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Investimentos

Vibra (VBBR3) rejeita proposta inicial de fusão feita pela Eneva (ENEV3), mas negociações devem continuar; saiba mais

Vibra vê ‘relação de troca injustificável’ e recusa oferta da Eneva, que deve modificar termos para que a negociação avance

Por Ruy Hungria

29 nov 2023, 10:19

Atualizado em 29 nov 2023, 10:19

eneva enev3 vibra vbbr3

A Vibra (VBBR3) recusou a proposta feita pela Eneva (ENEV3) no último domingo. Apenas recapitulando, a Eneva propôs que as duas companhias juntassem suas forças e seus ativos, para formar a terceira maior empresa de energia do Brasil, atrás apenas de Petrobras e Eletrobras. 

As sinergias realmente existem, mas a relação de troca parecia desajustada para nós, já que a Eneva naquele momento valia cerca de 20% menos que a Vibra, mas propôs ter a mesma fatia que ela na companhia resultante.

Eneva terá que se contentar com fatia menor para que negócio avance

Ontem a Vibra recusou formalmente a proposta, com a justificativa de que “a relação de troca indicada é injustificável”, segundo o Conselho de Administração.

De certa forma, já esperávamos essa reação. Inclusive, falamos sobre essa possibilidade em nosso comentário feito na segunda-feira sobre a proposta

Isso não quer dizer que as chances de uma fusão acabaram, mas além de tentar convencer a Vibra sobre as vantagens da fusão, tudo indica que a Eneva terá de propor uma relação de troca na qual terminaria com uma fatia menor do que 50% da companhia resultante se quiser ter sua proposta aceita

Vemos a fusão com bons olhos, especialmente para a Eneva

Este pode ter sido apenas o primeiro capítulo de uma longa novela, e é difícil saber neste momento como ela vai terminar. Mantemos a opinião de que a combinação de negócios seria positiva, especialmente para a Eneva, por facilitar a monetização de suas reservas que seguem subutilizadas por conta dos baixos despachos.

Mas é importante lembrar que os termos e a relação de troca de futuras propostas podem alterar essa visão

Temos recomendação de compra para a Eneva em várias séries da Empiricus Research, por entendermos que nos preços atuais as ações embutem um nível já bastante pessimista de despachos.

Além disso, a companhia possui uma grande capacidade de crescimento à medida que novos projetos (geração e GNL de pequena escala) começam a entrar em operação, e ainda poderá recontratar duas de suas térmicas mais importantes no Leilão de Reserva em 2024.

Bacharel em Física formado na Universidade de São Paulo (USP), possui MBA de Finanças na Fipe e iniciou a carreira no mercado financeiro em 2011, na própria Empiricus Research. Está à frente da série da casa focada em opções desde 2018, além de contribuir na elaboração e decisões de investimentos nas séries da Empiricus focadas em microcaps e dividendos, além de fazer o acompanhamento de companhias de diversos setores, com mais foco em Utilities e Oil & Gas. Desde o início de 2020 é colunista do portal Seu Dinheiro.