças, o Money Rider Hedge Fund terminou o mês de julho com uma alocação de 23,5% no book de Renda, 10% em Commodities, 19% em REITs, 13% em Ações Globais Táticas e 34,5% em Ações Globais Táticas.

Universa Rider Blend entregou um retorno de -0,74% em julho, num cenário em que 80% do retorno do fundo derivou da rentabilidade negativa do Carteira Universa e os outros 20% foram ajudados pelo mês positivo do Money Rider Hedge Fund. No ano, o fundo rende 3,79%, tendo sido impactado pela boa performance dos dois fundos.

Por outro lado, o Renda Extra, fundo inspirado no relatório Double Income, teve uma rentabilidade de -1,47% em julho, sendo duramente impactado pelas quedas relacionadas à política local e à nova variante de Covid, que afetaram de forma contundente a indústria de fundos. No ano, o fundo rende -4,05%, e no mês não realizamos nenhuma alteração na carteira.

PRP fechou o mês de julho com resultado bem negativo de –2,21% e 2,28% no ano de 2021. Fim de julho bastante agitado para carteira, com bons resultados para Ambipar (AMBP3). Em contrapartida, tivemos a notícia de um grande fundo desfazendo posição em Natura (NTCO3) puxando fortemente as ações para baixo. Além disso, julho foi um mês de resultados para as grandes empresas de tecnologia americanas, o que não agradou muito os investidores da Amazon apesar de positivo. Em julho não tivemos alteração em nossa carteira.

Essencial Moderado sofreu uma queda de -0,83% no mês, com os retornos dos ativos atrelados ao dólar amenizando o impacto negativo derivado das alocações em renda variável.

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Ações

O fundo Oportunidades de Uma Vida teve um mês negativo, mas mesmo assim teve um rendimento melhor do que o Ibovespa, rendendo -2,50%, enquanto o índice rendeu -3,94%. No ano o fundo rende incríveis 19,65% enquanto o Ibov rende 5,85%. Em julho, fizemos apenas uma mudança na carteira do fundo ao introduzirmos as ações da WDC Networks a partir de reduções em Eneva e Natura.

Microcap Alert também teve um mês negativo, rendendo -4,37%. No ano, o fundo rende -0,36% contra uma rentabilidade de 4,96% do índice Small Cap. Ainda estamos muito construtivos com as teses dos papéis e seguimos mais ativos no trading, o que tem beneficiado o fundo em movimentos bruscos de mercado, uma vez que o fundo novamente gerou excesso de retorno em relação ao seu benchmark no mês, dado que o índice rendeu -5,80% em julho. Além dos trades, montamos uma nova posição nas ações de ClearSale, participando parcialmente de seu IPO e encerramos a nossa posição com lucro em Movida.

MAB Plus teve um retorno de -3,98% em julho. No ano, o fundo rende -1,39%. No mês, grande parte da atribuição do resultado inferior ao seu benchmark é decorrente das microcaps, que tiveram uma performance inferior em relação ao Ibovespa, mesmo que tenham superado o índice Small Cap. Também incorporamos uma estratégia de trading mais agressiva no MAB, em que o fundo tem se beneficiado dos movimentos mais bruscos do mercado. Fizemos a mesma mudança relativa à estratégia Plus na carteira, e quanto à estratégia MAB, participamos do IPO de Brisanet.

Dividendos por sua vez, teve um retorno de -4,45% em julho. No ano, o fundo acumula uma rentabilidade de -4,54%. Como a estratégia do fundo se baseia em investir em ações de empresas consolidadas e boas pagadoras de dividendos, não fizemos nenhuma alteração na composição de ativos e nem de seus respectivos pesos na carteira.

Mês muito difícil para o Special Situations, o fundo inspirado na publicação “Ações Exponenciais” da Empiricus. Como o próprio nome diz, são selecionadas ações com grandes potenciais de crescimento no longo prazo, devido às mudanças estruturais nas empresas. Assim ficamos sujeitos a grandes oscilações em alguns períodos de estresse de mercado. Fechando o mês de julho, nosso fundo teve forte recuo de -10,01% e segue acumulado negativo de -5,24% no ano.

