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Investimentos

Cosan (CSAN3) é oportunidade de investimento ‘única na América Latina’, diz Felipe Miranda – Veja 3 notícias que animam o mercado para investir na holding

Com agenda cheia nos últimos dias, a Cosan parece estar no caminho certo para o turnaround e aquece as expectativas do mercado. Confira.

Camila Paim Figueiredo Jornalista

Por Camila Paim

03 set 2025, 14:37

Atualizado em 03 set 2025, 14:37

cosan CSAN3 raízen RAIZ4

Imagem: Edição CanvaPro

As últimas notícias sobre a Cosan (CSA3N) animaram – e muito – a tese de investimentos da holding. Na visão de Felipe Miranda, ela é uma das maiores oportunidades da bolsa hoje. 

“[É uma tese] Com liquidez, desalavancagem, turnaround e um valuation muito barato. É o único nome que você pode capturar isso na América Latina”, afirma o CIO da Empiricus Research. 

Vale destacar que a Cosan vem sofrendo com o endividamento, principalmente, da Raízen, uma das principais subsidiárias da holding. No entanto, as notícias positivas mais recentes no que diz respeito à desalavancagem da sucroalcooleira aliviaram os investidores.  

Caso tenha ficado por fora dos últimos acontecimentos que marcaram a companhia, a seguir você confere as atualizações e como se posicionar neste cenário. 

Raízen (RAIZ4) vende usinas por R$ 1,5 bilhão

A Raízen anunciou na sexta-feira (29) que vendeu as usinas Rio Brilhante e Passa Tempo, no Mato Grosso do Sul, por R$ 1,5 bilhão, sendo R$ 1,3 bilhão referente aos ativos, e R$ 218 milhões das atividades de manutenção do presente ano-safra. 

Até agora, esse foi o desinvestimento mais relevante da Raízen, principal subsidiária da Cosan, segundo Miranda – e que já teve uma reação positiva do mercado. 

“Com essa venda, os desinvestimentos anunciados já somam R$ 4,4 bilhões – lembrando que a companhia pretende levantar entre R$ 10 e R$ 15 bilhões; portanto, há mais por vir”, comenta Miranda. 

Para o analista, acordos como este devem continuar para o direcionamento correto de desalavancagem da Raízen, que deve manter o foco nos ativos rentáveis e na racionalização do portfólio. 

“Seguiremos acompanhando a reciclagem de portfólio nos próximos meses – ainda são necessárias mais vendas, e maiores”, diz o analista, que tem em vista a operação da companhia na Argentina, que estima que poderia levantar entre R$ 5 e R$ 10 bilhões.

Mitsubishi vai participar do aumento de capital da Cosan?

Na terça-feira (2), a Bloomberg noticiou que a Mitsubishi estaria interessada em participar do aumento de capital da Raízen, o que poderia acelerar ainda mais a desalavancagem. A companhia, segundo a Bloomberg, pretende levantar R$ 10 bilhões na negociação. 

Em comunicado, a Raízen afirmou que não há nenhum acordo vinculante por enquanto, o que torna a notícia especulativa. Ainda assim, ela pode sinalizar que há players estratégicos de fato interessados no ativo. “Em havendo a capitalização, especialmente nos valores veiculados, consideramos a notícia positiva para a Cosan – ainda que esta seja diluída”, diz o CIO da Empiricus. 

Operação Carbono Oculto também pode beneficiar Cosan

O terceiro fator que também deixou o mercado animado com a tese em Cosan diz respeito à Operação Carbono Oculto, que visa combater a lavagem de dinheiro no setor de combustíveis. 

Na revelação de operações fraudulentas encabeçadas pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), teriam sido movimentados R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024, por meio de importadoras de combustíveis, formuladoras, distribuidoras, transportadoras e postos de gasolina, que funcionavam como concorrência desleal no setor.

Ao todo, a Operação Carbono Oculto cumpriu mandados em 350 alvos e bloqueou mais de R$ 1 bilhão em bens ligados ao esquema. A Receita Federal autuou os investigados em R$ 891 milhões e o governo busca o bloqueio de bens em montante necessário para cobrir os impostos não pagos. 

Na visão de Miranda, este caso pode melhorar o ambiente competitivo de maneira significativa para a Raízen.

“As empresas investigadas representaram cerca de 3% do mercado de distribuição de combustíveis em 2024, sendo 1% no diesel, 3% na gasolina e 10% no etanol. Com suas operações prejudicadas, isso significa menos concorrência desleal para as distribuidoras lícitas, como a Raízen”, comenta. 

“O combate às irregularidades continua, mas foi dado um grande passo, que melhora os fundamentos do setor.”

CSAN3 e mais 9 empresas são listadas como ações de alta convicção para o longo prazo

Além dos fatores microeconômicos destrinchados neste texto, a equipe de análise da Empiricus Research, liderada por Felipe Miranda, vê gatilhos macroeconômicos no radar que podem impulsionar as ações da Cosan. 

Mas não é só ela que vem chamando a atenção dos analistas da Empiricus, que estão sempre de olho em mais oportunidades de longo prazo na bolsa brasileira.

Na verdade, a casa de análise divulgou um relatório recentemente aprofundando nestas perspectivas e trazendo à tona alguns fatores que justificam um provável início de ciclo de alta para os ativos brasileiros. O suficiente para fazer as ações saltarem em média 40%, e 65% em uma perspectiva mais otimista. 

Entre estes gatilhos que podem disparar a bolsa brasileira nos próximos meses estão: 

  • A entrada de investimentos estrangeiros bilionários;
  • Um movimento global de queda de juros;
  • O trade eleitoral;
  • E o valuation atraente da bolsa brasileira.

Para entender melhor cada um desses fatores, o acesso totalmente gratuito do relatório especial da Empiricus Research está disponível aqui e nos demais links deste texto.

Além de explicar os motivos que podem levar a uma disparada da bolsa, o documento conta com recomendações de dez ações (incluindo a Cosan) e mais cinco fundos imobiliários para preparar o portfólio para este próximo ciclo de alta esperado. 

Para acessar todas as análises e recomendações na íntegra, como uma cortesia da equipe de análise da Empiricus Research, é só clicar em algum dos links deste texto ou no botão abaixo:

Jornalista formada na Universidade de São Paulo (USP), com mobilidade acadêmica na Université Lumière Lyon 2 (França). Trabalhou com redação de jornalismo econômico e mercado financeiro, webdesign e redes sociais, além de escrever sobre gastronomia e literatura.