O mercado à vista é o segmento mais tradicional da bolsa de valores, ao qual investidores negociam ativos com liquidação realizada em poucos dias. É nele que ocorre a maior parte das operações com ações, servindo como referência para preços, volume e comportamento do mercado financeiro.
Para quem está começando na renda variável, entender como funciona o mercado à vista é essencial para operar com segurança e interpretar corretamente cotações, prazos e procedimentos de liquidação.
O que é mercado à vista?
O mercado à vista é o ambiente de negociação em que a compra e a venda de ativos são realizadas para liquidação imediata, ou dentro de um prazo curto e predeterminado. Na prática, isso significa que o investidor paga pelo ativo e o recebe em poucos dias — processo que segue regras padronizadas da B3.
Nesse mercado, o preço negociado reflete a cotação atual do ativo, determinada pela oferta e demanda ao longo do pregão. Diferentemente de operações futuras ou derivativos, o mercado à vista envolve a transferência efetiva de propriedade, com pagamento e entrega do ativo dentro do prazo de liquidação.
- Onde investir neste mês? Veja 10 ações em diferentes setores da economia para buscar lucros. Baixe o relatório gratuito aqui
Quais ativos estão no mercado à vista?
O mercado à vista não se limita apenas às ações. Ele abrange uma série de ativos financeiros negociados diretamente na bolsa de valores. Entre os principais estão:
- Ações de empresas listadas;
- BDRs (recibos de ações estrangeiras);
- ETFs que replicam índices nacionais e internacionais;
- Fundos imobiliários (FIIs);
- Commodities específicas (em alguns casos, quando negociadas para liquidação imediata);
- Certificados e recibos negociados em mercado secundário.
Esses ativos compõem a base da renda variável brasileira, e suas negociações no mercado à vista influenciam índices como o Ibovespa, principal indicador de desempenho da bolsa.
Como funciona investir no mercado à vista?
Investir no mercado à vista significa comprar ou vender um ativo pelo preço negociado naquele momento. O processo é simples e segue algumas etapas:
- Abertura de conta em corretora: o investidor precisa de uma instituição intermediadora para acessar a bolsa.
- Escolha do ativo: ações, ETFs, FIIs ou outros ativos listados.
- Envio da ordem: pode ser do tipo limitada, a mercado ou com outras especificações.
- Execução da ordem: a negociação ocorre quando há contraparte disposta a realizar a operação.
- Liquidação: etapa em que o dinheiro sai da conta do comprador e o ativo é transferido para sua carteira.
As negociações acontecem durante o horário de pregão da B3, e os preços variam conforme fatores econômicos, corporativos e expectativas de mercado.
O que é ciclo de liquidação?
O ciclo de liquidação representa o prazo entre o dia em que a operação é realizada e o dia em que o ativo e o dinheiro são efetivamente transferidos.
No mercado à vista, a B3 adota o padrão D+2:
- D = dia da negociação (trade day)
- +2 = dois dias úteis após a compra ou venda
Isso significa que:
- Se um investidor compra ações na segunda-feira, ele paga e recebe as ações na quarta-feira.
- Se vender na segunda, recebe o dinheiro também na quarta.
Esse prazo permite que a bolsa, as corretoras e o sistema de compensação validem a operação e garantam que ambas as partes cumpram suas obrigações.
Como saber o ciclo de liquidação de um investimento?
O prazo de liquidação varia conforme o tipo de ativo e o mercado em que ele é negociado. Para facilitar, a B3 disponibiliza tabelas completas com os prazos de liquidação de cada segmento — ações, derivativos, renda fixa privada, câmbio, entre outros.
Além disso, as corretoras informam o ciclo de liquidação no momento da ordem. O investidor também pode consultar diretamente o site da B3 ou relatórios oficiais da bolsa. Embora o mercado à vista siga predominantemente o D+2, outros ativos, como derivativos, podem ter prazos diferentes, definidos por calendário específico.
- [Carteira recomendada] Conheça as 10 ações recomendadas pela equipe da Empiricus Research para buscar lucros na bolsa nos próximos meses. Clique aqui para acessar o relatório gratuito.
Investimentos indicados para o mercado à vista
O mercado à vista é indicado para investidores que desejam construir patrimônio de longo prazo ou realizar trades de curto prazo com ativos reais — ou seja, com efetiva transferência de propriedade. Entre os investimentos mais comuns estão:
- Ações: ideais para quem busca participar do crescimento de empresas.
- FIIs: alternativa para renda recorrente e exposição ao mercado imobiliário.
- ETFs: opção prática para diversificação por índice.
- BDRs: acesso simplificado a empresas internacionais.
Esse mercado também é utilizado por investidores que desejam formar carteiras de dividendos, diversificar por setores ou acompanhar a evolução de índices como o Ibovespa. Para quem prefere simplicidade, transparência e liquidação em curto prazo, o mercado à vista costuma ser o ponto de partida ideal na renda variável.
É o segmento da bolsa em que ativos são negociados com liquidação em poucos dias, geralmente em D+2.
Ações, BDRs, ETFs, FIIs e outros ativos listados.
O dinheiro e os ativos são transferidos dois dias úteis após a negociação.
Sim. O índice reflete o desempenho das ações mais negociadas nesse mercado.
Sim. Ele é o ambiente mais direto e acessível para quem está começando na renda variável.