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Investimentos

Nem Cemig (CMIG4), nem Taesa (TAEE11): Saiba qual é a ação do setor elétrico preferida da Empiricus para buscar dividendos 

Analista de ações da Empiricus responsável por carteira de dividendos revela qual é a sua ação preferida do setor elétrico para buscar proventos.

Camila Paim Figueiredo Jornalista

Por Camila Paim

19 ago 2025, 14:55

Atualizado em 19 ago 2025, 14:55

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Imagem e Edição: CanvaPro

As companhias elétricas Cemig (CMIG4) e Taesa (TAEE11) são ações clássicas em uma carteira de dividendos. Isso porque as duas costumam fazer pagamentos atrativos para os investidores. 

Entretanto, no portfólio de ações para buscar dividendos do analista Ruy Hungria, da Empiricus Research, nenhuma delas teve vez. Ao invés disso, o analista preferiu outra companhia do setor elétrico que julga ter um potencial ainda escondido que deve beneficiar os investidores. A seguir, entenda:

  • Por que o analista gosta “menos” da Cemig e Taesa?
  • Qual é a sua recomendação para investir em dividendos?

Lucro da Cemig cai 29% no 2T25

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) reportou lucro líquido de R$ 1,19 bilhão no segundo trimestre de 2025 (2T25). O valor representa uma queda de 29,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo o balanço.

Além disso, no trimestre, a companhia informou que houve um aprofundamento da dívida líquida da Cemig de R$ 9,17 bilhões (final de 2024) para R$ 10,66 bilhões. Consequentemente, houve um aumento da alavancagem, medida pela relação dívida líquida pelo Ebitda ajustado, de 1,41 vez (no 1T25) para 1,59 vez no final do 2T25.

Segundo Ruy Hungria, a ação CMIG4 já parece estar no patamar de preço adequado. 

Cemig está bem precificada. Apesar de bons resultados e de ter melhorado bastante nos últimos anos, entendemos que os preços atuais já refletem essa melhora, e vemos mais potencial de crescimento em outros nomes”, afirma o analista. 

Taesa surpreende com resultado, mas ainda não é favorita

Outra elétrica “queridinha” dos investidores, a Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A. (Taesa) animou o mercado com um lucro líquido crescendo +1,9%, para R$ 299,4 milhões. O valor foi impulsionado por uma alíquota menor de imposto no período e menores despesas com juros do que o esperado.

Junto com o balanço veio o anúncio do pagamento de R$ 299 milhões em dividendos da Taesa e juros sobre capital próprio (JCP) referente ao 2T25, equivalente a 2,6% de yield.

“Apesar de resultados ligeiramente acima do esperado, por 11,7 vezes lucros e menos de 10% de dividend yield, vemos a Taesa bem precificada e sem grande potencial de upside neste momento”, afirma Hungria. 

Por enquanto, o analista prefere manter a recomendação neutra para as ações TAEE11.

Afinal, qual elétrica investir?

Para Ruy Hungria, a Eletrobras (ELET6) é uma companhia elétrica mais interessante para investir com foco em capturar dividendos

No 2T25, o analista aponta que as participações societárias atrapalharam o resultado operacional consolidado, o que derrubou o Ebitda em 8,6% na comparação anual, para R$ 5,5 bilhões.

“Esse recuo do Ebitda combinado com um aumento no pagamento de impostos fez o lucro líquido ajustado recuar -27%, para R$ 1,2 bilhão, mas em linha com estimativas.”

Apesar disso, foi feito o anúncio do pagamento de dividendos da Eletrobras de R$ 4 bilhões, o que equivale um yield de aproximadamente 4,5%. 

“Nos últimos 12 meses, o yield já supera 8%, reforçando a nossa visão de que a Eletrobras está no caminho para se tornar uma ótima pagadora de dividendos. Por 10x lucros esperados para 2026 e bom potencial de crescimento de resultados e dividendos, as ações da Eletrobras seguem com recomendação de compra da Empiricus.”

Ações da Eletrobras sobem: ainda dá tempo de comprar?

Quando anunciou o resultado trimestral, no dia 7 de agosto, as ações da companhia tiveram um salto considerável de mais de 8% diante das boas perspectivas de proventos. 

“A alta não foi nada mau para uma empresa do setor elétrico, que costuma ser monótono. Os resultados foram bons e a perspectiva de que ela se torne uma pagadora de dividendos frequentes e robustos começa a atrair mais investidores para a tese”, afirma Hungria. 

Mesmo após a alta, o analista acredita que ainda vale a pena investir no papel: “Na minha opinião, ainda dá tempo — mas não demore muito.

Jornalista formada na Universidade de São Paulo (USP), com mobilidade acadêmica na Université Lumière Lyon 2 (França). Trabalhou com redação de jornalismo econômico e mercado financeiro, webdesign e redes sociais, além de escrever sobre gastronomia e literatura.