Imagem: Divulgação Apple com edição CanvaPro
O evento anual da Apple (AAPL34), Awe Dropping, realizado nesta terça-feira (9) revelou ao mercado sua nova linha de produtos, que inclui os modelos do iPhone 17 e outras novidades.
Apesar da venda de smartphones ser o carro chefe da big tech, historicamente, é comum que as ações da Apple recuem após os lançamentos, segundo Matheus Spiess, da Empiricus Research. Nesta quarta-feira (10), a história se repete com os ativos sofrendo uma queda de cerca de mais de 3% no pregão.
“O ponto mais criticado do evento, contudo, foi a falta de protagonismo da inteligência artificial — tema que domina a narrativa tecnológica global e no qual a Apple aparece atrasada em relação a rivais como Microsoft, Google e Meta”, diz o analista.
Outras novidades do evento da Apple
Além dos novos iPhones 17, iPhone 17 Pro e iPhone 17 Pro Max, outro aparelho ganhou destaque, o iPhone Air – o modelo mais fino já lançado pela companhia.
Para o analista, essa versão, apesar de ter um novo design e um processador mais rápido, traz dúvidas sobre a autonomia da bateria e sobre o equilíbrio entre preço e valor definido. O preço do iPhone Air é estimado em apenas US$ 100 a menos que o 17 Pro, o que pode limitar seu apelo em termos de custo-benefício.
Ainda, outro protagonista do evento foi o AirPods Pro 3 que entre suas atualizações, agora possui tradução em tempo real por inteligência artificial e “pode ser revolucionário”, segundo Spiess.
Pontos negativos que podem ter afetado as ações APPL34
A principal crítica após o evento, entretanto, diz respeito ao uso de inteligência artificial nos lançamentos da Apple. Assim como ocorrido no último ano, os avanços para Siri e IA foram adiados mais uma vez, para 2026.
“O que reforça a percepção de cautela excessiva diante de um setor que concentra as maiores expectativas de crescimento no mercado”, comenta o analista.
Para Spiess, esse distanciamento do debate central da indústria a qual a empresa pertence, auxilia o entendimento em relação ao fraco desempenho das ações no ano.
“Ainda assim, o iPhone Air pode funcionar como catalisador de uma nova onda de atualizações, atraindo consumidores que aguardavam por uma mudança mais marcante no design”, adiciona.
Afinal, ainda vale comprar ações da Apple?
Mesmo com a decepção do mercado com a Apple devido ao baixo avanço tecnológico com inteligência artificial, o analista apresenta a possibilidade do público engajar com a nova linha “Air” e isso sustente as margens, apesar dos preços mais altos.
“A Apple tem espaço para recuperar parte da confiança dos investidores e reafirmar sua relevância no grupo das gigantes de tecnologia — ainda que o entusiasmo tenha ficado aquém das expectativas em um primeiro momento”, conclui Spiess.
Para o analista Enzo Pacheco, especialista em ações internacionais da Empiricus, o valuation da companhia embute uma relação risco-retorno ainda não tão atrativa. No entanto, dada a qualidade da empresa, ele sugere uma parcela pequena do patrimônio na tese, que é uma recomendação de compra da Empiricus Research.
“Seguimos com recomendação de compra, mas esperando preços melhores para aumentar nossa posição recomendada”, explica Pacheco.
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