Imagem: Lu Rodrigues
A Empiricus comemorou seu 16º aniversário na noite da última quinta-feira (13), no Teatro B32, na Avenida Faria Lima, em São Paulo. A noite foi marcada por conversas de alto nível, integração entre os assinantes e analistas da casa e a peça teatral “O Mercador de Veneza”, com Dan Stulbach.
O evento abriu as portas às 16h30, com espaço para network entre os convidados, que também puderam aproveitar as experiências oferecidas nos estandes da B3, do BTG Pactual, da Bitget, da Johnnie Walker e da Empiricus Asset.
Às 17h, o conteúdo ganhou o palco. Na primeira conversa da noite, o CEO e estrategista-chefe da Empiricus, Felipe Miranda, recebeu o CEO do BTG Pactual, Roberto Sallouti.
Os três grandes temas abordados por Roberto Sallouti
No painel, Miranda e Sallouti abordaram o cenário macroeconômico e as expectativas para a bolsa brasileira, as eleições de 2026 e os planos do BTG Pactual para continuar a surpreender o mercado nos próximos resultados trimestrais.
1 – Ciclo de queda da Selic deve ser maior que o esperado pelo mercado
Sobre o cenário para o Brasil, o CEO do BTG mostrou otimismo com os ativos locais, e vê um ciclo de queda da Selic maior que o esperado pelo mercado.
Atualmente, a Faria Lima tem como cenário um corte de 25 pontos-base na reunião do Copom de janeiro e um ciclo total de queda de aproximadamente 300 pontos-base, o que levaria a Selic a 12% ao ano. Para Sallouti, o movimento deve ser mais intenso.
“Eu acho que começa com 50 pontos-base e o ciclo é mais para 450 pontos-base. Não sou eu que estou falando, é o nosso modelo que replica o do Banco Central. Acho que o ciclo vai ser mais longo do que o mercado está precificando”, disse.
O CEO do BTG também disse ver os ativos locais a preços atrativos, mesmo com o Ibovespa na máxima histórica nominal. “BPAC11, por exemplo, negocia a 10 vezes lucros. Se comparar com o resto do mundo, está barato. O Brasil está barato”.
2- Dois assuntos devem dominar as eleições de 2026
Sobre as eleições de 2026, Sallouti vê dois assuntos como decisivos para a definição do pleito: segurança pública e a postura do presidente dos EUA, Donald Trump.
Ele avalia que o segundo tema pode beneficiar os dois candidatos, a depender do comportamento do presidente norte-americano.
“Se o Trump for contra o país porque quer ajudar a direita, como fez no Canadá e na Colômbia, vai beneficiar o Lula. Se ele ajudar o Brasil, como fez com o Milei, vai beneficiar a direita. Não vejo ele ajudando o Brasil, mas se ele tiver a mesma postura que teve recentemente, o nacionalismo entra na pauta e isso beneficia a candidatura Lula”, avalia.
Apesar de o mercado financeiro ter uma preferência ampla pela vitória de um candidato da direita, o CEO do BTG Pactual não vê “catástrofe” em nenhum dos cenários.
3- Resultados do BTG Pactual
Por fim, Sallouti comentou sobre os resultados corporativos do BTG Pactual, que têm surpreendido o mercado consistentemente.
“Temos entregado bons resultados desde 2020. Até 2020, os resultados não foram tão bons porque vínhamos investindo e nos preparando para esse momento a partir de agora”, disse.
Outro fator para o sucesso do BTG Pactual é o conservadorismo na alocação de recursos, que tem ajudado o banco a apresentar números fortes nesse momento de Selic a 15% ao ano.
“Do nosso patrimônio, 90% é caixa. Para os outros grandes bancos, esse número é entre 20% e 50%. Estamos sendo recompensados por sermos muito disciplinados e robustos no balanço”, afirmou.
Para o ano que vem, Sallout vê o BTG se tornar “o primeiro banco universal digital do mundo” ao disponibilizar todos os serviços oferecidos por uma agência bancária física no universo digital.
“Com a incorporação do Banco Pan e o lançamento do Cash Management, vamos servir Wealth Management, alta renda e varejo na pessoa física. Em empresas, vamos servir large corp, corp, middle e pequenas e médias empresas, em crédito e em banking. É uma oferta completa digital. Não consigo pensar em outro banco que conheço no mundo que tem isso”, disse.
Além disso, o CEO pretende continuar a expansão na América Latina, na Europa e nos EUA. “Vamos servir os clientes melhor estando próximos a eles”.
Market Makers recebeu os cofundadores da Empiricus Caio Mesquita e Rodolfo Amstalden
No segundo painel, foi a vez da fundadora da Tech Vanguard e sócia da Carpa Family Office, Elizaveta Uvarova. Ela falou sobre como as criptomoedas já são uma realidade e mostrou porque os investidores devem olhar cada vez mais para esse mercado.
Depois, o apresentador do Market Makers Thiago Salomão recebeu os cofundadores da Empiricus Caio Mesquita e Rodolfo Amstalden para um episódio ao vivo.
Eles falaram sobre o processo de fundação da Empiricus há 16 anos. “Era muito mais uma vontade, um desejo, que especificamente um business plan”, lembra Rodolfo Amstalden.
Para Caio Mesquita, o “encontro de pessoas” foi fundamental para o sucesso da Empiricus ao longo do tempo.
“Ter encontrado o Felipe e o Rodolfo, nosso relacionamento sempre foi prazeroso, de companheirismo e cumplicidade. Atrás das empresas têm as pessoas e como elas se conectam, e a capacidade dessas pessoas se adaptarem”, disse.
“Nasceu como uma paixão nossa e se transformou em um relacionamento com nossos assinantes e leitores. Essa é a teia que permitiu que o negócio fosse tão longe”, completou Amstalden.
Depois dos painéis, os assinantes puderam interagir entre si e com os analistas e fundadores da Empiricus em um coquetel.
Por fim, os convidados foram brindados com a peça teatral “O Mercador de Veneza”, protagonizada por Dan Stulbach e grande elenco. A obra é uma leitura contemporânea do clássico de Willian Shakespeare.
Confira algumas fotos do evento:
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