1 2019-12-09T13:32:41-03:00 xmp.iid:217a1f9b-69a9-426f-a7e6-7b9802d22521 xmp.did:217a1f9b-69a9-426f-a7e6-7b9802d22521 xmp.did:217a1f9b-69a9-426f-a7e6-7b9802d22521 saved xmp.iid:217a1f9b-69a9-426f-a7e6-7b9802d22521 2019-12-09T13:32:41-03:00 Adobe Bridge 2020 (Macintosh) /metadata
Investimentos

Aumento de produção deve recolocar Vale (VALE3) no posto de maior produtora de minério de ferro do mundo

Vale está no caminho certo para conseguir entregar o aumento de produção anual de 30 milhões de toneladas prometido para os próximos anos

Por Ruy Hungria

06 out 2025, 14:08

Atualizado em 06 out 2025, 14:08

vale mineradora vale3

Imagem: iStock.com/CUHRIG | Edição CanvaPro

Nesta semana, Gustavo Pimenta completou um ano como CEO da Vale (VALE3) e concedeu entrevista ao Valor para falar sobre os avanços até aqui, e o que esperar para os próximos anos.

A evolução mais notável desde que assumiu foi a relação com o poder público. Desde a tragédia em Brumadinho, ficou muito mais difícil para a Vale conseguir licenças, fazer acordos, renovar concessões, etc. 

O grande triunfo de Pimenta, poucos meses depois de assumir o cargo, foi a conclusão do acordo envolvendo a barragem de Mariana, que eliminou um grande risco de cauda à tese. 

Com relação às licenças, recentemente a Vale recebeu a permissão para operação do Projeto Serra Sul +20 Mtpa, que proporcionará um aumento de 20 milhões de toneladas de produção por ano de minério de ferro, além de uma licença prévia para o projeto Bacaba, para produção de cobre.

Esses avanços mostram que a companhia está a caminho para conseguir entregar o aumento de produção anual de 30 milhões de toneladas prometido nos próximos anos.

Aumento que, segundo o CEO, deve recolocar a Vale no posto de maior produtora de minério de ferro do mundo, o que também ajudará no processo de diluição de custos – segundo ele, o custo caixa C1 deve convergir para baixo de US$ 20/ton (vs. US$ 21,8/ton em 2024). 

  • [Carteira de dividendos gratuita] Veja 5 ações que analistas recomendam para quem busca lucros ‘gordos’ com dividendos; acesse de graça aqui

Quantidade e qualidade

Mas não se trata apenas de aumentar o volume. Para conseguir maximizar o valor de seu portfólio é preciso entregar a qualidade de produto desejada pelo cliente. Para isso, atualmente a Vale possui plantas de blendagem, que ajustam o produto de acordo com as condições de mercado. 

Por exemplo, com o mercado siderúrgico trabalhando com margens apertadas, a disposição das usinas em pagar prêmios por qualidade de minério diminuiu muito. Nesse contexto, vender um produto com qualidade elevada sem receber o prêmio adequado por isso é o mesmo que deixar dinheiro na mesa.

Com o reequilíbrio da oferta de aço e a agenda de descarbonização (que, segundo ele, deve voltar com força em algum momento) a tendência é de que os produtos mais limpos e de maior qualidade recuperem destaque, e a companhia também estará preparada para maximizar o valor do seu portfólio nesse cenário.

Sabemos que as condições de mercado não são as melhores, com siderúrgicas pressionadas, desaceleração da China e perspectivas pouco animadoras para a demanda de minério de ferro. 

Por outro lado, Vale segue entregando diversas melhorias (volume, custos, licenças, etc) e negocia com valuation bastante atrativo, de 3,5x ebitda

Bacharel em Física formado na Universidade de São Paulo (USP), possui MBA de Finanças na Fipe e iniciou a carreira no mercado financeiro em 2011, na própria Empiricus Research. Está à frente da série da casa focada em opções desde 2018, além de contribuir na elaboração e decisões de investimentos nas séries da Empiricus focadas em microcaps e dividendos, além de fazer o acompanhamento de companhias de diversos setores, com mais foco em Utilities e Oil & Gas. Desde o início de 2020 é colunista do portal Seu Dinheiro.