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Corretora de valores: saiba como escolher a melhor para investir

Uma corretora de valores intermedia a negociação de ativos no mercado financeiro. Entenda melhor o que faz uma corretora de valores e como escolher a melhor.

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Data de publicação
11 de dezembro de 2022
Imagem representando uma corretora de valores, mostrando um investidor operando o mercado em frente uma tela com dados financeiros.

Qualquer pessoa que queira investir em renda variável, precisa impreterivelmente abrir uma conta em uma corretora de valores para operar. Vale destacar que atualmente existem inúmeras corretoras no mercado.

No entanto, como estamos falando de uma instituição que fará a intermediação das suas negociações, e por consequência cobrará por esse serviço, é necessário encontrar o melhor custo benefício.

O que é uma corretora de valores?

A corretora de valores é uma instituição financeira que intermedia a compra e venda de ativos financeiros, sejam eles de renda fixa ou renda variável. Geralmente, ela oferece uma plataforma de negociação.

Assim sendo, os investidores acessam essa plataforma para escolher os ativos de acordo com o risco que desejam correr e o possível retorno que queiram obter.

É de se referir que os ativos, ao menos em grande parte, que são oferecidos pela corretora de valores não são de sua própria emissão, ou seja, o seu papel é realmente de um intermediador financeiro.

Destaca-se que uma corretora de valores costuma ter uma diversidade de opções de investimento maior que uma instituição bancária, e por não serem as emissoras dos títulos, são mais imparciais em relação às indicações de investimentos.

Para fazer uma analogia, podemos dizer que a corretora de valores é tipo um shopping de investimentos, onde você entra, olha as opções disponíveis na vitrine, pergunta algumas sugestões e escolhe aquilo que deseja comprar.

Como uma corretora de valores funciona?

A corretora de valores funciona como um intermediador na compra e venda de ativos financeiros. Tais ativos são emitidos por inúmeras instituições financeiras que podem ser desde grandes bancos até gestoras de recursos.

Como a corretora é apenas uma intermediadora da operação, é de se supor que os seus interesses estejam completamente alinhados com os interesses dos seus clientes.

Afinal, quanto maior for a rentabilidade do cliente, maiores serão as chances dele indicar a corretora para outros investidores, uma vez que ela apontou as melhores alternativas de investimento para ele.

Geralmente, antes de fazer indicações de investimentos as corretoras analisam o perfil dos seus clientes para entender se possuem mais ou menos aversão ao risco.

Baseadas nesse perfil, ela indica uma determinada quantidade de ativos que vão compor a carteira do investidor, sendo que o risco dessa operação estará ligado ao seu perfil.

São inúmeras as opções de ativos que uma corretora de valores disponibiliza para os seus clientes, mas dentre as principais podemos citar:

Em resumo, é possível notar que existem alternativas desde as mais conservadoras até aquelas mais arrojadas, garantindo que pessoas de todos os perfis possam investir através de uma corretora de valores.

Como surgiram as corretoras de valores no Brasil?

No Brasil a primeira corretora de valores foi a Magliano, fundada em 1927. Ela surgiu da necessidade de se ter um intermediário para fazer as negociações das ações na Bolsa de Valores naquela época.

Desde então, foram surgindo outras tantas corretoras, sendo que após 2017, quando a Bovespa se tornou a B3 e a tecnologia avançou a passos largos, o número de corretoras cresceu exponencialmente.

Faz-se saber que não é possível negociar ações e títulos na Bolsa de Valores sem a intermediação de uma corretora.

Portanto, toda e qualquer negociação envolvendo valores mobiliários precisa ser intermediada por uma organização autorizada pelo Banco Central do Brasil para essa finalidade.

As corretoras estão sujeitas também à fiscalização da B3, CVM e até mesmo do próprio Banco Central, por isso são obrigadas a seguir algumas regras de boa conduta.

Qual a diferença entre corretora de valores e banco?

Conforme dissemos, uma corretora de valores intermedia a compra e venda de ativos financeiros, e em virtude disso ela pode até mesmo ser confundida com um banco que também oferece um serviço semelhante.

Entretanto, é preciso esclarecer que a finalidade central de um banco é lucrar com operações de crédito e não com intermediação financeira, embora nada impeça uma instituição bancária de obter lucro com essa operação.

Mas, em resumo, um banco tem como objetivo captar dinheiro de alguns clientes e emprestá-lo para outros clientes e até mesmo para o governo, sendo a diferença entre os juros pagos ao investidor e cobrado do tomador de empréstimo chamado de spread.

Diante dessa exposição, é de presumir que para maximizar o lucro, um banco tenta tomar dinheiro do poupador ao menor juro possível e emprestar ao tomador de empréstimo ao maior juro possível.

