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O primeiro semestre foi de boas notícias para os investidores da bolsa brasileira: alta de 15,4% do Ibovespa, entrada de mais de R$ 25 bilhões em recursos vindos do exterior e bom prognóstico para a segunda metade de 2025.
No entanto, logo no início do segundo semestre, a tarifa de 50% imposta por Donald Trump veio como um balde de água fria para os investidores locais. O Ibovespa acumula, desde então, sequências de dias negativos e uma queda de quase 4%.
Enquanto o mercado brasileiro fica no “modo de espera” em relação às tarifas, outros países emergentes continuam a receber fluxo de investimento global, como foi observado no primeiro semestre.
Segundo a analista da Empiricus Larissa Quaresma, é difícil que isso mude no curtíssimo prazo. Para ela, o cenário-base é a manutenção da tarifa de 50% na sexta-feira (1º), já que não há sinalizações de sucesso do governo nas negociações com a Casa Branca.
Em meio ao cenário de incertezas, o mercado volta a privilegiar a renda fixa, o prêmio de risco para os ativos de risco locais aumenta, e o Ibovespa cai.
Com isso em mente, é hora de fugir da bolsa brasileira?
Na visão da analista, a resposta é não. “Para o investidor que tem apetite a risco, os valuations se tornaram mais interessantes. Depois de múltiplo Preço/Lucro do Ibovespa chegar a 9 vezes na máxima do ano, estamos de volta perto das 8 vezes”, destaca.
Nesse contexto, agora é um bom momento para rebalancear a carteira, “pescar” ativos que caíram de maneira exagerada e esperar a incerteza passar, avalia a analista.
“Como já falamos, o impacto econômico é menor que o impacto da incerteza que eleva os prêmios de risco e do impacto político e reputacional”, disse.
Nas estimativas da analista, o impacto do “tarifaço” sobre o Produto Interno Bruto (PIB) deve se limitar a 0,4%.
“Lembramos que as empresas têm muitas formas de readequar a produção, passando uma parte, por exemplo, para o México, para a Europa, para a Ásia. Mas isso leva tempo, não é do dia para a noite que se adapta a produção”, afirma.
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Quais ações comprar neste momento negativo do Ibovespa?
Enquanto os ativos locais navegam em uma neblina de incerteza e, ao considerar o impacto econômico limitado das tarifas de Trump, Larissa Quaresma vê oportunidades na bolsa.
“Temos que saber que o panorama global segue favorável para ativos emergentes”, destaca.
A analista comanda a carteira mensal de 10 ideias da Empiricus, que rendeu 25,6% no primeiro semestre, contra os 15,4% do Ibovespa.
No portfólio, a analista seleciona, a cada mês, a dezena de ações que acha mais oportunas para o momento.
A boa notícia é que a carteira com as 10 ações pode ser acessada gratuitamente por todos os investidores interessados, como uma cortesia da Empiricus.
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