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Investimentos

Smart Fit: Espaço para valorização das ações SMFT3 aumenta com reta final dos desinvestimentos do Pátria; entenda

Os fundos do Pátria realizaram mais um desinvestimento nas ações da Smart Fit (SMFT3). Leia mais.

Por Larissa Quaresma, CFA

27 nov 2025, 15:19

Atualizado em 27 nov 2025, 16:10

smartfit SMFT3

Edição: CanvaPro

Na última quarta-feira (26), viu-se mais um desinvestimento dos fundos do Pátria das ações da Smart Fit (SMFT3), um movimento esperado e que está se aproximando do fim. Vimos o desfecho do movimento como positivo, pois vendas volumosas tendem a afetar negativamente os papéis, o que não se viu no último evento.

Por meio de um block trade (venda em larga escala organizada entre as contrapartes), o Pátria alienou cerca de 36 milhões de ações da Smart Fit, ou 6% do capital social da companhia.

Agora, o fundo detém aproximadamente 41 milhões de ações (7%), muito próximo ao mínimo necessário para que o fundo se mantenha no Acordo de Acionistas. 

Entenda mais sobre o fundo do Pátria com ações da Smart Fit

Se o Pátria alienar ações, e sua participação remanescente cair abaixo deste limiar, o Acordo de Acionistas será automaticamente rescindido. Imediatamente, contudo, não se esperam mudanças na composição do Conselho de Administração, as quais seriam avaliadas apenas após a eventual estruturação de um novo Acordo entre os acionistas remanescentes.

O Pátria detém atualmente 3 cadeiras do Conselho. Os fundos que investem na Smart Fit têm até o ano de 2027 para liquidar totalmente a posição, podendo se estender até 2029, caso necessário (algo improvável na nossa opinião). Haverá, em 2026, novas eleições dos membros, que ainda não têm uma chapa formada. 

No entanto, não é possível afirmar que as eleições de 2026, mesmo combinadas à diminuição da participação dos fundos, resultarão na saída do Pátria como controlador. De todo modo, a gestão da empresa já reflete a maior influência da Família Corona, com menor atuação do Private Equity nas decisões estratégicas. Essa dinâmica ocorre porque o case da Smart Fit já está consolidado e o fundo encontra-se em fase final de desinvestimento. É relevante notar que o membro mais ativo do fundo, o atual Presidente do Conselho, Daniel Rizzardo Sorrentino, não seria obrigado a deixar a empresa em novas alienações.

Como desinvestimento pode se refletir nas ações SMFT3?

Em suma, movimentações nesse sentido não devem impactar fortemente o direcionamento da empresa, uma vez que já está bastante alinhada à gestão fora do fundo.

Deve-se considerar, ainda, que as ações de empresas com desinvestimento de Private Equity tendem a carregar um overhang (receio de mercado). Por essa razão, investidores se mantêm mais cautelosos em elevar posições, já que o risco de uma nova venda em bloco derrubar os preços é iminente. Consequentemente, à medida que a posição do Pátria diminui, maior se torna o espaço para a valorização das ações.

No caso de Smart Fit, além da boa performance na quarta-feira (26), mais uma boa notícia: pela posição atual do fundo, que detém 6,9% das ações, mesmo que se desfizesse da totalidade dos papéis em uma só venda, os efeitos não devem ser piores que o visto na última vez.

Negociando a um múltiplo P/L para 2026 de 16x e com espaço para valorização, Smart Fit segue na carteira.

Analista de ações há 10 anos, é responsável pela série As Melhores Ações da Bolsa e pela carteira mensal Empiricus 10 Ideias, além de integrar a equipe da Carteira Empiricus, o portfólio multimercado da casa. Ao longo da carreira, teve passagens pela Núcleo Capital, tradicional fundo de ações brasileiro, e pelo Credit Suisse. Administradora formada pelo Ibmec-MG, aluna visitante da Stanford University e com certificações CFA, CNPI e CGA.