1 2019-12-09T13:32:41-03:00 xmp.iid:217a1f9b-69a9-426f-a7e6-7b9802d22521 xmp.did:217a1f9b-69a9-426f-a7e6-7b9802d22521 xmp.did:217a1f9b-69a9-426f-a7e6-7b9802d22521 saved xmp.iid:217a1f9b-69a9-426f-a7e6-7b9802d22521 2019-12-09T13:32:41-03:00 Adobe Bridge 2020 (Macintosh) /metadata
Investimentos

BR Partners (BRBI11): recém-implementada, área de Wealth Management deve ajudar a atravessar cenário de juros e dólar elevados

Mesmo com a forte alta da Selic a partir de 2021 e com o mercado praticamente fechado para ofertas de ações, a receita consolidada da BR Partners atravessou o dificílimo período entre 2022 e 2023 praticamente estável.

Por Ruy Hungria

04 jul 2024, 10:45

Atualizado em 04 jul 2024, 10:45

BR Partners (BRBI11)
Imagem: Divulgação/BR Partners

Parece que a cada novo relatório Focus divulgado, o cenário fica menos favorável para as empresas associadas à pré-histórica tese de financial deepening – que favorece o case BR Partners (BRBI11)

Com a enxurrada de notícias negativas (mudança de metas fiscais, receios com a postura da próxima gestão do BC, mais sinais de gastança por parte do governo, etc) os economistas têm constantemente elevado as perspectivas para a inflação e para a Selic nos próximos anos. 

Fonte: Relatório Focus, Banco Central do Brasil.

Com boa parte das receitas provenientes de atividades como assessoramento de M&As, IPOs e outras que normalmente dependem de um ambiente de juros baixos, o BR Partners (BRBI11) é uma dessas companhias associadas à tese de financial deepening, e que na teoria deveria ser punida pela piora das perspectivas recentes. Mas não é bem isso que notamos ao observar os resultados desde 2020. 

Receita de BR Partners atravessou muito bem períodos difíceis

Na verdade, mesmo com a forte alta da Selic a partir de 2021 e mesmo com o mercado praticamente fechado para ofertas de ações, a receita consolidada atravessou o dificílimo período entre 2022 e 2023 praticamente estável, e voltou a subir com mais intensidade desde o fim do ano passado, marcando novos recordes. 

Fonte: Companhia. Elaboração: Empiricus.

Como podemos observar no gráfico acima, o que aconteceu foi uma mudança na composição da receita. Enquanto o Investment Banking fez a lição de casa (com fees de emissão de dívida substituindo os fees de IPOs/follow-ons a partir de 2022), outras linhas passaram a ganhar relevância. 

A Tesouraria e Estruturação avançou, se aproveitando da necessidade dos clientes de se protegerem da alta do dólar e do aumento dos juros. Mais importante ainda foi o avanço da Remuneração do Capital, que está diretamente relacionada à própria Selic, e ganhou bastante relevância com o avanço dos juros.

Isso fica mais claro no gráfico abaixo, que mostra como o banco tem se tornado cada vez menos dependente da linha Investment Banking desde o IPO. 

Fonte: Companhia. Elaboração: Empiricus.

Wealth Management deve ajudar ainda mais no crescimento e geração de valor de BR Partners

É claro que seria muito melhor se os juros caíssem, o dólar voltasse para patamares palatáveis e o ambiente se tornasse propício para ofertas de ações e M&As.

Mais importante, porém, é saber que a small cap não depende disso para sobreviver, crescer e gerar valor. Aliás, a recém-implementada área de Wealth Management será mais uma a ajudar os resultados enquanto o ambiente não melhora. 

Por cerca de 7x Preço/Lucros esperados para 2025 e resultados resilientes mesmo em um ambiente difícil, BRBI11 segue como uma recomendação da Empiricus Research.

Bacharel em Física formado na Universidade de São Paulo (USP), possui MBA de Finanças na Fipe e iniciou a carreira no mercado financeiro em 2011, na própria Empiricus Research. Está à frente da série da casa focada em opções desde 2018, além de contribuir na elaboração e decisões de investimentos nas séries da Empiricus focadas em microcaps e dividendos, além de fazer o acompanhamento de companhias de diversos setores, com mais foco em Utilities e Oil & Gas. Desde o início de 2020 é colunista do portal Seu Dinheiro.