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Investimentos

A culpa é do Wi-Fi? Evento de lançamento de óculos da Meta tropeça, mas ações não caem; confira se ainda vale a pena investir na big tech

Os imprevistos no lançamento dos óculos inteligentes da Meta repercutiram nas manchetes; veja o que isso significa para os investidores da big tech.

Camila Paim Figueiredo Jornalista

Por Camila Paim

19 set 2025, 10:29

Atualizado em 19 set 2025, 10:39

óculos inteligente meta ia m1ta34

Imagem: Divulgação/ Meta

A Meta Platforms (M1TA34) apresentou nesta semana os novos óculos inteligentes Ray-Ban Meta 2, Ray-Ban Display e Oakley Meta Vanguard. O lançamento aconteceu no Meta Connect, principal evento anual da companhia, comandado pelo CEO Mark Zuckerberg.

O encontro, entretanto, foi marcado por falhas de resposta do produto que viralizaram nas redes. Em resposta ao vivo, Zuckerberg manteve a calma e até ironizou:

“Está tudo bem. A ironia é que você passa anos desenvolvendo tecnologia e, no dia da verdade, é o Wi-Fi que te derruba”, disse o executivo.

Conheça os novos óculos da Meta

Entre os produtos apresentados estavam os Ray-Ban Meta de 2ª geração. Os óculos ainda não têm preço oficial para o mercado brasileiro. Nos EUA, a nova versão será vendida por US$ 379.

O grande destaque da marca clássica de modelos de aviador, entretanto, foi os Meta Ray-Ban Display, equipados com um visor discreto no lado direito, capaz de exibir textos, notificações, aplicativos, fotos e até traduções em tempo real. O comando dos dispositivos se dá por meio da Meta Neural Band, uma pulseira que detecta movimentos das mãos e viabiliza a interação sem a necessidade de toques na armação. A linha chega ao mercado em breve, por US$ 799. 

Por último, o modelo em parceria com a Oakley, Oakley Meta Vanguard, foi anunciado a US$ 499 e será voltado ao público esportivo, com integração a apps de fitness como Strava e Garmin. 

Como o mercado encarou o lançamento?

Apesar das piadas, o analista de macroeconomia da Empiricus Research, Matheus Spiess enxerga que este foi mais um passo ousado da Meta na intersecção entre moda, tecnologia e inteligência artificial. 

“Mais do que um avanço estético ou uma simples conveniência tecnológica, o movimento da Meta representa uma tentativa clara de transformar os óculos inteligentes em uma interface direta entre o usuário e todo o ecossistema de inteligência artificial da companhia”, comenta Spiess. 

Segundo o analista, a companhia dona das redes Instagram, WhatsApp e Facebook conseguiu dar tração a uma categoria fadada ao fracasso há uns anos atrás, após o insucesso dos Google Glass. 

“Prova disso é que a Meta já vendeu milhões de unidades das versões anteriores dos Ray-Ban, demonstrando que há demanda crescente. Em síntese, os novos óculos simbolizam a materialização dos investimentos em IA”, afirma. 

Ignorando as piadas que se espalharam pelo mercado, nesta semana o BDR da Meta (M1TA34) negociado na bolsa brasileira acumula uma alta de 3,5% (às 10h15 desta sexta-feira, 19). 

Ainda dá tempo de investir em Meta? Veja mais ações internacionais recomendadas

Apesar do evento não ter atingido as expectativas do público com os óculos inteligentes da Meta, Spiess ainda enxerga que as ações podem trazer lucros relevantes para os acionistas dentro de um portfólio internacional diversificado.

“Desde minha recomendação neste espaço, a ação sobe 26% em dólares, reforçando nossa confiança no papel como complemento dentro de carteiras de ações internacionais — sempre, claro, sob adequada diversificação, gestão de risco e dimensionamento responsável das posições”, afirma. 

Como mencionado, as ações da Meta são indicadas em uma carteira devidamente diversificada. É o caso do portfólio de 10 BDRs montado pela equipe de analistas da Empiricus Research.

Neste relatório – que está com acesso gratuito liberado –, você pode conferir a tese em todas as 10 ações internacionais recomendadas pelo analista, além de uma análise completa sobre o contexto macroeconômico que justifica as escolhas. 

Jornalista formada na Universidade de São Paulo (USP), com mobilidade acadêmica na Université Lumière Lyon 2 (França). Trabalhou com redação de jornalismo econômico e mercado financeiro, webdesign e redes sociais, além de escrever sobre gastronomia e literatura.