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Investimentos

SLC Agrícola (SLCE3): Pressão crescente no mercado de soja pode impactar as ações? Entenda

O impacto do La Niña sobre a produção de soja coloca a produtividade de algumas empresas em risco. Veja cenário para SLC.

Por Ruy Hungria

03 dez 2025, 11:55

Atualizado em 03 dez 2025, 11:55

slc agrícola slce3 agronegócio agricultura

Imagem: iStock/ aapsky

O encarecimento dos insumos — em especial dos fertilizantes — vem pressionando a maior parte dos produtores de soja no Brasil, já bastante fragilizados após a quebra de safra de 2024, os custos de financiamento em níveis historicamente elevados e a maior restrição de crédito no setor.

Para completar, o impacto potencial do fenômeno La Niña sobre a produção sul-americana aumenta o risco de queda de produtividade e pode limitar a expansão da área plantada na próxima temporada, adicionando mais tensão à cadeia e ao balanço global do grão.

Probabilidade das influências climáticas na produção de soja

Fonte: NOAA.

Esses fatores, combinados, tendem a reduzir a oferta global de soja, o que historicamente contribui para um ambiente mais favorável aos preços.

SLCE3: Em meio aos impactos do La Niña, vale a pena investir?

Vale destacar que, enquanto grande parte dos produtores deve enfrentar um ciclo desafiador, a SLC Agrícola opera em uma posição estruturalmente mais confortável.

Além de apresentar sólida robustez financeira, suas fazendas estão concentradas em regiões menos suscetíveis aos impactos climáticos típicos do La Niña.

A companhia também deve capturar ganhos relevantes decorrentes das aquisições recentes, que permitirão um avanço expressivo na área plantada: a projeção é de aumento de 14,2% na área de soja e de 1,5% na produtividade em relação à safra anterior — expansão suficiente para compensar o aumento estimado de 11,2% nos custos.

Negociando a cerca de 8x P/L estimados para 2026 e posicionada para capturar uma eventual alta nos preços da soja na próxima safra, SLCE3 segue como uma posição estratégica dentro da carteira.

Bacharel em Física formado na Universidade de São Paulo (USP), possui MBA de Finanças na Fipe e iniciou a carreira no mercado financeiro em 2011, na própria Empiricus Research. Está à frente da série da casa focada em opções desde 2018, além de contribuir na elaboração e decisões de investimentos nas séries da Empiricus focadas em microcaps e dividendos, além de fazer o acompanhamento de companhias de diversos setores, com mais foco em Utilities e Oil & Gas. Desde o início de 2020 é colunista do portal Seu Dinheiro.