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O Ibovespa iniciou a segunda-feira (29) em forte alta de 1,25%, aos 147.257 pontos, e renovou a máxima histórica intradiária. O índice perdeu fôlego ao longo dia, mas segue com valorização relevante de 0,7% às 14h30.
Para o analista Ruy Hungria, da Empiricus, a alta é decorrente de fatores internos e, principalmente, externos.
Internamente, a boa notícia veio do Relatório Focus, que reduziu as expectativas de inflação e câmbio.
O Focus desta segunda-feira apontou para um IPCA acumulado ao final de 2025 de 4,81%, ante 4,83% na semana passada. Para 2026, o número foi reduzido para 4,28%, contra 4,29% na última semana.
O dólar também apresentou revisão para R$ 5,48 ao final de 2025 (ante R$ 5,50), R$ 5,58 ao final de 2026 (ante R$ 5,60) e R$ 5,56 ao final de 2027 (ante R$ 5,60).
“Temos visto condições bem melhores do que há 6 meses”, destacou Hungria no programa Giro do Mercado, do Money Times.
Outro fator que melhora o humor dos investidores é o possível encontro entre Donald Trump e Lula. “Abre possibilidades de reduzir as tarifas que foram implementadas e diminui o risco de novas retaliações”, afirmou Ruy Hungria.
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Ibovespa tem se beneficiado da “busca por risco” global
Ainda mais do que esses dois fatores, o analista entende que o principal propulsor do movimento positivo do Ibovespa neste início de semana vem do exterior. “Temos hoje um movimento mais global de busca de risco”, disse.
De acordo com Hungria, o mercado tem expectativas de queda na criação de empregos nos EUA (o dado deve ser divulgado na sexta-feira, 3 de outubro), o que favorece mais cortes de juros pelo Federal Reserve, o banco central norte-americano.
“Se o dado continuar mostrando certa fraqueza, mas não venha um desastre, traz mais condições de o Fed continuar na perspectiva de corte de juros sem preocupação de que tenhamos uma recessão nos EUA”, afirmou.
Caso o cenário se confirme, o analista vê um ambiente muito positivo para os ativos de risco pelo mundo.
“Normalmente, cenários como esse tendem a ajudar os ativos de risco, principalmente de mercados emergentes, como é o caso do Brasil. Temos visto os emergentes subirem no mundo inteiro e estamos sendo ajudados por esse fenômeno também”, concluiu.
Para assistir à entrevista completa do analista no programa Giro do Mercado, do Money Times, clique no player abaixo: