
Imagem: iStock.com/MadamLead / Montagem: Empiricus Research
Dando continuidade à estratégia de simplificação, a Eletrobras (ELET6) anunciou a conclusão do descruzamento de participações em ativos que possuía junto com a Copel (CPLE6).
A Eletrobras transferiu as participações minoritárias que detinha na Usina Hidrelétrica Mauá (49%) e na transmissora Mata de Santa Genebra (49,9%) para a Copel, que passou a deter a totalidade das ações desses ativos.

Em troca, a Eletrobras recebeu R$ 365 milhões (R$ 196,6 em caixa mais dividendos) e 100% das ações da UHE Colíder, que possui 300 MW de potência instalada, com 70% da garantia física contratada no Ambiente de Contratação Regulada até 2044, e o restante no Ambiente de Contratação Livre até 2029.
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Trocas entre Eletrobras e Copel mexem com os ativos?
Em termos de valuation o impacto é neutro para as companhias, dada a similaridade do valor dos ativos/participações que foram trocados. Na verdade, a grande vantagem está na simplificação e captura de sinergias.
Localizada no rio Teles Pires (MT), a Colíder está próxima de outros ativos já operados pela Eletrobras na região, como a UHE Teles Pires, UHE Sinop e UHE São Manoel, com claras sinergias geográficas.
Além disso, o descruzamento é mais um passo na redução e simplificação da estrutura operacional e administrativa da companhia, que pode ganhar mais um capítulo importante.
Segundo rumores, a participação de 68% da Eletrobras na Eletronuclear tem atraído interessados após o recente acordo com a União, e o valuation pode ficar entre US$ 1 e US$ 2 bilhões, segundo as reportagens.
Apesar de não colocarmos esse desinvestimento em nossas contas, ele seria muito positivo para a companhia, não só pela entrada de caixa (que é boa notícia para dividendos), mas por livrar a Eletrobras de uma participação que gera muitos ruídos e poucos resultados.
Por 6,4x Valor da Firma/Ebitda, as ações da Eletrobras seguem na carteira.