Imagem: Edição CanvaPro
A Empiricus Research atualizou sua carteira mensal de cinco ações para buscar dividendos e apenas dois papéis que compunham o portfólio em setembro ficaram: Petrobras (PETR4) e Gerdau (GGBR4).
O analista Ruy Hungria, responsável pela carteira, vê gatilhos importantes que podem impulsionar as duas ações, que, segundo ele, se encontram em preços “que embutem muito pessimismo”.
Petrobras: espaço para “surpresas positivas” no Plano Estratégico
No caso de PETR4, Hungria vê “espaço para surpresas positivas”. Uma delas pode vir da revisão do Plano Estratégico 2026-2030.
Rumores que circularam no mercado dão conta de que a petroleira pode reduzir em até US$ 8 bilhões as perspectivas de investimentos e gastos no próximo plano, que deve ser anunciado em novembro.
O analista explica que essa redução esperada é decorrente da queda nos preços do petróleo. Na época da divulgação do último Plano Estratégico, o petróleo tipo Brent era negociado na casa dos US$ 80 por barril. Atualmente, negocia perto dos US$ 65.
Vale destacar que a commodity acima dos US$ 60 por barril permite que a Petrobras mantenha yields de dois dígitos – enquanto muitas empresas do setor sequer geram caixa com o petróleo neste patamar.
Caso o rumor de redução no orçamento se confirme, a estatal poderá se concentrar nos ativos de Exploração e Produção de petróleo, o segmento mais rentável para a companhia e responsável por grande parte da distribuição de dividendos da Petrobras.
“Menos gastos e investimentos significam maior geração de caixa e, consequentemente, maior capacidade de distribuição de dividendos, o que deve agradar muita gente”, disse.
Adicionalmente, de acordo com o analista, o preço descontado das ações, aliado aos dividendos robustos, justificam o investimento na tese.
“Por apenas 4x lucros e um dividend yield de 10%, há muito pessimismo embutido nos preços dos papéis”.
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Gerdau: ações baratas e notícias positivas
O pessimismo sobre o preço das ações de PETR4 também tem assombrado os papéis da Gerdau (GGBR4), avalia o analista.
No entanto, Hungria destaca que o Gerdau Day trouxe boas notícias para os investidores, principalmente relacionadas ao plano de investimento para 2026.
Com a finalização de três projetos, a companhia reduziu as projeções de investimentos para o próximo ano em 22%, para R$ 4,7 bilhões.
“Apesar de um momento setorial complicado, Gerdau segue com estratégias capazes de entregar resultados sólidos e deve se beneficiar do aumento de demanda na ON América do Norte, em consequência do tarifaço. Além disso, a capacidade de adaptação operacional para aproveitar as oportunidades de mercado seguirá contribuindo para a longevidade da companhia”, disse o analista.
A operação da companhia nos EUA, inclusive, tem compensado os resultados mais fracos no mercado brasileiro.
“Temos observado medidas positivas para a indústria siderúrgica nos Estados Unidos neste mandado de Trump, como as tarifas de importação que fortalecem as operações locais, o que, inclusive, tem ajudado o desempenho do papel”, disse Hungria.
No Brasil, um dos fatores que tem pesado sobre as ações é a importação do aço chinês, que chega no país a preços “extremamente baixos”.
Mas, apesar do vento contrário, a companhia tem sido diligente em termos de custos e alocação de capital, “especialmente após a posse de Gustavo Werneck como CEO”, destacou o analista.
“Essa mudança tem permitido à companhia manter boa eficiência, margens resilientes e baixo endividamento, mesmo nesse momento difícil para o setor, o que tem permitido boa geração de caixa e dividendos. Ademais, esperamos melhorias em termos de custos após investimentos em eficiência no Brasil”, disse.
“Com yields próximos a 10% incluindo recompras nos próximos anos, e um valuation que já nos parece embutir bastante pessimismo (3,6x Valor da Firma/Ebitda), recomendamos GGBR4 para a carteira”, completou.
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Além de GGBR4 e PETR4: veja a carteira completa de dividendos
Embora Petrobras e Gerdau tenham permanecido no portfólio, os outros papéis foram modificados para “deixar a carteira mais sensível à uma continuidade da melhora do humor interno”.
Para isso, deixaram a seleção as ações de um “bancão” da bolsa brasileira, de uma seguradora e de uma empresa do setor de construção.
No lugar, entraram os papéis de:
- Uma companhia que se beneficia diretamente do investimento na Bolsa brasileira;
- Uma gigante do setor de telecomunicações; e
- Uma administradora de shopping centers com ativos “premiums” no portfólio.
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