1 2019-12-09T13:32:41-03:00 xmp.iid:217a1f9b-69a9-426f-a7e6-7b9802d22521 xmp.did:217a1f9b-69a9-426f-a7e6-7b9802d22521 xmp.did:217a1f9b-69a9-426f-a7e6-7b9802d22521 saved xmp.iid:217a1f9b-69a9-426f-a7e6-7b9802d22521 2019-12-09T13:32:41-03:00 Adobe Bridge 2020 (Macintosh) /metadata
Investimentos

Eleições de 2026 ainda estão ‘fazendo pouco preço’ na bolsa, diz Felipe Miranda 

Em participação ao podcast Touros e Ursos, Felipe Miranda falou sobre sua perspectiva para a bolsa nestes próximos meses pré-eleições. Confira.

Camila Paim Figueiredo Jornalista

Por Camila Paim

12 nov 2025, 14:34

Atualizado em 12 nov 2025, 14:37

Bandeira Brasil mercado

Imagem: Freepik

As eleições de 2026 fizeram parte das discussões no mercado financeiro durante quase todo o ano de 2025. Apesar disso, pouco do trade eleitoral foi incorporado ao preço dos ativos da bolsa local, avalia o CEO e estrategista-chefe da Empiricus, Felipe Miranda.

Em poucos meses, os políticos mostraram a capacidade de balançar o pêndulo político para ambos os lados e, para Miranda, ainda há muito espaço para as ações precificarem as próximas decisões eleitorais

“Três meses atrás era a direita [que ganharia], depois virou para a esquerda e talvez já tenha migrado para a direita de novo. Não dá para você fazer uma aposta ainda muito grande em um  evento que acontece daqui a 12 meses, mas podemos ponderar probabilidades”, comenta o estrategista-chefe em entrevista ao programa Touros e Ursos, do portal Seu Dinheiro.

Com a definição acirrada, as eleições devem começar a entrar significativamente no preço entre os meses de março e abril, opina Miranda. “A partir daí conseguimos tangibilizar um pouco quais são as probabilidades de cada candidato”. 

O que tem impulsionado o Ibovespa às máximas?

Nesta semana, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, atingiu novas máximas nominais, chegando a superar os 157 mil pontos no fechamento desta terça-feira (11).

Para Miranda, a sequência de altas do indicador não se deve apenas às estatísticas para as  eleições presidenciais. “O preço é resultado da probabilidade da eleição, do juro nos Estados Unidos, da inflação, do crescimento, do resultado das companhias, do ambiente institucional, entre outros. Várias coisas estão atuando no valor do Ibovespa. A eleição é uma delas”, diz.

Olhando para o mercado estrangeiro, Miranda explica que há uma redução marginal de dólar na carteira dos investidores, o que tem beneficiado os países emergentes, como é o caso do Brasil.

Essa rotação global de portfólio permitiu um saldo positivo de capital estrangeiro na B3 de mais de R$ 20 bilhões em 2025.

“É pouco, e olha o quanto o Ibovespa subiu esse ano. Saiu um relatório do JPMorgan há algumas semanas dizendo que para [a bolsa brasileira] voltar para a média, o gringo deveria colocar US$ 24 bilhões no Brasil. É para dobrar a bolsa”, aponta Miranda. 

Somado ao cenário de expectativas de quedas de juros tanto nos EUA quanto no Brasil, Miranda ressalta que se desenha um horizonte muito promissor. “Historicamente, isso [os cortes] está associado a bons momentos para mercados emergentes e bolsa brasileira, sobretudo quando não há recessão nos EUA. As condições estão dadas para continuar essa tendência positiva nos próximos 6 meses”, afirma. 

No quadro abaixo, você confere a entrevista completa do podcast Touros e Ursos do canal Seu Dinheiro com participação de Felipe Miranda.

Jornalista formada na Universidade de São Paulo (USP), com mobilidade acadêmica na Université Lumière Lyon 2 (França). Trabalhou com redação de jornalismo econômico e mercado financeiro, webdesign e redes sociais, além de escrever sobre gastronomia e literatura.