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TIRM: O que é, como funciona e qual a diferença para a TIR tradicional 

Entenda o que é a Taxa Interna de Retorno Modificada, no que difere da TIR convencional e como usá-la na análise de investimentos.

Por Equipe Empiricus

01 dez 2025, 18:00

Atualizado em 05 dez 2025, 15:33

TIRM

A TIRM é um indicador financeiro utilizado para avaliar a rentabilidade de projetos e investimentos, levando em conta condições mais realistas de reinvestimento dos fluxos de caixa.

Enquanto a TIR tradicional assume que todos os retornos podem ser reinvestidos à própria taxa do projeto — o que raramente ocorre na prática — a TIRM ajusta essa suposição e fornece um cálculo mais adequado ao custo de capital e ao cenário financeiro real da empresa.

O que é TIRM?

A Taxa Interna de Retorno Modificada é uma métrica de avaliação de investimentos que calcula o retorno de um projeto considerando:

  • uma TMA (Taxa Mínima de Atratividade) para descontar os fluxos negativos;
  • uma taxa de reinvestimento mais realista para acumular os fluxos positivos ao longo do tempo.

O objetivo é medir a rentabilidade efetiva esperada pelo investidor em condições plausíveis de mercado, evitando distorções da TIR tradicional. Assim, a TIRM é amplamente usada em análises de viabilidade, orçamento de capital, engenharia econômica e decisões corporativas.

Como funciona a Taxa Interna de Retorno Modificada

A TIRM funciona combinando duas etapas:

  1. trazendo os valores negativos ao valor presente: fluxos negativos (investimentos iniciais e novos aportes) são descontados usando a TMA ou o custo de capital.
  2. capitalizando os fluxos positivos até o final do projeto: os fluxos positivos são levados ao valor futuro usando uma taxa de reinvestimento plausível, frequentemente a própria TMA.

Diferença entre TIRM e TIR

A diferença fundamental entre os dois indicadores está na forma como tratam o reinvestimento dos fluxos de caixa.

1. TIR (Taxa Interna de Retorno tradicional)

  • assume que todos os fluxos positivos são reinvestidos à própria TIR;
  • pode produzir resultados irrealistas quando muito alta;
  • pode gerar múltiplas soluções quando o fluxo de caixa tem inversões de sinal;
  • não considera diretamente o custo de capital ou a TMA.

2. TIRM (Taxa Interna de Retorno Modificada)

  • assume reinvestimento de fluxos positivos a uma taxa externa, geralmente a TMA ou o custo de capital;
  • é mais estável e não gera múltiplas soluções;
  • evita superestimar a rentabilidade;
  • reflete melhor a realidade financeira da empresa.

Por levar em conta taxas de mercado realistas, a TIRM costuma ser preferida por analistas e gestores financeiros.

Vantagens e desvantagens da TIRM

Vantagens

  • Realismo financeiro: considera taxas exequíveis de reinvestimento.
  • Estabilidade: não apresenta múltiplas taxas quando há alternância de sinais.
  • Comparabilidade: facilita a comparação entre projetos com características distintas.
  • Coerência com o custo de capital: integra o TMA ao cálculo.

Desvantagens

  • Mais complexa que a TIR tradicional, exigindo cálculos adicionais.
  • Depende da escolha da taxa de reinvestimento, o que pode introduzir subjetividade.
  • Menos intuitiva para iniciantes, especialmente em apresentações executivas.

Mesmo assim, a TIRM é considerada superior para análises de longo prazo e decisões de investimento corporativo.

Como calcular a TIRM?

Calcular a TIRM envolve três etapas principais, todas com foco em tornar o retorno do projeto mais realista. O processo não exige necessariamente fórmulas complexas — o mais importante é entender a lógica por trás dos cálculos.

  1. Primeiro, listam-se todos os valores que o projeto exige como investimento ao longo do tempo, como o aporte inicial ou gastos adicionais. Esses valores representam o dinheiro que sai do caixa.
  2. Depois, levantam-se todas as entradas de caixa que o projeto deve gerar ao longo dos períodos — como receitas ou economias geradas pela iniciativa.

A TIRM utiliza duas taxas para tornar o cálculo mais realista: a TMA ou custo de capital para ajustar os fluxos negativos, trazendo-os para a realidade financeira da empresa, ou uma taxa de reinvestimento para projetar quanto os fluxos positivos cresceriam até o final do projeto.

Ao final desse procedimento, chega-se à TIRM, que representa a taxa anual de retorno efetivo do projeto, já considerando custos, reinvestimentos possíveis e limitações do mercado.

Exemplo de TIRM e de TIR

Considere um projeto com estes fluxos:

  • Ano 0: – R$ 10.000
  • Ano 1: + R$ 4.000
  • Ano 2: + R$ 4.000
  • Ano 3: + R$ 4.000

Suponha uma TMA de 10% ao ano (usada também como taxa de reinvestimento). 

Ao aplicar os cálculos, a TIR desse fluxo totaliza aproximadamente 23,4% a.a., assumindo reinvestimento a 23,4% — cenário pouco realista. Já a TIRM (realista e alinhada à TMA) totaliza 9,8% a.a. Esse exemplo mostra por que a TIRM é mais adequada para decisões financeiras corporativas.

A metodologia da TIRM evita distorções comuns na TIR e melhora a precisão da análise de projetos, tornando-se uma ferramenta essencial na avaliação de investimentos, planejamento financeiro e estudos de viabilidade.

O que é TIRM?

É a Taxa Interna de Retorno Modificada, um indicador que calcula o retorno realista de um investimento.

Qual a diferença entre TIR e TIRM?

A TIR assume reinvestimento na própria taxa; a TIRM usa uma taxa externa (geralmente a TMA).

A TIRM é mais precisa?

Sim. Ela reduz distorções e é mais adequada para tomada de decisão.

Qual taxa usar na TIRM?

Normalmente a TMA ou o custo de capital da empresa.

Onde a TIRM é usada?

Em análises de viabilidade, orçamento de capital e avaliação de projetos.

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