Não é de se espantar que no Brasil temos o maior juro para quem toma um empréstimo e um dos menores juros para quem investe em aplicações nos grandes bancos.

Note que uma corretora tem interesse em que o investidor obtenha a máxima rentabilidade possível, ao passo que o banco não tem o mesmo interesse, uma vez que isso diminuiria o lucro no seu demonstrativo de resultados.

Um banco para ter sucesso e crescer precisa aumentar o seu spread, ao passo que a corretora cresce quanto mais clientes tiver investindo, e para que isso aconteça é preciso garantir que ele encontre as melhores opções do mercado financeiro.

O que uma corretora de valores oferece?

Basicamente uma corretora de valores oferece diversos tipos de investimentos para os seus clientes, sendo uma espécie de shopping.

Embora existam inúmeras possibilidades de investimentos, há duas grandes categorias que todos os investidores precisam entender antes de investir:

  • Renda fixa – sãoinvestimentos cuja rentabilidade será sempre positiva;
  • Renda variável – são investimentos cujo valor pode variar tanto positivamente quanto negativamente e por isso possuem um risco maior.

Dentro dessas duas grandes categorias existem outras subcategorias que expõem o investidor aos mais variados setores da economia. Dentre as principais subcategorias de ativos estão:

  • Títulos Públicos de Renda Fixa;
  • Títulos Privados de Renda Fixa;
  • Fundos de Investimentos;
  • Ativos da Bolsa de Valores.

Títulos Públicos de Renda Fixa

Uma das categorias de investimentos que é oferecido por uma corretora de valores são os títulos públicos de renda fixa. Eles são emitidos pelo Tesouro Nacional e disponibilizados para os investidores através do Tesouro Direto.

Basicamente os títulos públicos são: Tesouro Prefixado, Tesouro IPCA+ e Tesouro Selic, e o investidor pode escolher uma opção dentro dessas três categorias mais adequada para o seu perfil dado o retorno e prazo de resgate.

Títulos Privados de Renda Fixa

Os títulos privados de renda fixa negociados por uma corretora são emitidos por bancos privados e cooperativas de crédito. Assim como os títulos públicos, eles não oferecem risco para o investidor.

Dentre os principais tipos de títulos privados estão os CDBs, CRIs, CRAs, LCIs, LCAs e Debêntures. Dependendo da época da negociação, uns podem ser um pouco mais rentáveis que outros.

É preciso esclarecer que todos esses títulos podem ser divididos em: prefixados, pós-fixados e híbridos. Mas o que significa isso?

Bom, um título prefixado é aquele cuja taxa de juros e prazo de resgate já é negociado antes do investimento, e por isso o investidor já sabe antecipadamente o quanto receberá ao final de um determinado período.

Já um título pós-fixado é indexado a um índice que pode ser o CDI, a Selic ou até mesmo o IPCA. Nesse caso o investidor sabe que a rentabilidade será positiva, mas não sabe qual será exatamente essa rentabilidade, pois ela vai variar de acordo com o indicador escolhido.

Por fim, o título híbrido é aquele que tem uma parte atrelada a um indicador e outra parte fixa, como por exemplo: IPCA + 5% ao ano. Portanto, cabe ao investidor escolher a opção que julgar mais conveniente.

Fundos de Investimento

Os fundos de investimento são em sua maioria emitido por gestoras, sendo que eles funcionam como uma espécie de consórcio no qual você adquire uma cota e ganha com a valorização dela.

Nesse caso, o investidor não precisa ter um sólido conhecimento sobre o mercado financeiro, uma vez que quem escolhe os ativos que vão compor o fundo é o gestor.

Na B3 existem diversos tipos de fundos de investimentos que são negociados, sendo os principais deles:

Comumente é cobrado uma taxa de administração pela gestora para fazer a gestão do fundo. Em alguns casos também pode ser cobrada uma taxa de performance se a rentabilidade do fundo superar a do seu benchmarking.

Ativos da Bolsa de Valores

Outro tipo de ativo que é negociado por uma corretora, e talvez o que mais chama a atenção, são aqueles negociados na Bolsa de Valores através do famoso home broker.

Por meio dela os clientes podem adquirir ações de empresas, derivativos financeiros e até mesmo fundos imobiliários. Esses ativos possuem uma oscilação maior na sua cotação, uma vez que variam de acordo com a lei da oferta e procura.

Taxas cobradas por uma corretora de valores

Uma dúvida muito comum que os investidores possuem é sobre como uma corretora de valores ganha dinheiro. Basicamente, o lucro de uma corretora de valores vem de três taxas que são cobradas:

Vale dizer que não necessariamente uma corretora cobrará essas três taxas dos seus clientes, visto que para atrair o maior número de investidores possíveis, ela poderá isentar um cliente de alguma dessas taxas.

