Edição: CanvaPro
Diante de questões regulatórias que pressionam as companhias do setor elétrico, investidores de ações como Eletrobras (ELET6) e Eneva (ENEV3), duas recomendações da Empiricus Research, questionam se devem diminuir os pesos na carteira.
Na visão de Larissa Quaresma, analista de ações da casa, não é hora de reduzir a exposição às elétricas. Especialmente sobre ELET6 e ENEV3, a analista enxerga que “são duas ações que têm um duration longo e bem sensíveis a juros.”
“Nesse momento, é interessante a gente manter elétricas na nossa carteira. Além de ter o componente setorial e de sensibilidade aos juros, histórias microeconômicas bem interessantes estão acontecendo”, afirma a analista. Entenda caso a caso a seguir.
Eneva: Protagonista na segurança energética
A Eneva (ENEV3) entregou mais um Ebitda recorde no 2T25, de R$ 1,67 bilhão, (+56% frente ao 2T24).
Por outro lado, o lucro líquido ficou abaixo do esperado, em R$ 364,5 milhões, afetado por uma maior alíquota efetiva no período.
Ainda assim, o analista Ruy Hungria, da Empiricus, considerou os números sólidos, diante de um contexto de despachos relativamente baixos e que atrapalham o crescimento da receita.
“Vale destacar o recuo da alavancagem, que caiu de 4,3x no 2T24 para 2,7x no 2T25, ajudada principalmente pelo aumento do Ebitda – boa parte disso sendo contribuição das novas usinas”, comenta Hungria.
Quaresma completa que a empresa está em um momento de expansão da geração de energia a gás. “A Eneva tem um papel muito importante na segurança energética brasileira por conta da geração de energia termoelétrica. Esta, está menos correlacionada a questões climáticas, que acabam afetando as hidrelétricas – que são a maior parte da matriz energética brasileira”, afirma a analista.
Eletrobras (ELET6): Dividendos e privatização
No case da Eletrobras, o foco da analista é outro: “A privatização finalmente está começando a dar resultados, eliminando passivos problemáticos do balanço”.
Além disso, Hungria reforça que nos últimos 12 meses, o dividend yield da Eletrobras já supera 8%, reforçando sua visão de que a empresa está no caminho para se tornar uma ótima pagadora de dividendos.
Diante das movimentações mais recentes do mercado, os analistas enxergam que um corte de juros à frente deverá ser benéfico para estas companhias. “Gosto muito destes dois nomes”, afirma Quaresma.
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