(Imagem: Canva Pro / Montagem: Bruna Martins)
Na última semana, o grande assunto que dominou os holofotes do mercado foi a liquidação do Banco Master – que estava correndo risco de falência há algum tempo.
Além disso, as criptomoedas também ganharam espaço na atenção dos investidores. Recentemente, as moedas digitais vêm sofrendo correção, como o Bitcoin (BTC), que acumula queda de cerca de 20% apenas no último mês.
Por isso, alguns investidores questionam: Como evitar situações como a do Banco Master para a carteira de investimentos? Em meio a um mês difícil para as criptos, para onde correr? Por que o ouro segue sendo uma proteção em momentos de crise?
A boa notícia é que Felipe Miranda, CIO da Empiricus Research, respondeu essas perguntas em mais um episódio do Blink!, programa semanal do analista-chefe. Abaixo, você confere as respostas:
Como evitar situações como a do Banco Master para a minha carteira?
Felipe Miranda: “No fundo, é uma decisão de bom senso. A primeira coisa é pensar assim: todo mundo está pagando 110% do CDI, por que uma única empresa está pagando 140%?
Normalmente, todo mundo culpa o assessor de investimento, que também tem sua responsabilidade muitas vezes, culpam falta de transparência e assimetria de informação. Claro, o caso do Banco Master, pelo que parece, ele jogou ‘fora das quatro linhas’.
Então, obviamente, casos como esse devem ser evitados, mas eu não trato o investidor de uma forma infantilizada. Sempre procurei tratar os investidores pessoas físicas no Brasil como adultos. Então quando ‘a esmola é demais, o santo desconfia’. Por que esse camarada está totalmente fora do mercado?
Acho que tem que se investigar. Pergunta pro seu assessor quanto ele está recebendo de taxa e se é por isso que ele está oferecendo.
Além disso, é importante se manter dentro dos limites do FGC. O Master vai ser liquidado, o tempo até você receber o seu dinheiro de volta os juros não é acruado. Ou seja, você vai receber até certo ponto o juro, que é o principal dessa história aqui, mas, vai perder o CDI de outro momento. Sempre é apropriado uma boa análise de gestão de risco.“
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Colapso nas criptos, para onde corremos agora?
Felipe Miranda: “Colapso? Como é que um negócio que multiplica por N vezes, cai 20%, e é colapso? Não, um negócio que se multiplica por 10, 15, 30 vezes, é natural que ele passe por processo de correção de 20%, 25%, 30% eventualmente.
O Warren Buffett fala que se você não está preparado para ver suas ações caindo 50%, você não deveria comprá-las. Muitas vezes haverá crises sistêmicas, ou até idiossincráticas, ela vai cair 50%.
Então, acho que a cripto não tem colapso, há uma correção natural, dessa preocupação com o ambiente técnico nos Estados Unidos, que passou por várias dessas ao longo do caminho e depois se recuperou.
Acho que não tem que correr para lugar nenhum, tem que ter uma carteira diversificada, responsável, alinhada às preferências, disposição a risco e horizonte temporal.”
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Por que o ouro segue sendo uma proteção em momentos de crise?
Felipe Miranda: “Há 3 mil anos está funcionando, é o Lindy effect, um negócio que resiste ao tempo deve ter o seu valor. Para mim, essa [resistência] é a principal vantagem do ouro, que está associado à preservação de valor no tempo e à proteção da inflação.
De alguma maneira, ele é uma unidade de conta, visto como a grande proteção que o torna inclusive uma moeda fiduciária também. É um ato de fé, garantido pelos bancos centrais”
Veja no bloco abaixo o programa completo: