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Investimentos

Futuro da previdência social e dois cenários possíveis para a bolsa: Felipe Miranda fala sobre como proteger os seus investimentos do Brasil hoje

Sócio-fundador da Empiricus Research participou de entrevista com Nathalia Arcuri na rádio 89FM, sobre estratégias de investimentos e o que enxerga para o futuro econômico do Brasil. Confira!

Camila Paim Figueiredo Jornalista

Por Camila Paim

28 ago 2024, 16:30

Atualizado em 28 ago 2024, 16:30

felipe miranda

Imagem: Divulgação/Empiricus e BTG Pactual

Economistas interpretam que a queda da taxa de fecundidade no Brasil acompanhada da diminuição da mortalidade deverá acarretar um bônus demográfico. Nesse contexto, Felipe Miranda, sócio-fundador e estrategista-chefe da Empiricus Research,enxerga que a previdência social brasileira “não vai resistir”. 

“Tal como está hoje, no Brasil e no mundo, as taxas baixas de natalidade indicam que haverá muita gente para ser sustentada”, comenta o especialista em entrevista ao vivo com Nathalia Arcuri na rádio 89FM

A previdência social é confiável diante de um bônus demográfico?

Para Miranda, a maior preocupação em torno deste processo é a qualidade de vida para as pessoas. Como relembra Arcuri, o valor do INSS, pago pela população economicamente ativa hoje não é reservado para quando esta parcela se aposentar. 

“O INSS que você paga hoje não é para você, é para pagar a conta dos beneficiários de hoje e a próxima geração pagará a sua”, explica Arcuri.

Sobre esse sistema brasileiro de benefícios aos aposentados, Miranda critica como a conta é feita: o salário de um aposentado é reajustado baseado no salário mínimo. Este último é recalculado segundo retornos reais (acima da inflação), além do ganho de produtividade. Contudo, aposentados não fazem parte da cadeia produtiva, o que dá um ganho maior para as pessoas. 

“Vamos viver muito, mas como vamos viver é a questão. É preciso pensar na saúde financeira e isso implica pensar nos benefícios que encontraremos,” comenta Miranda.

Por que a taxa de juros dos EUA, entre 5,25% a 5,50%, é considerada alta?

A pergunta para Felipe Miranda veio de um dos ouvintes da rádio durante o programa ao vivo. Conforme explicou o analista, o status dos Estados Unidos de um “bom pagador” de dívidas, além de ser uma potência econômica, faz com que historicamente o país não tenha taxas tão altas.

“Agora o juro está alto porque globalmente passamos por um período inflacionário grande, que remete à pandemia, sendo a maior inflação nos EUA desde 1982’, relembra. 

Miranda relembra que por muito tempo, o mercado desacostumou com essa elevação de preços marcantes nos países desenvolvidos, que naturalmente apresentam crescimentos razoáveis e inflação controlada. Porém, após a Covid-19, o Federal Reserve e o Banco Central Europeu demoraram a subir taxas de juros, alterando-as apenas em janeiro de 2022.

Bolsas agora têm pelo menos dois cenários possíveis 

Na visão de Miranda, o panorama geopolítico atual permite que dois cenários se desenhem. 

O primeiro deles é o de “goldilocks” (em português, cachinhos dourados). Neste caso, a economia permaneceria estável e “morna”, sem muito crescimento, mas tornando ativos de risco mais interessantes. 

O dólar, como explica Miranda, tende a ficar alto quando a atividade econômica está muito forte. Se está em patamar elevado, as moedas estrangeiras emergentes principais caem porque a economia fica enfraquecida frente aos EUA. “Na hora da crise, todo mundo corre pro dólar”, brinca Miranda.

O segundo cenário possível é de uma recessão nos EUA, ideia que foi engatilhada após dados de emprego terem resultados ruins na semana passada. “Hoje a probabilidade de recessão é de 20% a 30%, é mais provável que aconteça um goldilocks” defende Miranda. 

Onde investir neste cenário?

Outro ouvinte questionou Miranda sobre o investimento em petrolíferas, se ainda havia vantagem no segmento diante do crescimento do mercado de carros elétricos. 

O analista esclarece que, apesar da crise do aquecimento global ser inegável e uma necessidade de haver uma transição energética, as companhias de petróleo também estão fazendo sua própria mudança. 

“Neste segmento, minhas principais recomendações de compra hoje seriam na bolsa: Petrobras (PETR4), Prio (PRIO3) e 3R Petroleum (RRRP3). As três empresas são bastante atrativas porque estão baratas”, comenta o analista.

Além disso, Miranda diz que será “puxa-saco” e indica as ações do BTG Pactual (BPAC11), que vêm pagando dividendos razoáveis e cresce 20% ao ano. 

Para mais indicações de investimentos de Felipe Miranda e sua equipe de analistas da Empiricus Research, é possível acessar esta lista gratuita de 5 ativos da bolsa brasileira que podem entregar excelentes dividendos ainda este ano. Acesse as recomendações aqui.

Jornalista formada na Universidade de São Paulo (USP), com mobilidade acadêmica na Université Lumière Lyon 2 (França). Trabalhou com redação de jornalismo econômico e mercado financeiro, webdesign e redes sociais, além de escrever sobre gastronomia e literatura.