Imagem: Edição CanvaPro | Divulgação
As ações da Cosan (CSAN3) e da joint venture Raízen (RAIZ4) se destacaram na semana entre as altas e baixas do Ibovespa. O movimento começou positivo na segunda-feira (18), com a notícia de que haveria um interesse da Petrobras (PETR4) em tornar-se uma sócia da Raízen. Quando o caso foi desmentido pela petroleira, no dia seguinte, as ações lideraram as quedas.
Enquanto o mercado reagiu instantaneamente aos eventos, o que fica de certo é o pronunciamento do próprio diretor presidente da Cosan, Marcelo Martins. Durante a teleconferência de resultados do segundo trimestre (2T25), o executivo afirmou que a companhia gostaria de atrair um novo sócio estratégico para a Raízen, como forma de melhorar a estrutura de capital da empresa.
A Raízen atualmente vem enfrentando um forte endividamento que abala as estruturas da Cosan.
Apesar deste panorama à primeira vista negativo, o CIO da Empiricus Research, Felipe Miranda, enxerga que é um momento apropriado para investir na Cosan. A seguir, você entende melhor essa tese de investimento.
Por que ainda vale a pena investir na Cosan (CSAN3)?
A Raízen é uma empresa resultante da parceria de Cosan e Shell. Ela atualmente é a maior produtora global de açúcar e etanol de cana, apesar de passar por uma fase difícil na saúde financeira que, por tabela, impacta o endividamento da holding Cosan.
Diante desta situação, Felipe Miranda mantém uma postura ainda otimista, de olho em vendas que poderiam ajudar a reduzir o endividamento:
“Marcelo [Martins] fez um call muito bom com os analistas, informando que quer praticamente zerar a dívida na Cosan. Para isso, há várias frentes acontecendo, como o interesse na unidade da Raízen na Argentina e no Porto São Luís, segundo notícias recentes, para os próximos meses.”
O analista ainda ressalta que a Cosan é uma companhia de muito valor e que tem capacidade de sair das complicações. “Desde os resultados, a empresa está indo na direção correta e também há possibilidade de melhora operacional na Raízen, fazendo o aumento de capital que precisa”.
Para ele, apesar da estranheza com a notícia da Petrobras, faz sentido que haja um novo parceiro na joint venture.
Miranda “receita” ainda a venda da Raízen Energia e de mais algumas plantas de etanol de segunda geração, que poderiam ajudar na arrecadação de capital para redução das dívidas.
Com essa organização, ele aponta a possibilidade de realizar o IPO da Compass, empresa do setor de gás e energia da Cosan, e o IPO ou venda da Moove, empresa de óleos lubrificantes do mesmo grupo.
O analista acredita que a alavancagem da Cosan poderia se resolver a partir dessa estratégia e a ação teria potencial para multiplicar “por duas ou três vezes” o preço atual em um novo ciclo.
“Esses procedimentos são lentos e nesse tiroteio com as taxas de juros é normal ficar preocupado com a alavancagem da Cosan, mas a direção da companhia está certa”.
Miranda completa: “Nos níveis atuais, com o desconto nos papéis da holding acima de 50%, e com tudo que Cosan tem condições de fazer, para os investidores que têm essa paciência de ficar dois ou três anos com o papel na carteira, é uma ação que você pode multiplicar na bolsa”.
Atualmente, a Empiricus Research recomenda a compra de CSAN3 e considera a ação uma das maiores assimetrias de valor da bolsa local.
Cosan é ‘boa pedida’ para uma carteira devidamente diversificada
É claro que, pelos riscos mencionados, as ações da Cosan são indicadas para uma carteira devidamente diversificada. É o caso do portfólio de 10 ideias montado pela analista Larissa Quaresma, junto com Felipe Miranda e outros analistas da casa.
Atualizado periodicamente com a dezena de ações mais atrativas da bolsa brasileira, na visão dos analistas, a carteira conta com um relatório detalhado em cada uma das ações escolhidas e uma análise macroeconômica do cenário atual.
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