Deep Value encerra o mês de julho negativo com retorno de -1,61% e um acumulado de 7,80% no ano, superando o Ibovespa com retorno de 4,21% no mesmo período. Fundo surgiu com objetivo de investimento em empresas de valor, buscando forte retorno da economia tradicional.

Já o Long Biased teve um mês negativo, rendendo -5,18%. No ano o fundo acumula um resultado de –4,20%. O fundo tem alguns pilares como dinâmica e proteção, visto que parte dos seus recursos são alocados em caixa. Isso permite, uma proteção de capital nos momentos de baixa e a obtenção de lucros nos momentos de alta. Dada a dinâmica e complexidade do fundo, em julho fizemos 20 movimentações, com um destaque para o encerramento da posição vendida em Índice Ibovespa. Considerando os aumentos, reduções, montagens e desmontagens de posições, chegamos ao último dia do mês com uma exposição líquida comprada em bolsa de 90,5% o que representa um aumento de 18,9% em relação ao mês anterior.

O fundo MAM está em seu oitavo mês de vida. E o seu objetivo de alocar dinheiro nas ações que consideramos as melhores do mundo vem sendo cumprido. No mês, o fundo sobe 3,31%. No ano, o fundo entrega uma ótima rentabilidade de 10,33%. Como o fundo tem pouco tempo de vida, o portfólio passa por um momento de maturação e grande rotatividade de papéis. Por isso, reduzimos a nossa posição em British Petrol e encerramos nossas posições em Berkshire Hathaway, Synchrony Financial e Chevron. Por outro lado, aumentamos a nossa exposição nas empresas de tecnologia, ao aumentar o peso de alocação nas ações de Paypal, Alphabet, Amazon, Apple e Microsoft e, por fim, montamos uma nova posição em Take-Two Interactive.

O fundo inspirado nas ideias de Warren Buffett, o WB90, desempenhou bem com o cenário exterior menos volátil e rendeu 5,53%. No ano, o fundo está muito bem, rendendo incríveis 15,13%. O fundo inspirado nas ideias de investimento do oráculo de Omaha não passou por nenhuma modificação, neste mês.

Franklin W-ESG fechou o mês de julho com retorno positivo de 6,00% e um acumulado de 18,26% no ano de 2021. Fundo criado com o viés de investimento em empresas com pelo menos três mulheres no Board e que incorporaram à sua essência os critérios W-ESG (diversidade de gênero, questões ambientais, sociais e de governança.

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Temáticos

Tech Select, nosso primeiro fundo de tecnologia lançado ao mar, segue navegando em águas calmas, com mais um mês positivo, rendendo 6,35%. No ano, o fundo melhorou a sua performance e agora entrega um retorno de 13,58%. Fizemos a manutenção de nosso peso alocado nas FAANGs, dado o cenário inflacionário e risco de aumento de juros, pois entendemos que as ações de tecnologia mais consolidadas possuem menor risco. Não fizemos nenhuma alteração relevante em nosso portfólio, que atualmente tem uma concentração de 75% nas FAANGs.

Tech Brasil, o nosso segundo fundo com o tema de tecnologia, completou um ano e desde o seu início entregou 75,17% de retorno para seus cotistas. No mês o fundo teve um desempenho negativo de -1,89%, mas positivo frente ao Ibovespa. No ano o fundo acumula um retorno de incríveis 25,22%, mostrando a resiliência e qualidade de nosso stock picking e asset allocation. No mês, fizemos duas alterações em nossa carteira, inserindo as ações da Multilaser e da ClearSale, ambas as mudanças foram via IPO.

Tech Games fecha o mês de julho negativo em –6,25% e conta com um acumulado de -4,07% no ano de 2021. Com muita turbulência no mercado asiático, o fundo realizou algumas mudanças em seu portifólio, diminuindo alocação principalmente no mercado chinês e mitigando parte das perdas desse mercado. O fundo é voltado para o investidor que acredita no potencial da indústria de games. Apesar de sua principal alocação ser voltada para grandes empresas desenvolvedoras de jogos, o fundo também conta com investimento em fornecedores de equipamentos, semi-condutores, plataformas de streaming, todos voltados para o mercado de games.

