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Investimentos

Tarifaço de Donald Trump: É o momento de reduzir bolsa brasileira na carteira? Felipe Miranda responde

CIO da Empiricus Research comenta sobre os assuntos mais relevantes da última semana em mais um episódio do Blink!; veja as opiniões do analista.

Por Maisa Leme

28 jul 2025, 13:19

Atualizado em 28 jul 2025, 13:19

brasil real ações brasileiras queda ibovespa

Imagem: iStock.com/NatanaelGinting

O dólar está próximo de explodir? É o momento ideal para reduzir a exposição à bolsa brasileira na carteira em meio aos desafios comerciais? Até quando o bom momento do Ibovespa em 2025 se sustentará? 

Felipe Miranda abordou os assuntos mais relevantes da última semana durante mais um episódio do Blink!, programa semanal em que o CIO da Empiricus responde às dúvidas dos assinantes. 

Calmaria do dólar indica que a moeda está próxima de explodir? 

Felipe Miranda: “O dólar tem se enfraquecido muito no mundo, mas com juro de 15% aqui e caindo lá fora, acho improvável que exploda. Até nessa crise toda, ele tem se comportado razoavelmente bem. 

O dólar é sempre o cemitério das reputações dos economistas que tentam projetar a taxa de câmbio, então deve haver cautela para falar sobre. Mas eu não acredito que existe uma alta probabilidade de explosão do dólar, não. Inclusive, ceteris paribus, o dólar deveria ir para baixo.”

Faz sentido reduzir bolsa brasileira e esperar o pós-tarifaço para voltar a investir?

FM: “Não acho. Acredito que a bolsa corrigiu bastante. Se tirar Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), as ações locais corrigiram de 10% a 20%. Existe um risco de sair alguma postergação dessa história, alguma tarifa menor, um espaço negocial, põe a tarifa e depois tira.

Eu não iria por esse caminho de tentar tradar essa história. O que dá para fazer aqui é você comprar uma put para conseguir atravessar com um pouco mais de calmaria.”

Tarifas: Vem bomba ou o Brasil tem meios de se sair bem dessa? Até quando o cenário positivo do Ibovespa se sustenta?  

FM: “Acredito que a bomba já veio, agora, falta ela se materializar, ser desarmada ou explodir, estamos em um momento de muita incerteza. Como Donald Trump tem essa decisão monocrática, o que ele fará é difícil de saber. Tem uma dispersão enorme de resultado e pode postergar, pode vir com 50% mesmo, pode abrir uma negociação com com minerais raros, terras raras. Tem caminhos.

Em uma discussão estritamente comercial e técnica, com certeza tem caminhos, porque o Brasil é deficitário comercialmente com os Estados Unidos 

Agora, se for uma decisão estritamente ideológica, se o Trump quer algo de mudar o julgamento do Bolsonaro no STF, eu acho que é inviável. Ele pediu coisas inexequíveis na carta original, acabaria com a Suprema Corte brasileira. Não faz sentido nenhum. 

Politicamente, o que daria para se fazer é se o centrão entrar nessa pauta e você encaminhar a votação do projeto de anistia, do 8 de janeiro, em troca de uma flexibilização da tarifa. 

Manteria-se o Alexandre de Moraes, sem que haja avanço na pauta de impeachment, continuaria o julgamento da família Bolsonaro com muito rigor… todo mundo de alguma forma sairia vitorioso dessa história. Daria-se ao Trump e aos Bolsonaros o discurso da anistia e o Brasil liberaria a tarifa e ganhamos essa história. Todo mundo teria um caminho a partir disso. 

O Ibovespa já não está mais na máxima, recuou bastante com Petrobras indo razoavelmente bem e Vale indo muito bem. Então, as ações domésticas caindo entre 10% e 20% com efeitos apenas indiretos dessa tarifa. 

Acredito que o cenário positivo se sustenta sim, mas ele vai chacoalhar mais. A Selic vai cair, esse choque todo talvez até acelere a queda da atividade ou a desaceleração da atividade.

Se você olhar o filme, há muita coisa acontecendo no ambiente político brasileiro e isolando um pouco a extrema-direita que vai ser forçada a vir ao centro.” 

Confira no bloco abaixo o programa completo: 

Jornalista em formação pela Faculdade Cásper Líbero. Atualmente, estagia em redação no site da Empiricus.