
Imagem: Divulgação/BR Partners
Enquanto muitas ações têm desempenhos sofríveis em julho por conta das ameaças tarifárias de Donald Trump, os papéis do BR Partners (BRBI11) caminham na direção oposta, com ganhos de 6,7% no mês.
Em nossa visão, boa parte dessa alta é explicada por uma reunião que a companhia realizou com investidores no início de julho, sinalizando que, apesar de números ainda pressionados no 2T25, as perspectivas para o segundo semestre se mostram bem mais favoráveis do que se esperava no início do ano.
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Janela de M&As foi aberta?
A volta do Ibovespa para as máximas históricas e a perda de popularidade do Governo até o mês de junho fez diversas companhias retomarem planos de M&A que tinham sido colocados na geladeira desde o fim de 2024, no auge das preocupações fiscais. Aliás, devemos ver efeitos positivos dessas operações já nos resultados do segundo semestre.
É claro que os juros seguem elevados, e que as condições ainda estão longe de serem propícias para fusões e aquisições. No entanto, a retomada deste segmento, ainda que de maneira tímida, ajuda o mercado a revisar para cima as expectativas de lucro líquido do banco em 2025 (linha vermelha no gráfico abaixo).

Desempenho de BRBI11 (branco) e lucro esperado para 2025 (vermelho). Fonte: Bloomberg.
Apesar de as emissões de dívida ainda apresentarem bons volumes, as participações em M&As costumam ser bem mais atrativas em termos de rentabilidade. E como a concorrência encolheu depois de anos difíceis, a companhia pode pegar em cheio uma recuperação deste segmento, com capacidade de ver seu ROE chegar próximo a 30%, segundo a gestão.
Outra área que tem crescido acima das expectativas é o Wealth Management, e o banco não descarta aquisições para acelerar essa vertical, desde que encontre oportunidades por preços atrativos.
A reunião deixou claro que, mesmo diante de um cenário difícil, BR Partners segue mostrando excelente capacidade de adaptação, entregando resultados sólidos e ótimos dividendos.