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Investimentos

Vale (VALE3): Prévia do 2T25 mostra produção de minério de ferro acima das estimativas, mas ligeira queda nas vendas; o que esperar das ações? 

A prévia operacional da Vale no 2T25 não trouxe muitas surpresas. Veja análise.

Por Ruy Hungria

23 jul 2025, 10:24

Atualizado em 23 jul 2025, 10:24

Vale VALE3 dividendos

Imagem: Shutterstock

A Vale (VALE3) reportou a prévia operacional do 2T25 sem grandes surpresas, com produção de minério de ferro acima das estimativas, mas ligeira queda das vendas na comparação anual. 

A produção da Vale de minério de ferro atingiu 83,6 milhões de toneladas, +3,7% vs 2T24, ajudada pela planta de Brucutu (Sistema Sudeste) e mais um recorde de produção no S11D (Sistema Norte), que mais do que compensaram a queda de produção no Sistema Sul. 

Fonte: Companhia.

Desempenho das vendas fica em linha com expectativas

Apesar desse aumento na produção, as vendas de minério de ferro caíram -3,1% na comparação anual, reflexo da menor produção e venda de pelotas (sinalizada antecipadamente pela revisão para baixo do guidance no início de julho), da estratégia de entregar produtos com maior valor agregado na China e pela recomposição de estoques após uma produção fraca no primeiro trimestre. Mesmo com a queda, o desempenho de vendas ficou próximo das estimativas do mercado. 

Com relação aos preços, apesar da melhora do prêmio (superior US$ 1,2/t vs 2T24), ajudado principalmente pelo negócio de pelotas, vale ressaltar que a receita foi afetada negativamente pelo recuo na cotação média do minério de ferro frente ao 2T24. 

Vale Base Metals tem evolução muito positiva

Na Vale Base Metals (VMB), apesar de números em linha com as expectativas, a companhia apresentou ótima evolução na comparação anual, mostrando os efeitos positivos dos investimentos recentes em melhorias de produtividade. A produção e as vendas de cobre aumentaram cerca de 17% vs 2T24, ajudadas pela melhora do desempenho das minas tanto no Brasil como no Canadá. 

Com relação ao níquel, a produção e as vendas cresceram 44% e 41% respectivamente, também refletindo a melhora operacional das plantas brasileiras e, principalmente, canadenses.

Depois de alguns anos com desempenho muito aquém das expectativas, a VBM segue mostrando evolução, o que será importante para destravar valor para a Vale no futuro, através de um IPO por exemplo. 

O que pensamos sobre a Vale no momento?

A prévia não trouxe grandes surpresas e não deve se traduzir em um gatilho para os papéis, especialmente diante do contexto desafiador de consumo de aço na China. Por outro lado, os números foram sólidos e ao negociar por 4x ebitda e 8% de dividend yield, já vemos muito pessimismo embutido nos preços. Por isso, as ações da Vale seguem entre as recomendações da Empiricus Research.

Bacharel em Física formado na Universidade de São Paulo (USP), possui MBA de Finanças na Fipe e iniciou a carreira no mercado financeiro em 2011, na própria Empiricus Research. Está à frente da série da casa focada em opções desde 2018, além de contribuir na elaboração e decisões de investimentos nas séries da Empiricus focadas em microcaps e dividendos, além de fazer o acompanhamento de companhias de diversos setores, com mais foco em Utilities e Oil & Gas. Desde o início de 2020 é colunista do portal Seu Dinheiro.