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Investimentos

3T25 da Prio (PRIO3): Sinais positivos em meio a um trimestre fraco, como o esperado; veja análise 

Resultado trimestral da Prio (PRIO3) é fraco, mas em linha com as baixas expectativas; confira análise

Por Larissa Quaresma, CFA

05 nov 2025, 15:23

Atualizado em 05 nov 2025, 15:23

PRIO PRIO3

Imagem: Divulgação/PRIO

A Prio (PRIO3) divulgou na última terça-feira (04) os resultados do 3T25. A interdição do campo de Peregrino por quase metade do trimestre, somada às paradas na produção em outros campos e petróleo fraco, trouxe resultados em linha com as baixas expectativas do mercado. Em geral, temos uma visão neutra do trimestre.

Receita líquida da Prio foi em linha com as projeções no 3T25

A receita líquida Prio apurada foi de US$558 milhões, 22% maior que no mesmo período do ano passado (US$474 milhões), e em linha com as projeções do mercado. Destaque positivo para o preço médio do barril de US$ 68, acima da média negociada no mercado, dado positivo considerando que os barris são vendidos com desconto em relação ao valor de tela do mercado.

Isso refletiu a modalidade “entrega ao cliente”, diferencial competitivo que tem permitido à companhia acessar mercados estratégicos. O volume de vendas cresceu 35% a/a e 8,2% t/t, dado o maior estoque construído no trimestre passado.

O custo de extração (lifting cost) foi de US$17,4/barril (+26% T/T), fortemente impactado pela interdição de Peregrino e operação do campo pela Equinor (menos eficiente), além de demais paradas, que geraram uma produção de 12% menor que o 2T25. A cifra dos custos somou US$145 milhões. Assim, o lucro bruto foi de US$348 milhões ex-IFRS16, com margem bruta de 62,5% (-11 p.p. a/a)

As despesas gerais e administrativas cresceram 34% a/a, resultado do maior gasto com pessoal em relação ao ano passado. Assim, o EBITDA ex-IFRS16 foi de US$309 milhões, cerca de 7% abaixo da expectativa do consenso de mercado, com estabilidade na visão anual. 

A soma de depreciação e amortização foi de US$202 milhões (+100% a/a), refletindo a incorporação do campo de Peregrino. Despesas com hedge através de derivativos, além de uma dívida mais alta, trouxeram um resultado financeiro negativo em U$109 milhões ex-IFRS16.

O lucro líquido do período foi de US$153 milhões, auxiliado pelo imposto diferido, graças ao ajuste da base tributável por conta da valorização do real frente ao dólar no trimestre, que alterou o valor de imobilizado e intangível da companhia.

  • LEIA MAIS: Você pode acessar, gratuitamente, as avaliações dos analistas da Empiricus Research a respeito dos principais resultados corporativos do 3T25; saiba mais aqui

É hora de comprar ações PRIO3?

Apesar do resultado adverso, as expectativas já eram pessimistas para o trimestre. Excluindo Peregrino, a produtividade aumentou em todos os campos em relação ao trimestre anterior, com destaque para Albacora Leste, que atingiu eficiência de 91%, maior desde o início de operações do campo pela Prio e que vinha sendo um calcanhar de Aquiles para a companhia. 

Com muitos impactos não recorrentes, a empresa conseguiu mostrar melhora na eficiência de produção, um brent negociado sem desconto e vendas crescentes devido ao bom manejo de estoques. A empresa segue com seu plano de crescimento orgânico e inorgânico.

Ao longo do trimestre, houve a licença de instalação de Wahoo e avanços para a aquisição da fatia restante da Peregrino após o fim da interdição, fatores que tendem a melhorar substancialmente a produção e lifting cost da operadora.

Negociando a um múltiplo P/L de 5x para o fim de 2026 e uma expectativa de fluxo de caixa livre para o acionista de quase 100% para o triênio de 2026-2028, as ações PRIO3 seguem como recomendação Empiricus.

Analista de ações há 10 anos, é responsável pela série As Melhores Ações da Bolsa e pela carteira mensal Empiricus 10 Ideias, além de integrar a equipe da Carteira Empiricus, o portfólio multimercado da casa. Ao longo da carreira, teve passagens pela Núcleo Capital, tradicional fundo de ações brasileiro, e pelo Credit Suisse. Administradora formada pelo Ibmec-MG, aluna visitante da Stanford University e com certificações CFA, CNPI e CGA.