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Investimentos

‘Ibovespa em alta ontem não conta toda a verdade’, diz analista; entenda o motivo da ligeira recuperação e por que não foi maior

Após vários pregões consecutivos de quedas, o índice de ações conseguiu encerrar uma sessão no positivo, na véspera do Copom.

Por Nicole Vasselai

19 jun 2024, 11:11

Atualizado em 19 jun 2024, 11:11

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Imagem: Freepik

Depois de muitos pregões consecutivos encerrados no negativo, o Ibovespa teve um respiro ontem (18), véspera da decisão da taxa Selic por parte do Comitê de Política Monetária (Copom). O principal índice de ações brasileiras fechou a sessão com alta de 0,41%, aos 119.631 pontos. Ao longo do dia, chegou, inclusive, a alcançar novamente os 120 mil pontos.

O volume financeiro negociado no pregão (até às 17h50) foi de R$ 14,01 bilhões no Ibovespa e R$ 18,59 bilhões na B3.

Alta do Ibovespa não significa muita coisa

Porém, segundo o analista Matheus Spiess, da Empiricus Research, o Ibovespa em alta ontem não conta toda a verdade.

“O desempenho de alguns pesos pesados, em especial de Petrobras (PETR4), acabou criando um distanciamento do índice da realidade, que foi pior do que a tímida valorização de ontem”, explica.

As ações ordinárias de Petrobras subiram 3,36% e as preferenciais, 3,13%. A valorização foi uma reação do mercado ao acordo da petrolífera para encerrar pendências com o Carf.

Além disso, nos EUA, dados de atividade abaixo do esperado animaram os investidores globais em relação ao cenário de juros por lá e favoreceram ativos de risco, incluindo a Bolsa brasileira.

Política fiscal e conflito entre Lula e Campos Neto ainda pesam sobre ativos de risco

Apesar da valorização do Ibovespa, as incertezas locais ainda limitaram a alta.

As falas do presidente Lula em relação à capacidade de Campos Neto de ter autonomia e imparcialidade no comando do Banco Central têm pesado no cenário brasileiro e causam ainda mais dúvidas em relação decisão da Selic nesta quarta-feira (19).

“O Brasil conseguiu dar uma pirueta para causar um problema monetário onde não tinha”, comenta Felipe Miranda, CIO e sócio-fundador da Empiricus.

Somado a isso, o analista lembra que a questão fiscal também preocupa o mercado, diante da sinalização de Lula em direção a aumentar a arrecadação.

“Não há mais como continuar o ajuste fiscal pela via da receita. Precisaremos entrar na linha dos gastos. Se o modelo em curso não é mais viável, teremos de mudar, ainda que seja para continuarmos os mesmos”, avalia Miranda.

“Como não há mais espaço para brigar por receita, a bifurcação se coloca: ou reduzimos os gastos, ou não fazemos ajuste algum. O Brasil está neste momento escolhendo qual caminho seguir”.

É hora de aproveitar o ‘desconto’ das ações brasileiras?

Ainda assim, aos patamares atuais, Miranda considera a Bolsa extremamente barata e recomenda ter pelo menos uma parcela da carteira em ações neste momento.

“Os ativos brasileiros estão baratos a níveis comparados somente a momentos de ruptura e grave crise, então essa é a hora de comprar empresas de alta qualidade de execução e negociadas a preços descontados“.

Neste relatório 100% gratuito, Miranda lista 10 ações recomendadas pela Empiricus Research para investir “ao som dos canhões”.

Editora do site da Empiricus. Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero, com MBA em Análise de Ações e Finanças e passagem por portais de notícias e fintechs.