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Investimentos

Eneva (ENEV3) entrega mais um Ebitda recorde no 2T25, apesar de despachos longe do ideal; veja recomendação para ação

O lucro líquido da Eneva no 2T25 decepcionou as expectativas. Leia análise completa.

Por Ruy Hungria

14 ago 2025, 11:10

Atualizado em 14 ago 2025, 11:10

eneva energia enev3

Imagem: iStock.com/Felbaba Volodymyr | Edição CanvaPro

A Eneva (ENEV3) divulgou resultados com ótimo crescimento na visão anual, ajudados pelo aumento nos despachos, aquisição das usinas térmicas no 4T24, além de contribuições positivas da comercialização de gás. Ainda assim, os números operacionais ficaram próximos das estimativas, enquanto o lucro líquido ficou um pouco abaixo, afetado por maiores alíquotas de imposto.

O Ebitda do complexo Parnaíba cresceu R$ 34,5 milhões no período, alta anual de +11,8%, ajudado pelo reajuste das receitas fixas, entrada em operação de Parnaíba VI, maiores despachos e maior geração. 

Na usina Jaguatirica II (geração Roraima), o Ebitda aumentou R$ 11,1 milhões (+11% a/a), reflexo de reajustes de receita fixa e bom controle de custos. 

Com a melhora dos despachos em Parnaíba e manutenção de bons níveis de geração em Jaguatirica II, o segmento de Upstream (produção de gás) apresentou aumento de R$ 35 milhões no Ebitda, aumento anual de +68%. 

O Hub Sergipe apresentou crescimento de R$ 134 milhões no Ebitda, +34% a/a, ajudado por reajuste na receitas fixa e ótimo incremento nas receitas de comercialização de gás on-grid, evidenciando o potencial de geração de valor do segmento e as vantagens de o complexo estar conectado à malha. 

Venda de gás contribui para Ebitda mais forte

Falando nisso, a comercialização de gás off-grid (venda de gás para grandes clientes) também mostrou evolução interessante, com contribuição de R$ 78,5 milhões para o Ebitda consolidado. 

As usinas recém adquiridas (três usinas a gás no Espírito Santo e uma a óleo no Maranhão) contribuíram com acréscimo de R$ 436 milhões para o Ebitda consolidado. 

As usinas a Carvão apresentaram aumento de R$ 9,3 milhões no Ebitda (+6%), ajudadas pelo reajuste de receitas fixas.  

Essas melhorias operacionais foram parcialmente compensadas por piores resultados em Geração Solar e Comercialização de Energia (retração combinada de -R$ 87 milhões no Ebitda vs 2T24), ainda por conta de restrições operacionais e marcação a mercado de contratos de energia. 

Dessa forma, o Ebitda consolidado atingiu R$ 1,67 bilhão, alta interessante de +56% frente ao 2T24, mas praticamente em linha com as estimativas. 

Lucro líquido da Eneva fica abaixo das expectativas: comprar ou vender ações?

Por outro lado, o lucro líquido ficou um pouco abaixo do esperado, em R$ 364,5 milhões, afetado por uma maior alíquota efetiva no período. Ainda assim, consideramos os números sólidos, diante de um contexto de despachos relativamente baixos e que atrapalham o crescimento da receita.

Vale destacar o recuo da alavancagem, que caiu de 4,3x no 2T24 para 2,7x, ajudada principalmente pelo aumento do Ebitda – boa parte disso sendo contribuição das novas usinas.

Por 7,2x Valor da Firma/Ebitda, as ações da Eneva seguem como recomendação de compra pela Empiricus Research. 

Bacharel em Física formado na Universidade de São Paulo (USP), possui MBA de Finanças na Fipe e iniciou a carreira no mercado financeiro em 2011, na própria Empiricus Research. Está à frente da série da casa focada em opções desde 2018, além de contribuir na elaboração e decisões de investimentos nas séries da Empiricus focadas em microcaps e dividendos, além de fazer o acompanhamento de companhias de diversos setores, com mais foco em Utilities e Oil & Gas. Desde o início de 2020 é colunista do portal Seu Dinheiro.