Taxa de corretagem

A taxa de corretagem é a taxa das corretoras que incide sobre as operações de compra e venda de uma ação. O valor varia de instituição para instituição e depende da modalidade da própria operação.

Algumas corretoras isentam os clientes dessa taxa em algumas operações como compra de ações, fundos imobiliários e até mesmo minicontratos, o que estimula a prática do Day Trade.

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Taxa de abertura de conta

A taxa de abertura de conta é cobrada logo que você abre uma conta na corretora. Esse é um tipo de tarifa que aos poucos está desaparecendo do mercado, uma vez que ela espanta os clientes logo de cara.

Era muito comum antigamente esse tipo de taxa, mas com o desenvolvimento do mercado financeiro ela se tornou cada vez mais obsoleta e hoje a maioria das corretoras não cobra absolutamente nada de abertura dos seus clientes.

Taxa de custódia

A taxa de custódia incide sobre a guarda dos investimentos. E como a maioria das custódias são feitas pela própria B3, é ela quem cobra essa taxa.

Portanto, cabe às corretoras apenas coletarem a taxa e repassam para a B3. Em alguns casos as corretoras podem assumir esse custo e não cobram ele dos seus clientes, o que torna o investimento ainda mais atraente.

Como escolher a melhor corretora de valores?

Entendendo como funciona uma corretora de valores, é preciso então escolher aquela que você acredita atender aos seus anseios. Para isso é fundamental se atentar a algumas questões muito importantes.

Uma delas é a quantidade de ativos que você terá à sua disposição para investir, outra é sobre as taxas que são cobradas, uma vez que elas serão capazes de diminuir a rentabilidade do seu investimento.

Além do mais, é preciso avaliar se uma corretora é ou não confiável. Nesse caso é essencial se atentar a algumas particularidades que falaremos a seguir.

Faça a checagem na Comissão de Valores Mobiliários

Primeiramente, para avaliar se uma corretora de valores é confiável, é preciso fazer a checagem na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Vale dizer que a CVM é uma espécie de fiscal do mercado, cabendo a ela garantir o melhor ambiente para as negociações. Por se tratar de uma autarquia, é possível saber a credibilidade de uma corretora em seu site.

Na página da CVM há uma aba chamada de “Dados Cadastrais” na qual é possível pesquisar o nome da corretora bem como ver a sua situação, patrimônio líquido, além dos diretores que são responsáveis por ela.

Avalie as certificações da corretora

Boas corretoras costumam ter o Selo Cetip Certifica que é dado para instituições que registram os investimentos dos seus clientes junto à Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos (Cetip).

Quando a corretora ostenta esse selo, o investidor tem a garantia de que os seus investimentos são registrados no seu próprio CPF. Isso sem dizer que com o Selo, a corretora só pode fazer a venda de um ativo se ele estiver devidamente registrado.

Em vista disso, conferir se a corretora possui o selo é uma das melhores maneiras de ver a transparência e segurança que ela possui. Destaca-se que na página inicial do Selo Cetip Certifica tem a lista de todas as instituições credenciadas.

Verifique os selos de qualidade

Outra maneira de avaliar a credibilidade de uma corretora é ver os selos de qualidade da B3 que ela possui. Esses certificados foram criados com base no Programa de Qualificação Operacional da B3.

Só para ilustrar, esse programa estabelece diversos pré-requisitos operacionais referentes ao nível de tecnologia, qualidade, integridade e informatividade das corretoras. Ao todo são cinco selos de qualidade emitidos:

  • Agro Broker – certifica que a corretora tem estrutura para negociar ativos do setor agro;
  • Carrying Broker – certifica que a corretora pode oferecer serviços de consolidação de posições, custódia, gerenciamento e liquidação;
  • Execution Broker – garante que a corretora tem uma boa estrutura tecnológica e operacional para prestar serviços para investidores institucionais;
  • Nonresident Investor Broker – certifica que a corretora tem estrutura para assessoria, atendimento e execução de ordens para investidores não residentes;
  • Retail Broker – certifica que a corretora pode oferecer atendimento, assessoria e executar ordens de produtos da B3.

Vale dizer que para conquistar cada um desses selos, é preciso passar pelos pré-requisitos que são exigidos pela própria B3.

Veja a habilitação do Tesouro Direto

Para quem deseja investir em títulos do Tesouro Direto é crucial verificar se a corretora tem habilitação para negociar esse tipo de ativo. Inclusive, para conseguir essa habilitação ela precisa preencher uma série de critérios.

