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A Vale (VALE3) anunciou na última semana que aprovou a proposta para recompra de até a totalidade das debêntures participativas de sua sexta emissão.
Essas debêntures foram emitidas na época de sua privatização, em 1997, e ofereciam participação nos resultados futuros de algumas jazidas que na época ainda estavam em estágios iniciais de exploração.
Quanto maior o volume e preço do minério produzido nessas minas, maior é a remuneração. Apenas como referência, o último pagamento semestral a esses debenturistas foi de R$ 598,3 milhões, o que em nossas contas equivalem a um yield anual de aproximadamente 9%, que está longe de ser um absurdo.
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Recompra da Vale pode melhorar retorno para o acionista
A questão é que a produção da Vale vai continuar subindo nos próximos anos, e como o cenário para o preço de minério também parece assimétrico para cima, a tendência é que o custo dessa dívida aumente nos próximos anos, na contramão das taxas de juros nos Estados Unidos e até mesmo do Brasil.
Sendo assim, a mineradora decidiu recomprar essas debêntures por um prêmio de cerca de 17% sobre o valor de negociação delas no mercado secundário, reduzindo obrigações futuras e melhorando o retorno para o acionista.