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O Bitcoin (BTC) atingiu sua máxima histórica de US$ 126 mil em 6 de outubro de 2025, mas desde então passou por uma correção de aproximadamente 30%. Esse movimento refletiu uma combinação de fatores: choques macroeconômicos — como a retórica tarifária de Donald Trump e um Federal Reserve mais hawkish — e elementos idiossincráticos, entre eles a realização de lucros por investidores de longo prazo.
Bitcoin está passando por um bear market?
Apesar da intensidade da queda, nossa avaliação aponta que não se trata do início de um bear market estrutural, mas sim de uma oportunidade rara e potencialmente estratégica de compra. Três pilares sustentam essa visão: o avanço regulatório nos Estados Unidos, a manutenção do fluxo de capital institucional e o crescente papel geopolítico do tema cripto — em especial o avanço das stablecoins e sua importância para a dominância global do dólar.
Partindo desse cenário, a pergunta natural é: quão incomum é encontrarmos o BTC com um drawdown de 30% dentro de um ciclo ainda vigente? Considerando o início do ciclo atual em 2023, a resposta é clara — e impressionante. Apenas 0,5% dos dias apresentaram quedas iguais ou superiores a esse patamar em relação à máxima histórica. Em outras palavras, momentos como o atual são estatisticamente raros e, na nossa visão, carregam um caráter oportunístico dentro de uma tendência estrutural de alta.

O Bitcoin opera hoje em uma zona consistente de acumulação, próxima de US$ 84.000 — patamar que coincide com o preço médio de entrada dos ETFs spot. O movimento recente sugere uma reversão à média no curtíssimo prazo, mas ainda limitada abaixo dos US$ 90.000, algo compatível com a liquidez reduzida da semana do feriado de Ação de Graças nos EUA. No conjunto, o comportamento dos preços indica um processo gradual e ordenado de formação de fundo.

Nossas projeções de suporte e resistência se baseiam no tempo de permanência do preço em cada faixa ao longo dos últimos dois anos, com maior peso atribuído aos dados mais recentes. Embora este não seja o nosso cenário-base, choques inesperados podem levar o Bitcoin a testar a região dos US$ 67.000.
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