O terceiro fundo de tecnologia, o Tech Asia, rendeu –4,83% no mês e acabou devolvendo a performance no ano, já que agora o fundo entrega um retorno de -5,14%. Dos nossos fundos de tecnologia, o Tech Asia é o fundo que passa pelo momento de maior volatilidade, pois as empresas chinesas seguem sofrendo uma pressão negativa das sanções impostas pelo governo no curto prazo, mas que, em nossa visão, esclarecem os riscos dos papéis e acabam com a incerteza que paira sobre as teses de investimento em empresas do país. Como nosso fundo investe em empresas asiáticas, mesmo reduzindo nossa exposição aos papéis da China, as empresas do continente acabam sofrendo por tabela, impactando diretamente a rentabilidade do fundo. No mês, não fizemos nenhuma alteração na carteira, e seguimos aumentando o peso alocado em papéis de empresas do Japão, Taiwan, Singapura e Coréia.

Moneybets, um fundo que investe em tecnologia de ponta, com algumas empresas focadas nos segmentos de robótica, 5G, sequenciamento de DNA, Blockchain, energia limpa, impressora 3D, mobilidade autônoma, teve um mês positivo, rendendo 6,55%. O fundo que já havia esboçado uma recuperação no mês passado, consolidou o movimento e no ano já rende 11,39%. No mês, tivemos algumas mudanças na carteira, como o encerramento da posição em InterActive Corp, que foi promovida ao Money Rider Hedge Fund, e finalizamos as nossas posições nas asiáticas Taiwan Semiconductors e Hon Hai. Por outro lado, aumentamos o peso alocado nas ações da Vimeo e introduzimos novos papéis à carteira, dando boas-vindas às ações da Similarweb, Doximity e BioNTech.

FoF Tech, carteira que combina todas as teses tech, encerrou o mês de julho com uma queda de –0,66%. No último dia do mês, algumas mudanças de alocação foram realizadas, com a inclusão do recém-lançado Vitreo Blockchain Ações BDR Nível I FIA, fundo que investe nas principais empresas listadas em Bolsa que adotam ou desenvolvem a tecnologia blockchain.

Canabidiol, por sua vez, segue sofrendo um forte movimento de correção, e para piorar, o dólar também contribuiu negativamente com a performance do fundo, já que no mês de junho o retorno foi de -6,79%. No ano, o fundo segue positivo, rendendo 4,69%. Seguimos muito otimistas com os avanços em relação à legalização da cannabis nos EUA. Seguimos construtivos com nossa tese de que as empresas canadenses irão enfrentar certa dificuldade para entrar no mercado americano e, por isso, não alteramos a composição do fundo, que tem alocação mais relevante em empresas americanas.

Por sua vez, o Canabidiol Light, que se transformou no Cannabis Ativo teve a sua composição de carteira alterada no dia 21/05 e rendeu -7,70% em seu segundo mês 100% exposto ao setor canábico. No ano, o fundo rende –4,05%, porém devemos lembrar que antes do dia 21/05 o fundo mantinha 80% de alocação em LFTs. Atualmente o fundo está com uma alocação de 80% em dois ETFs do setor e 20% investidos no fundo CBD, com 100% de exposição cambial e disponível para o público geral.

Mês de julho com grandes oscilações no mercado das moedas digitais, principalmente em nossa alocação nos token defi. O Bitcoin em julho teve como resultado 25,77% de alta trazendo assim grandes resultados para o fundo. Criptomoedas teve um retorno 21,70% e acumula um rendimento positivo de 47,58% em 2021. Este mês fizemos diversas mudanças com objetivo de aproveitar o forte avanço das moedas. Volto a lembrar que o BTC ainda representa a parcela dominante na composição da carteira, mas que dinamicamente também é turbinada com diferentes Altcoins, tais como Ethereum (ETH) e Chainlink (LINK).

Já Cripto Metals Blend teve um mês positivo, com retorno de 8,02% e um acumulado de 5,15% no ano. O fundo conta alocação nas Criptomoedas que representa 20% de sua alocação, e com 80% diversificado em metais como Ouro, Prata, Urânio e Cobre, que também tiveram um mês negativo.

