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Investimentos

Mesmo com Ibovespa na máxima histórica, 82% dos gestores ainda vêem a bolsa brasileira barata, aponta pesquisa

Diante de um ciclo de otimismo predominante, gestores apontam quais setores da economia devem se destacar.

Camila Paim Figueiredo Jornalista

Por Camila Paim

17 nov 2025, 13:20

Atualizado em 17 nov 2025, 13:20

ibovespa bolsa mercado bull bear

Imagem: iStock/ @asbe

A percepção predominante sobre a bolsa brasileira segue muito positiva, segundo pesquisa mensal feita pela série Os Melhores Fundos de Investimento, da Empiricus Research, com 29 gestoras de fundo de renda variável que somam cerca de R$ 78 bilhões de patrimônio líquido nas estratégias da classe (long only e long bias).

O Ibovespa chegou a bater recordes históricos nominais entre o final de outubro e início de novembro, em uma sequência de altas consecutivas que o levou para o patamar acima dos 157 mil pontos.

Apesar da alta, 82% dos gestores entrevistados permanecem com uma percepção muito positiva em relação ao valuation da Bolsa e ainda a consideram “barata” ou “muito barata”.

Os analistas destacam, entretanto, que pela primeira vez desde o início da pesquisa (em junho), surgiu uma resposta indicando que a Bolsa estaria cara.

Quando se trata do sentimento em relação à bolsa, 89% dos gestores se mostram “otimistas” ou “muito otimistas” com a B3. 

Em relação ao mês passado, calculou-se uma pequena redução na parcela com percepção neutra, movimento que migrou para respostas otimistas – o voto pessimista observado pela primeira vez no mês anterior permanece neste mês. 

Veja as respostas abaixo: 

“No conjunto, os resultados sugerem que, mesmo após o bom desempenho no mês e no ano, a maioria ainda vê a Bolsa atrativa em preço, combinando essa leitura com uma visão construtiva para os próximos meses”, comenta a analista Laís Costa, responsável pela pesquisa.

Vale ressaltar que a pesquisa foi feita integralmente com gestores de fundos de ações long only, cuja estratégia fundamentalista e bottom up predomina e faz com que a análise sempre esteja de olho no horizonte longo para aquele investimento. 

Investidores estão mais dispostos a tomar riscos

Os índices de alavancagem subiram em outubro, indicando que os investidores estão mais dispostos a tomar riscos para realizar as alocações. 

A alavancagem média dos portfólios apresentou um leve aumento em relação ao mês anterior, passando de 1,6x para 1,8x. A mediana também subiu, de 1,5x para 1,9x.

Leitura setorial: Quem se destaca neste momento?

Em termos de posicionamento, o relatório constatou que as maiores alocações nos portfólios permanecem nos mesmos setores econômicos, com Utilities sendo o mais citado, apesar de perda de fôlego (de 14 para 11 gestores cuja a posição predomina no setor). Além disso, Infraestrutura ganhou um voto e continua entre os mais alocados, atrás de Utilities e Bancos.

A pesquisa também mediu o sentimento dos gestores em relação a cada setor atualmente,  ponderando suas percepções de comportamento e expectativas. No heatmap (mapa de calor) abaixo é possível observar as respostas, sendo a cor verde um maior otimismo para o setor e a cor vermelha, um pessimismo.

Em relação ao mês anterior, a pesquisa mostrou uma piora na percepção para segmentos de Aeroespacial, Papel e Celulose e Petróleo e Gás — os dois primeiros passaram de positivos para negativos na margem e o terceiro, de neutro para negativo.

Por outro lado, a percepção positiva tende para os setores de Aluguel de Veículos e Logística, Varejo e Utilidades Públicas, que tiveram as maiores altas nos indicadores.

O setor de Metais e Mineração deixou a visão negativa e agora está neutro, e Bens de Capital e Educação, antes marginalmente negativos, migraram para o campo positivo.

Se você ficou interessado para conferir esta pesquisa de maneira mais detalhada e ainda acessar recomendações de investimentos e relatórios semanais, conheça a série Os Melhores Fundos de Investimentos da Empiricus Research.

Jornalista formada na Universidade de São Paulo (USP), com mobilidade acadêmica na Université Lumière Lyon 2 (França). Trabalhou com redação de jornalismo econômico e mercado financeiro, webdesign e redes sociais, além de escrever sobre gastronomia e literatura.