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Investimentos

3T25 do Nubank (ROXO34) é sinônimo de forte crescimento e expansão de rentabilidade; veja análise

O resultado trimestral reportado pelo Nu trouxe bons números de eficiência e rentabilidade. Confira.

Por Larissa Quaresma, CFA

17 nov 2025, 08:35

Atualizado em 17 nov 2025, 08:35

nubank ROXO34 roxinho banco (3)

Imagem: Divulgação

O Nubank (ROXO34) reportou números robustos para o 3T25, apoiados no menor custo de inadimplência e no controle das despesas operacionais. O lucro líquido, de US$ 783 milhões, cresceu 41% anualmente e ficou 14% acima da nossa estimativa; ou 2% acima da projeção consensual. Já o ROE foi de 31,1%, expansão anual de 0,7 ponto percentual e acima da nossa expectativa de 28,8%.

A carteira de crédito do Nubank cresceu 9% sequencialmente ou 42% anualmente, excluindo variação cambial, para US$ 30,4 bilhões. Assim como nos trimestres anteriores, a expansão foi puxada por empréstimos pessoais com garantia, com +133% anualmente, e empréstimos pessoais sem garantia, com +63%. Ainda que com crescimento menor, de +29%, o cartão de crédito acelerou sua expansão em função dos maiores limites de crédito concedidos aos clientes, viabilizados pelo novo modelo de crédito do Nu.

Mais resultados do Nubank no 3T25

O lucro financeiro antes da inadimplência, que reflete a receita de juros menos o custo de captação, cresceu 32% a/a excluindo efeitos cambiais, para US$ 2,3 bilhões. Houve queda anual da margem financeira em 1,1 p.p., o que deixou a linha em 17,3%, devido ao mix de crédito mais voltado a produtos seguros. 

Entretanto, foi exatamente esse mix que garantiu a principal surpresa positiva do resultado: a inadimplência menor compensou a margem mais tímida. A despesa para perdas de crédito, de US$ 978 milhões, caiu 7% sequencialmente e subiu menos que a expansão da carteira de crédito anualmente (+26%). Assim, o lucro financeiro após inadimplência ficou em US$ 1,3 bilhão, com margem de 9,9% (+0,7 p.p. sequencialmente ou -0,1 p.p. anualmente).

A receita de serviços acelerou seu crescimento para 27% em base anual, ficando em US$ 595 milhões. Isso se deve à aceleração da transacionalidade nos cartões (+18% anualmente), o que pode estar relacionado ao aumento dos limites de crédito.

Na frente de eficiência, tivemos a segunda surpresa positiva: as despesas operacionais representaram 16,7% das receitas, bem abaixo dos 18,7% que estimamos. Isso se deve principalmente às menores despesas de marketing, que caíram 30% anualmente.

O que esperar do Nu no futuro?

Por mais um trimestre, o Nu prova a alta rentabilidade do seu modelo de negócio, apoiada em um forte crescimento com diluição de despesas, enquanto mantém a inadimplência controlada com sua tecnologia superior.

Olhando à frente, esperamos que a companhia mantenha a mesma dinâmica.

Negociando a 19x seu lucro estimado pelo consenso para 2026 (16x na nossa projeção), mantemos a recomendação de compra de ROXO34.

Analista de ações há 10 anos, é responsável pela série As Melhores Ações da Bolsa e pela carteira mensal Empiricus 10 Ideias, além de integrar a equipe da Carteira Empiricus, o portfólio multimercado da casa. Ao longo da carreira, teve passagens pela Núcleo Capital, tradicional fundo de ações brasileiro, e pelo Credit Suisse. Administradora formada pelo Ibmec-MG, aluna visitante da Stanford University e com certificações CFA, CNPI e CGA.