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Indexados

Vitreo Selic é o fundo ideal para reserva de emergência. Sempre com objetivo de trazer resultados acima do CDI por meio da diversificação da alocação em títulos públicos. Em julho decidimos ficar mais expostos aos papéis de longo prazo nos trazendo um retorno positivo perante o índice. O fundo fechou o mês 118% do CDI.

Mês positivo para a moeda americana, tivemos um bom retorno para o Vitreo Dólar. Com a retomada da economia americana, o fundo teve um retorno 4,26% no mês e segue um acumulado no ano de 0,59% positivo.

Vitreo Moedas Life, por sua vez, é um fundo que aposta na valorização da Libra, Iene, Franco-suíço e Euro frente ao Real. Como o Real se desvalorizou mais uma vez frente às moedas mais fortes da economia mundial, o fundo rendeu 5,21% em julho. No ano, o fundo entrega um retorno de -2,80%.

A performance do Vitreo Ouro, em julho foi de 6,42%. O fundo, que havia ficado com a rentabilidade anual negativa no mês passado, recuperou parte das perdas e no ano rende -4,95%. O ouro segue como uma das mais importantes classes de ativos para proteger um portfólio com posições em Bolsa, dando tranquilidade para se navegar pelas águas turbulentas do Brasil.

O fundo Vitreo Prata teve um mês bastante estável, com leve recuo de –0,07%. Em momentos de incertezas de mercado, o fundo pode exercer uma importante função de proteção e evitar grandes perdas de capital. O fundo conta com resultado negativo de -6,37% no ano de 2021.

Vitreo Inflação, fundo que concentra seus investimentos nas NTN-Bs, fechou negativo em -0,63% no mês de julho. E aparece com um acumulado negativo de -3,66% em 2021.

A família dos fundos de Bonds chegaram ao fim do mês de junho. O Bonds USD fechou o mês com resultado de 3,89% puxado principalmente pela valorização do Dólar frente ao Real nesse período. E conta com um retorno anual de 1,39%.

Exponencial (fundo que investe somente nas ações da XP Inc.) teve uma performance de -1,87% no mês. No ano, o fundo entrega uma rentabilidade de 3,41%. Já a versão para investidores em geral, o Exponencial Light, rendeu 0,36% em julho, e no ano já acumula 1,63%.

AWP, veículo constituído em parceria com Itajubá e Gama Investimentos e que investe em cotas do fundo AllWeather Portfolio, o fundo do Ray Dalio da Bridgewater Associates, fechou o mês com avanço de 8,30%. Conta com um acumulado de 10,14% em 2021.

RBR RE Global fundo em parceria com a gestora RBR, é o primeiro fundo de REITs do Brasil oferecendo ao investidor a oportunidade de aplicar no setor imobiliário americano. O Fundo fechou o mês de julho com retorno de 3,61% e conta com retorno de 25,54% no ano de 2021.

Vitreo Urânio completou seis meses neste mês de julho e já começou com uma performance bastante positiva de 12,32% desde sua abertura em 26/01/2021. O resultado foi influenciado principalmente pela alta internacional da commodity com o anúncio do governo americano de planos de compra do minério e financiamento de matrizes energéticas, trazendo maior estabilidade e atraindo investidores para o setor. Porém, em julho o fundo passou por um movimento de correção, rendendo -2,56%.

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As informações apresentadas são de caráter meramente informativo, não constituindo e nem devendo ser interpretadas como análise, oferta ou recomendação de qualquer investimento, ou sugestão por parte da Vitreo. Os ativos apresentados podem não ser adequados para todos os investidores. Os investidores devem obter orientação financeira independente, com base nas suas característica e objetivos pessoais, antes de tomar uma decisão de investimento. Recomendamos que você conheça as características e riscos dos ativos e mercados antes de investir. Lembrando que retornos passados não garantem retornos futuros e não há nenhuma garantia de retorno. As rentabilidades apresentadas não são líquidas de impostos. A aplicação em fundos de investimento não conta com a garantia do FGC, de qualquer mecanismo de seguros ou dos prestadores de serviço do fundo. Para consultar informações e riscos do seu investimento, acesse www.empiricusinvestimentos.com.br.

Um abraço,

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