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Investimentos

BR Partners (BRBI11): Eficiência é destaque positivo em resultado em linha com as expectativas no 2T25

No todo, consideramos o resultado neutro, com a surpresa positiva em despesas compensada pela menor eficiência tributária

Por Larissa Quaresma, CFA

08 ago 2025, 13:04

Atualizado em 08 ago 2025, 13:04

BR Partners (BRBI11)

Imagem: Divulgação/BR Partners

Na quinta-feira (7), após o fechamento do mercado, o BR Partners (BRBI11) divulgou seus números do segundo trimestre de 2025 (2T25), que vieram em linha com a expectativa.

Destaque para o lucro antes de impostos, que superou em 8% a projeção média de mercado, crescendo 18% sequencialmente e +10% anualmente. A linha final, de R$ 45 milhões (+5% t/t e -13% a/a), teve expansão mais tímida devido a impostos corporativos maiores. Ainda assim, o ROE teve expansão sequencial de 1 ponto, para 22,6%. O trimestre marca uma recuperação das emissões de mercado de capitais em relação aos primeiros meses do ano, penalizados pela aversão a risco.

Veja o resultado do BR Partners por vertical

A receita somou R$ 139 milhões, com expansão sequencial de 9%, mas 2% abaixo do mesmo período do ano anterior.

Destaque para Treasury Sales & Structuring (+39% t/t e +27% a/a), beneficiado pela demanda por instrumentos de hedge para emissões de dívida.

A Remuneração do Capital (+33% t/t e +24% a/a) também ajudou na expansão, pelo maior CDI do período, assim como a vertical de Gestão de Patrimônio (+14% t/t e +13% a/a), beneficiada por R$ 1,7 bilhão em captação de recursos. Essas frentes compensaram o desempenho mais tímido de Investment Banking & Capital Markets (-6% t/t e -17% a/a), em que pese a atividade de M&A fraca, ainda que as emissões em mercado de capitais tenham se recuperado sequencialmente.

Eficiência é destaque positivo

A eficiência foi o destaque positivo do resultado, com despesas totais crescendo abaixo da receita: +3% sequencialmente e -10% anualmente. O ganho de margem veio das fortes reduções em pessoal (-11% a/a) e administrativas (-40%), o que vemos como positivo e simbólico da disciplina de custos da companhia.

Com isso, o lucro antes dos impostos apresentou forte expansão, para R$ 64 milhões (+18% t/t e +10% a/a). Entretanto, o mix de receitas, mais orientado a áreas que usam balanço (Treasury e Remuneração de Capital), levou a uma perda de eficiência tributária.

Essas áreas são tributadas com maior alíquota de imposto de renda; com isso, a linha final se expandiu em 5% sequencialmente, para R$ 45 milhões, ainda 13% abaixo do 2T24. Não obstante, o ROE se expandiu em 1 p.p. sequencialmente, para 22,6%, um patamar bastante saudável.

BRBI11: Resultado neutro, mas com surpresas positivas

No todo, consideramos o resultado neutro, com a surpresa positiva em despesas compensada pela menor eficiência tributária. A companhia anunciou o lançamento do seu programa de American Depositary Receipts (ADRs) na Nasdaq, o que permite que investidores estrangeiros comprem a ação da companhia diretamente do exterior.

Vemos o movimento com bons olhos, pois pode levar à expansão do múltiplo de negociação de BRBI11, atualmente em 7,0x (P/L 2026). Mantemos a recomendação de compra para a ação.

Analista de ações há 10 anos, é responsável pela série As Melhores Ações da Bolsa e pela carteira mensal Empiricus 10 Ideias, além de integrar a equipe da Carteira Empiricus, o portfólio multimercado da casa. Ao longo da carreira, teve passagens pela Núcleo Capital, tradicional fundo de ações brasileiro, e pelo Credit Suisse. Administradora formada pelo Ibmec-MG, aluna visitante da Stanford University e com certificações CFA, CNPI e CGA.