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Investimentos

Desktop (DESK3) entrega resultado honroso no 2T25, apesar da desaceleração setorial

Receita da Desktop (DESK3) atinge R$ 297 milhões no 2T25.

Por Isabelle Lima de Oliveira

07 ago 2025, 11:17

Atualizado em 07 ago 2025, 11:17

desktop desk3

Imagem: iStock.com/deepblue4you

Mesmo em um contexto setorial adverso, a Desktop (DESK3) apresentou um resultado honroso referente ao 2T25, com crescimento do top-line e margens estáveis. 

No período, a companhia adicionou 17 mil conexões líquidas orgânicas, uma média de adições mensais de 5,5 mil, o menor patamar dos últimos anos. Mas, em julho já foi observada uma melhora significativa, com adições próximas de 10 mil, o dobro da média mensal do 2T25

Vale lembrar que a companhia já vinha se preparando para uma desaceleração setorial desde o ano passado, quando passou a focar na retenção de caixa, ao contrário da maioria das concorrentes que continuaram com o pé no acelerador, e agora enfrentam desaceleração ainda maior.

Para exemplificar, a Brisanet, que vinha de um forte crescimento, apresentou apenas 4,4 mil adições em junho e uma média mensal do 2T25 de 6,7 mil, frente a 15,7 mil no 1T25, redução expressiva de -57,4%; Vero teve perda de -1,4 mil conexões mensais, completando o trimestre com -4,5 mil; e Giga Fibra perdeu -13,1 mil, o quinto trimestre consecutivo de perda. 

Receita da Desktop no 2T25 atinge R$ 297 milhões

Voltando aos resultados trimestrais da Desktop, a expansão de +9% na base de acessos na comparação anual, que alcançou 1,2 milhão de casas conectadas, ajudou a receita a atingir R$ 297 milhões (+6% vs 2T24).

O aumento da receita combinado com um bom controle de gastos resultou em um aumento de +7% do ebitda ajustado, que chegou a R$ 153,8 milhões com ganho de +0,4 p.p. de margem vs 2T24.

No entanto, o resultado financeiro piorou em decorrência do maior endividamento e alta da Selic no período, o que fez o lucro líquido da Desktop recuar -34% em comparação ao 2T24, atingindo R$ 35,3 milhões com margem líquida de 12% (-7 p.p. vs mesmo período do ano anterior). Mesmo assim, os números ficaram em linha com as estimativas.

Por fim, ainda que a dívida líquida da companhia tenha aumentado na comparação anual e a alavancagem tenha atingido 2,65x (nível ainda controlado), é importante mencionar o ótimo trabalho de reperfilamento que diminuiu o spread de CDI +1,3% no 1T25 para CDI + 0,8% no 2T25.

Enquanto o setor de fibra é atrapalhado pelas condições macro, Desktop continua entregando resultados sólidos, mantendo disciplina de caixa e endividamento controlado. Por apenas 3,3x ebitda e 5x lucros, as ações DESK3 seguem como recomendação Empiricus. 

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Graduada em Ciências Contábeis e com certificação CNPI, integra a equipe de Research da Empiricus desde 2021, atuando nas séries focadas em dividendos, small caps e opções. Sua trajetória inclui experiência em tesouraria em um BPO financeiro, onde atendeu diversos tipos de companhias, com destaque para uma fintech.