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Investimentos

Quem deve se destacar positivamente e negativamente no 2T25? Analista cita Petrobras (PETR4), Vale (VALE3), Banco do Brasil (BBAS3) e SmartFit (SMTF3)

Larissa Quaresma, analista da Empiricus, indicou dois setores que devem se beneficiar e dois que devem reportar números mais calejados nos resultados corporativos do 2T25. Confira.

Camila Paim Figueiredo Jornalista

Por Camila Paim

24 jul 2025, 07:55

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Imagem: iStock/ @Eoneren

A temporada de balanços do segundo trimestre de 2025 (2T25) começou a ganhar tração nesta semana. Enquanto o mercado deve reagir aos números das empresas, o investidor pode preparar a carteira para as boas oportunidades que surgirem. 

Para calibrar as expectativas para os próximos resultados corporativos, a analista Larissa Quaresma, da Empiricus Research, falou para o podcast Touros e Ursos, do Seu Dinheiro, sobre quais setores e empresas ela enxerga que deverão se destacar mais no trimestre.

Quais empresas devem entregar os melhores resultados no segundo trimestre?

Na visão de Quaresma, o grande destaque positivo desta temporada serão as empresas voltadas para a economia doméstica, especialmente as varejistas

“Apesar de haver os primeiros sinais de desaceleração da economia brasileira, ela continua em um patamar de crescimento forte. A renda real dos brasileiros está crescendo entre 4% e 5% em termos anuais”, afirma.

Especificamente no varejo de serviços, a analista chama atenção para o case da SmartFit (SMFT3), que tem conseguido fazer repasses de preço, com um motor de ganho de mercado relevante enquanto continua com margens saudáveis. 

Outro setor que está na “seara” dos destaques, segundo Quaresma, são as incorporadoras de baixa renda. 

“Apesar do juro alto, [as companhias] são muito ajudadas pelos programas de incentivo à habitação popular do governo. Em algumas prévias operacionais, as vendas e os lançamentos continuam em ritmo muito forte, enquanto o preço das commodities para baixo ajudam na margem bruta. Esse é um efeito muito poderoso para o crescimento de lucro”, comenta. 

Analista aponta setores que podem sair prejudicados do 2T25, incluindo ‘bancão’

Na ponta negativa, a analista chama atenção para o endividamento das companhias. Em sua opinião, aquelas que fizeram um esforço de eficiência ao longo do último ano e do primeiro semestre, preparando-se para um contexto de juro elevado, deverão estar mais protegidas nesta temporada. 

“O grande ponto de atenção é a alavancagem. Apesar do Ebitda crescer até acima da receita, progressivamente, vamos ver a taxa Selic impactar a linha final como consequência da alavancagem operacional e do esforço de eficiência,” comenta a analista. 

O salto da taxa Selic de 10,5% no segundo trimestre de 2024 para o patamar atual de 15% ao ano deverá mostrar uma diferença relevante, com um grande aumento das despesas com juros nas empresas mais endividadas. 

Além disso, a analista destaca que o setor de commodities (veja expectativas da analista para Petrobras e Vale) deve sofrer pelas oscilações para baixo do preço dos produtos ao longo do ano

“O impacto no valor das commodities deve influenciar os dados dessas companhias [Petrobras e Vale], pois é a variável macroeconômica mais relevante para esse tipo de empresa, além do dólar. Nos dois casos, os números devem ser um pouco mais mornos,” afirma Larissa Quaresma. 

Outro ponto de atenção, o setor financeiro deverá ter resultados díspares entre as empresas que executam bem ou não. 

“[Nos resultados do 2T25], vai ficar mais clara a diferença de execução entre os perdedores. O Banco do Brasil (BBAS3), por exemplo, acho que vai ser um dos balanços menos bonitos da temporada”.

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No geral, Quaresma acredita que o saldo da temporada de balanços ainda será positivo, “refletindo a economia brasileira forte e os esforços de eficiência das empresas, com muita atenção à alavancagem”. 

Diante de um cenário econômico turbulento, mas que tem sido positivo para a renda variável no Brasil em 2025, a analista montou uma carteira de investimentos com 10 ações recomendadas para investir agora. 

O portfólio é devidamente diversificado com empresas de qualidade de diferentes setores e que, na visão da analista da Empiricus Research, ainda têm muito potencial de valorização. 

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Jornalista formada na Universidade de São Paulo (USP), com mobilidade acadêmica na Université Lumière Lyon 2 (França). Trabalhou com redação de jornalismo econômico e mercado financeiro, webdesign e redes sociais, além de escrever sobre gastronomia e literatura.