Na própria página do Tesouro é possível verificar quais são as corretoras habilitadas para oferecer esse tipo de ativo, além de um resumo demonstrando todos os custos de negociação de cada uma das corretoras.

Analise os produtos que estão sendo oferecidos

Outro ponto essencial é analisar os produtos oferecidos pela corretora. Até porque, hoje em dia são muitas as opções de investimento que ela pode disponibilizar para seus clientes.

Quanto mais variedade de ativos de renda fixa, fundos de investimento e títulos do tesouro uma corretora oferecer, maiores serão as chances do investidor fazer uma boa diversificação no momento de investir. Isso colabora para a minimização do risco.

Veja os custos e taxas cobrados pela corretora

Por fim, é preciso se atentar às taxas e custos que são cobrados pela corretora, visto que muitas podem isentar o investidor de algumas tarifas que acabam pesando no momento de investir.

Por exemplo, se sua intenção é fazer day trade, o ideal é encontrar uma corretora que tenha uma baixa taxa de corretagem, até porque, por fazer muitas operações, essa taxa pode comer o seu lucro.

Já se a intenção é investir com foco no longo prazo, o ideal é buscar plataformas mais robustas, por exemplo.

Como abrir conta em uma corretora de valores?

Para abrir uma conta em uma corretora de valores não há muito segredo. É preciso seguir um breve passo a passo que separamos logo a seguir.

Acesse o site ou aplicativo da corretora

Depois de analisar as corretoras e escolher aquela que mais atende os seus anseios, é só baixar o App dela no seu smartphone ou se preferir acessar o site da instituição.

Em alguma parte você encontrará uma alternativa chamada de “Abra sua conta” ou “Cadastre-se”. Será necessário clicar neste botão para preencher um breve formulário.

Preencha as informações solicitadas

O formulário pode variar de corretora para corretora, mas geralmente consiste em informar os seus dados pessoais, residenciais, renda, patrimônio etc.

No decorrer do preenchimento é bem capaz da corretora solicitar algumas fotos digitalizadas de alguns documentos, assim como do comprovante de endereço do investidor e até mesmo uma selfie.

Ao final do formulário você terá que finalizar o cadastro e submeter os seus dados para que a corretora faça uma análise. Isso não costuma demorar.

Preencha o suitability

Passada a fase de análise e aprovação do cadastro será preciso acessar a conta na corretora. É nessa etapa que será disponibilizado um questionário para avaliar qual é o seu perfil, bem como sua aversão ao risco.

Esse questionário é chamado de suitability e a corretora pretende com ele identificar o seu perfil e sua aversão ao risco. O Suitability vai apontar três perfis de investidores:

  • Conservador;
  • Moderado;
  • Agressivo.

Ao responder algumas perguntas, como por exemplo os últimos investimentos feitos, o tempo de permanência dos investimentos, objetivos, conhecimento do mercado financeiro, ela avaliará em qual grupo você se encaixa.

Para os investidores com perfil conservador a corretora vai indicar ativos com menos risco, para quem tem perfil moderado será indicado ativos com riscos um pouco maiores e para investidores com perfil agressivo é indicado investimentos com mais riscos.

Agora que você já sabe tudo sobre corretora de valores, que tal começar a investir de forma mais inteligente? A Empiricus Investimentos, corretora com mais de R$ 13 bilhões sob custódia, está oferecendo relatórios gratuitos com recomendações de investimentos em sua plataforma. Para começar a receber, clique aqui: QUERO RECEBER RECOMENDAÇÕES DE INVESTIMENTOS DE GRAÇA

Qual é a melhor corretora de valores?

A melhor corretora de valores é aquela que oferece os ativos mais próximos do seu perfil de investimento, entregando o melhor custo benefício. Portanto, para encontrar a melhor corretora é preciso saber o que você busca no momento de investir.

Qual a função da corretora de valores?

Uma corretora de valores faz a intermediação de compra e venda de ativos financeiros, possibilitando que investidores dos mais variados perfis encontrem alternativas de ativos para aplicar o seu dinheiro.

Por que investir em uma corretora de valores?

Investir em uma corretora de valores ao invés de um banco é uma boa alternativa, uma vez que as corretoras terão posições mais neutras ao indicar um determinado investimento para os seus clientes.

Qual a corretora de valores mais segura?

Existem diversas corretoras de valores seguras no mercado, e para avaliar a sua credibilidade é preciso fazer uma breve pesquisa sobre as certificações que ela possui, bem como o seu registro junto à CVM.

Quanto custa abrir uma conta em uma corretora?

Abrir uma conta em uma corretora pode custar absolutamente nada dependendo da situação, uma vez que muitas delas não cobram taxa de abertura e nem de manutenção dos seus clientes.