1 2019-12-09T13:32:41-03:00 xmp.iid:217a1f9b-69a9-426f-a7e6-7b9802d22521 xmp.did:217a1f9b-69a9-426f-a7e6-7b9802d22521 xmp.did:217a1f9b-69a9-426f-a7e6-7b9802d22521 saved xmp.iid:217a1f9b-69a9-426f-a7e6-7b9802d22521 2019-12-09T13:32:41-03:00 Adobe Bridge 2020 (Macintosh) /metadata
Investimentos

Eletrobras (ELET6) e Eneva (ENEV3): é hora de diminuir exposição nas ações elétricas? 

As empresas de energia elétricas ainda são fortes recomendações para compor uma carteira de longo prazo. Confira. 

Camila Paim Figueiredo Jornalista

Por Camila Paim

12 set 2025, 14:12

Atualizado em 12 set 2025, 14:12

eneva enev3 eletrobras elet3 elet6

Edição: CanvaPro

Diante de questões regulatórias que pressionam as companhias do setor elétrico, investidores de ações como Eletrobras (ELET6) e Eneva (ENEV3), duas recomendações da Empiricus Research, questionam se devem diminuir os pesos na carteira.

Na visão de Larissa Quaresma, analista de ações da casa, não é hora de reduzir a exposição às elétricas. Especialmente sobre ELET6 e ENEV3, a analista enxerga que “são duas ações que têm um duration longo e bem sensíveis a juros.” 

“Nesse momento, é interessante a gente manter elétricas na nossa carteira. Além de ter o  componente setorial e de sensibilidade aos juros, histórias microeconômicas bem interessantes estão acontecendo”, afirma a analista. Entenda caso a caso a seguir. 

Eneva: Protagonista na segurança energética

A Eneva (ENEV3) entregou mais um Ebitda recorde no 2T25, de R$ 1,67 bilhão, (+56% frente ao 2T24). 

Por outro lado, o lucro líquido ficou abaixo do esperado, em R$ 364,5 milhões, afetado por uma maior alíquota efetiva no período. 

Ainda assim, o analista Ruy Hungria, da Empiricus, considerou os números sólidos, diante de um contexto de despachos relativamente baixos e que atrapalham o crescimento da receita.

“Vale destacar o recuo da alavancagem, que caiu de 4,3x no 2T24 para 2,7x no 2T25, ajudada principalmente pelo aumento do Ebitda – boa parte disso sendo contribuição das novas usinas”, comenta Hungria. 

Quaresma completa que a empresa está em um momento de expansão da geração de energia a gás. “A Eneva tem um papel muito importante na segurança energética brasileira por conta da geração de energia termoelétrica. Esta, está menos correlacionada a questões climáticas, que acabam afetando as hidrelétricas – que são a maior parte da matriz energética brasileira”, afirma a analista. 

Eletrobras (ELET6): Dividendos e privatização

No case da Eletrobras, o foco da analista é outro: “A privatização finalmente está começando a dar resultados, eliminando passivos problemáticos do balanço”.

Além disso, Hungria reforça que nos últimos 12 meses, o dividend yield da Eletrobras já supera 8%, reforçando sua visão de que a empresa está no caminho para se tornar uma ótima pagadora de dividendos.

Diante das movimentações mais recentes do mercado, os analistas enxergam que um corte de juros à frente deverá ser benéfico para estas companhias. “Gosto muito destes dois nomes”, afirma Quaresma. 

Jornalista formada na Universidade de São Paulo (USP), com mobilidade acadêmica na Université Lumière Lyon 2 (França). Trabalhou com redação de jornalismo econômico e mercado financeiro, webdesign e redes sociais, além de escrever sobre gastronomia e literatura.