Investimentos

Como a alta recente do petróleo pode impactar os dividendos da Petrobras (PETR4)? 

Analista comenta sobre o que esperar dos proventos da Petrobras com a alta do petróleo e a possibilidade de dividendos extraordinários

Por Maisa Leme

13 jun 2025, 16:52 - atualizado em 13 jun 2025, 16:53

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Imagem: iStock/ sankai

O petróleo brent opera em alta de mais de 8% no final da tarde desta sexta-feira (13), impulsionado pelo acirramento dos conflitos no Oriente Médio após a ofensiva aérea de Israel contra o Irã

Enquanto as ações de diversos setores desabam com o acontecimento, as petroleiras da bolsa têm apresentado alta com a disparada da commodity. A Petrobras (PETR4) registra valorização de mais de 2% no pregão.

Segundo o analista Ruy Hungria, da Empiricus, a alta do petróleo tende não só a beneficiar os investidores da estatal com o ganho de capital, mas também com a probabilidade de aumento no pagamento de dividendos.

“Quando o petróleo chegou aos US$ 60 estávamos falando em um dividend yield de 8% a 9%, e agora voltamos a falar de um yield mais próximo de 13% a 14%”, disse em entrevista ao programa Giro do Mercado, do Money Times. 

Ainda segundo o analista, não é possível prever o comportamento do petróleo, mas o aumento da tensão no Oriente Médio afasta a possibilidade de uma queda brusca no preço da commodity.

Petrobras: dividendos extraordinários à vista?

Os investidores da Petrobras também estão na expectativa de dividendos extraordinários que, em tese, seriam distribuídos para auxiliar o governo a “fechar a conta”. Mas Hungria prefere ter cautela em relação a esses proventos. 

“É muito difícil saber. Não compraria Petrobras com base somente nas expectativas de dividendos extraordinários. Não apostaria nisso nesse momento”, disse. 

O analista recomenda a Petrobras para uma carteira de dividendos por outros fatores, como os preços mais atrativos do petróleo, o valuation barato e a possibilidade de uma mudança de governo em 2026 que poderia influenciar positivamente as ações.

“Nesses preços atuais de petróleo, ela consegue pagar um dividend yield acima de 10%, além de estar com um valuation de menos de 4 vezes os seus lucros. Estamos falando de uma ação que, se cair, no pior cenário, não vai cair tanto, mas que tem bastante potencial para se valorizar no melhor cenário, levando em conta todas essas questões”, afirmou.

Não por acaso a Petrobras está na carteira recomendada pela Empiricus para buscar dividendos. Para conferir as outras ações gratuitamente, basta clicar neste link

Veja a entrevista completa do analista Ruy Hungria no bloco abaixo:

Sobre o autor

Maisa Leme

Jornalista em formação pela Faculdade Cásper Líbero. Atualmente, estagia em redação no site da Empiricus.