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A Raízen (RAIZ4) comunicou ao mercado, nesta terça-feira (15), que decidiu descontinuar as operações da Usina Santa Elisa por tempo indeterminado. O movimento dá “sequência à estratégia de reciclagem do portfólio de ativos para captura de eficiência agroindustrial”, afirmou o comunicado.
Adicionalmente, a companhia celebrou contratos de venda de até 3,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por R$ 1,04 bilhão, com recebimento à vista. Segundo a nota, os recursos obtidos serão destinados à redução do endividamento.
Por que o movimento é boa notícia para a Cosan (CSAN3)?
Mais do que uma boa notícia para a própria Raízen, as novidades também são favoráveis à tese da Cosan (CSAN3), controladora da sucroalcooleira.
Segundo a analista Larissa Quaresma, da Empiricus, notícias como essa são “muito aguardadas pelo mercado”, já que o investimento na Cosan se tornou essencialmente “uma tese de desalavancagem”.
A analista lembra que a Cosan enfrenta um ano de desafios e tem a missão de executar um turnaround na Raízen, que precisa mostrar melhoria operacional.
“[Ainda] Enxergamos a Cosan vendendo algum ativo relevante, que levante pelo menos R$ 5 bilhões, para que a Raízen consiga reduzir a alavancagem e a queima de caixa”, disse.
A analista destaca que “o tempo corre contra a Raízen”. Afinal, quanto mais tempo a sucroalcooleira passa sem vender ativos, mais o desempenho operacional é prejudicado pelos juros decorrentes do alto endividamento.
A Empiricus Research tem recomendação de compra para a Cosan (CSAN3) e vê a ação com uma das maiores assimetrias de valor da bolsa local, segundo Larissa. “É uma ação que tem potencial para dobrar”.
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Cosan é ‘pimenta’ em uma carteira devidamente diversificada
É claro que, pelos riscos mencionados, as ações da Cosan são recomendadas em uma carteira devidamente diversificada.
É o caso do portfólio de 10 ideias montado por Larissa Quaresma, que é atualizado periodicamente com a dezena de ações mais atrativas da bolsa brasileira, na visão da analista.
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