Imagem: Divulgação/ Shopping Ibirapuera
A Azzas 2154 (AZZA3) anunciou nesta quarta-feira (3) a saída de Thiago Hering, atual CEO da unidade de negócios Basic e membro da família Hering. O executivo deverá se desligar completamente a partir de 1º de outubro.
A ação AZZA3 cai cerca de 2% no Ibovespa nesta quarta-feira (4) em reação à notícia.
A mudança foi conduzida por um Comitê de Transição liderado por Gustavo Rudge Fonseca e participação de Alexandre Birman, diretor-presidente e de operações, e Roberto Jatahy, chief of brands officer (CBO). Além disso, a consultoria Heartman House foi contratada para fortalecer e acelerar as iniciativas voltadas ao crescimento sustentável da Hering.
Na visão da analista Larissa Quaresma, da Empiricus Research, a saída se encaixa nas sinergias pós-fusão entre os antigos grupos Arezzo e Soma em 2024, em um momento de economia de despesas corporativas depois de um resultado mais fraco em vestuário democrático (Hering), que enfrenta desafios no canal de franquias.
“A companhia passa por uma transformação de gestão mais estrutural, que também envolveu a troca do comando da divisão de vestuário feminino e masculino, além da divisão de calçados”, comenta Quaresma.
A analista ainda completa que enxerga as mais recentes mudanças na Azzas 2154 similar às de outras grandes marcas. “Essa é uma transição de um modelo de gestão mais familiar para uma gestão profissionalizada, comandada por executivos de mercado – parecido com movimentações em grandes conglomerados de marcas, como LVMH”, afirma.
Após turbulências, quais são as expectativas para Azzas?
A Azzas é a empresa líder no mercado de moda brasileiro, operando 16 marcas de vestuário e acessórios, como Arezzo, Farm, Hering, Reserva e Schutz. Nos últimos 12 meses, a receita do grupo soma R$ 14 bilhões, sendo 32% em acessórios, 36% em vestuário feminino, 19% em vestuário democrático e 13% em vestuário masculino.
Nesta perspectiva, Quaresma enxerga alguns atributos da marca que tendem a fazer a empresa crescer e o preço das ações AZZA3 disparar no longo prazo.
Inicialmente, ela relembra que havia um forte ceticismo do mercado sobre os ganhos da fusão, atribuídos aos elevados custos da transação. Porém, a analista acredita que progressivamente essas sinergias estão se tornando mais críveis.
“Centradas no cross-selling de categorias entre as marcas, estimamos que a companhia deve gerar R$ 1 bilhão em receita incremental até 2027. Isso envolve, por exemplo, a inauguração de linhas de acessórios na Farm e na Hering, anteriormente focadas em vestuário”, conta Quaresma.
Além disso, através da eliminação de estruturas corporativas duplicadas, compartilhamento de espaços e otimização logística, há uma expectativa para mais sinergias de custos e despesas e uma segunda onda de ganho de rentabilidade para a companhia a partir de 2026.
A analista também considera que a varejista está em um bom momento operacional, impulsionada pela economia doméstica forte e a renda real dos brasileiros em crescimento.
“Acreditamos que a companhia deve entregar boas taxas de crescimento nos próximos trimestres. Isso, somado à desalavancagem operacional (diluição de custos e despesas), deve gerar um vento de cauda favorável ao crescimento de lucro nos próximos trimestres”, avalia.
A analista ressalta que pode haver um desafio de execução das sinergias e que estas podem levar mais tempo que o esperado.
AZZA3 e mais 4 ações são nomes “fora do consenso” recomendadas pela Empiricus
Mesmo diante do bom desempenho das ações AZZA3, com alta de 12% no ano, Quaresma e a equipe de analistas da Empiricus Research consideram que os papéis estão em um ponto de entrada atrativo.
“A empresa está com o valuation descontado, negociando a 7,3x seu lucro estimado para 2026 na visão consensual. AZZA3 está abaixo da média do varejo e enxergamos a ação barata”, afirma.
Junto com Azzas, a casa de análise separou uma lista com mais quatro ações com preços de entrada interessantes para as teses e que estão fora do consenso do mercado.
Para esta seleção, os analistas levaram em conta alguns gatilhos que podem fazer a bolsa brasileira disparar, como o movimento global de queda de juros, a entrada de investimentos estrangeiros no Brasil e o trade eleitoral, antecipando os resultados de 2026.
Você pode conhecer melhor cada um desses fatores no novo relatório especial da Empiricus Research e ainda acessar recomendações de investimentos em:
- 5 ações “fora do consenso” (incluindo AZZA3);
- 5 ações com teses de alta convicção;
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