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Na quinta-feira (31), depois do pregão regular, a Apple (B3: AAPL34 | Nasdaq: AAPL) apresentou os resultados do terceiro trimestre do ano fiscal de 2025 (encerrado em junho). Diferentemente dos resultados recentes, a companhia reportou números que animaram os investidores, principalmente pelas vendas do seu principal produto.
As vendas da Apple no período totalizaram US$ 94,036 bilhões, alta de 9,6% em relação ao mesmo trimestre de 2024.
iPhone, iPad, Macs e mais: Quem mais vendeu no trimestre?
A receita proveniente do iPhone (47% das vendas) foi de US$ 44,582 bilhões, aumento de 13,4% na comparação anual e cerca de 10% acima do consenso de mercado. A linha de Serviços, principal vetor de crescimento da tese nos últimos anos, reportou vendas de US$ 27,423 bilhões, 13,2% maior do que um ano atrás. A linha de Macs também reportou um bom trimestre, com receita de US$ 8,046 bilhões (+14,8% vs. 3T24).
Por outro lado, as linhas de iPad e Wearables e Acessórios apresentaram retração nas vendas, com receitas de US$ 6,581 bilhões (-8,1% vs. 3T24) e US$ 7,404 bilhões (-8,5%), respectivamente.
Analisando por região, todas apresentaram crescimento nas vendas: Américas, US$ 41,198 bilhões (+9,3% vs. 3T24); Europa, US$ 24,014 bilhões (+9,7%); Japão, US$ 5,782 bilhões (13,4%), Ásia-Pacífico, US$ 7,673 bilhões (20,1%). A Grande China, tida como um dos principais mercados para a empresa nos próximos anos, foi a que apresentou menor aumento nas vendas, com receita de US$ 15,369 bilhões (4,3%).
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Destaques do balanço trimestral da Apple
O aumento de 1 ponto percentual da linha de Serviços na receita total (29,2%) permitiu a companhia crescer o seu lucro bruto em 10,1%, totalizando US$ 43,718 bilhões no trimestre, ou 46,5% de margem (+0,3 p.p). O lucro operacional teve crescimento similar (+9,9%), somando US$ 28,031 bilhões no período (29,8% de margem, +0,3 p.p.).
O lucro líquido da Apple foi de US$ 23,434 bilhões, o que representa um lucro de US$ 1,57 por ação, valor 12,1% acima do divulgado no mesmo trimestre de 2024.
Segundo o CFO Kevan Parekh, a base instalada de dispositivos ativos atingiu uma nova máxima histórica em todas as categorias e regiões em que atua, demonstrando o alto grau de satisfação e lealdade dos consumidores com os produtos da Apple — o que deve continuar gerando números crescentes na linha de Serviços no futuro.
A reação dos investidores foi positiva, com a ação chegando a subir mais de 2%. Porém, o aumento da volatilidade do lado macro acabou fazendo com que o papel devolvesse os ganhos, com o ativo caindo cerca de 1%.
Após alguns trimestres de crescimento claudicante, a volta do aumento de dois dígitos na venda de iPhones é, sem dúvida, um ponto de alívio para os investidores.
Vale a pena comprar as ações?
Entretanto, dado o atual valuation da companhia, negociando perto das 28 vezes seus lucros projetados, entendo que a relação risco-retorno ainda não é tão atrativa, preferindo manter uma exposição pequena na tese. Seguimos com recomendação de compra, mas esperando preços melhores para aumentar nossa posição recomendada.
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