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Investimentos

Devo investir em Suzano (SUZB3) após ações desabarem em 2025? Analista responde

Apesar das ações SUZB3 terem “apanhado” bastante na bolsa este ano, analista mantém visão construtiva para a produtora de celulose. Entenda.

Camila Paim Figueiredo Jornalista

Por Camila Paim

19 dez 2025, 13:16

Atualizado em 19 dez 2025, 13:16

SUZANO SUZB3

Imagem: Divulgação | Edição CanvaPro

A Suzano (SUZB3) não teve um ano fácil na bolsa. As ações chegam ao final de 2025 com queda de cerca de 15%.

Na semana anterior, a maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, reuniu seus investidores para apresentar o panorama atual da companhia em encontro anual.

Em resumo, o recado foi de que a companhia ainda enfrenta um mercado desafiador para a commodity no panorama global no médio prazo, com previsões de que a oferta extrapole a demanda – especialmente na China.

Segundo a analista Larissa Quaresma, da Empiricus Research, esse cenário, por si só, já pressiona os preços da celulose.

Apesar disso, a analista destaca três pontos apresentados no encontro com os investidores que, em sua visão, sinalizam um crescimento potencial da atratividade das ações. Confira quais são a seguir:

1 – Eficiência operacional como proteção em ciclos difíceis

Mesmo diante de um mercado pressionado para a celulose, a Suzano manteve o foco em ampliar sua competitividade estrutural este ano. A companhia projeta uma redução de 10% no custo caixa de produção até 2027.Além disso espera-se uma queda de 6% no desembolso total operacional (DTO), resultado de ganhos industriais, florestais e logísticos.

A nova fábrica, hoje a mais eficiente do portfólio, já opera acima do esperado e teve sua capacidade nominal elevada para 2,7 milhões de toneladas anuais sem capex adicional.

2 – Foco em desalavancagem e geração de caixa

Para Quaresma, no evento Suzano Day, a companhia demonstrou “compromisso com a desalavancagem após o intenso ciclo de investimentos na fábrica de celulose de Ribas do Rio Pardo (MS)”.

O capex previsto para 2026 é de R$ 10,9 bilhões, queda de 18% em relação a 2025 e 36% versus 2024, abrindo espaço para maior geração de caixa nos próximos anos.

Além disso, a companhia pretende reduzir a dívida líquida para US$ 12 bilhões e estabeleceu um teto de alavancagem de 2,5x dívida líquida/EBITDA, abaixo dos níveis atuais de 3,0x da meta anterior.

“A companhia continua focada em extrair valor de alocações de capital realizadas anteriormente, o que significa menos investimentos, mais eficiência e menor alavancagem nos próximos anos”, explica a analista.

3 – Diversificação do negócio: Joint venture com a Kimberly-Clark

Outra guinada importante para a Suzano partiu da joint venture (JV) com a Kimberly-Clark, firmando-a no mercado internacional como 8ª maior produtora de tissue, sob a marca Kleenex.

O movimento marcou uma diversificação de fontes de receita da companhia, com o segmento de Bens de Consumo atualmente representando 5% da receita do 3T25 e expectativa de alcançar cerca de 30% após a conclusão da JV.

No Brasil, a companhia concentra 23,4% de market share (ante 23,3% em 2024), com a marca Neve entre as preferidas dos consumidores em papel higiênico.

No exterior, a nova JV nasce com forte potencial de sinergias operacionais e replicação das práticas de eficiência já implementadas pela Suzano. Esse movimento reduz a volatilidade dos resultados e fortalece o perfil defensivo da companhia ao longo do ciclo.

“Em suma, a mensagem foi de colheita dos frutos de grandes projetos realizados no passado, por meio de mais eficiência e geração de caixa a partir do ano que vem. Como uma das produtoras mais eficientes do mundo, acreditamos que a Suzano está posicionada para tal,” afirma Quaresma.

Diante de tudo isso, vale a pena investir em Suzano?

Apesar das expectativas positivas para as ações da Suzano, a analista Larissa Quaresma optou por não incluir o papel em sua carteira mensal de recomendações para dezembro.

Em sua visão, existem fundamentos que sustentem uma possível recuperação, mas ainda é necessário tempo para que esse cenário se concretize e, por hora, prefere deixar a recomendação para suas carteiras de estratégias de longo prazo.

Já para a carteira mensal de 10 Ideias, Larissa avalia que, neste momento, há outras empresas melhor posicionadas para aproveitar as oportunidades atuais do mercado – e que você pode conferir quais são gratuitamente.  

Isso porque a Empiricus Research liberou o acesso ao relatório completo da carteira, que reúne a tese de investimento de cada ação, além de uma análise detalhada do cenário macroeconômico.

Em novembro de 2025, a carteira 10 Ideias registrou alta de +6,6%, superando o Ibovespa, que avançou +6,4% no mesmo período. No acumulado do ano, o portfólio sobe +34,7%, contra +32,3% do índice.

Para conferir a carteira completa e descobrir quais são as 10 ações para investir em dezembro, basta clicar no botão abaixo:

Jornalista formada na Universidade de São Paulo (USP), com mobilidade acadêmica na Université Lumière Lyon 2 (França). Trabalhou com redação de jornalismo econômico e mercado financeiro, webdesign e redes sociais, além de escrever sobre gastronomia e literatura.