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A Petrobras (PETR4) recebeu do Ibama a aprovação da Avaliação Pré-Operacional (APO) realizada na Foz do Amazonas em agosto.
O APO é um simulado que mede a eficácia das operadoras em situações de emergências ambientais, e sua aprovação era condição para que a Petrobras pudesse começar a exploração na Margem Equatorial.
Vale ressaltar que, apesar da aprovação, o Ibama solicitou alguns ajustes para a estatal; de acordo com fontes da Petrobras, os ajustes são simples e não devem ser um empecilho para o início das operações de exploração.
Produção diária na Margem Equatorial pode superar 1 milhão de barris por dia
Como já comentamos, alguns indícios apontam para um grande potencial na porção brasileira da Margem Equatorial.
A Guiana produz atualmente 660 mil barris de petróleo por dia, com reservas de mais de 10 bilhões que devem permitir ao país superar a produção diária de 1 milhão de barris por dia já nos próximos anos.
A porção brasileira tem características geológicas semelhantes, o que aumenta as chances de sucesso nas campanhas exploratórias.
Alguns estudos preliminares apontam para um volume de reservas que pode chegar a 30 bilhões de barris. Segundo estimativas do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), a produção diária pode superar a marca de um milhão de barris, o que representaria cerca de 20% da produção nacional e, mais importante, ajudaria a compensar parte do declínio de produtividade do pré-sal a partir do início da década que vem.
Importante lembrar que o Capex de exploração na Margem Equatorial já está previsto no plano estratégico quinquenal, e não deve pressionar o orçamento de curto prazo. Por outro lado, mesmo que as campanhas exploratórias na nova fronteira sejam bem-sucedidas, a produção de petróleo só começaria perto de 2030. Ainda assim, ajudam bastante nas perspectivas de geração de caixa da próxima década.
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