
Na última quarta-feira (16), a pesquisa Quaest confirmou o que o mercado discutia nos últimos dias: o embate comercial e retórico entre Lula e Donald Trump impactou positivamente a popularidade do presidente brasileiro.
Os dados apontam que 43% aprovam Lula, o que representa um crescimento de 3 pontos percentuais em relação a junho. Ainda, 53% desaprovam o presidente, sendo uma queda de 4 pontos percentuais (no limite da margem de erro).
Apesar do cenário positivo para o governo no curto prazo, Matheus Spiess, da Empiricus Research, acredita que a alta na aprovação pode não se sustentar em um período maior de tempo.
Porque a alta na popularidade de Lula pode ser limitada?
Para o analista, não foi apenas o “tarifaço” de Trump que contribuiu para uma variação na popularidade de Lula. Segundo ele, essa dinâmica era esperada por dois fatores:
“O primeiro, quando o governo começou a perder pautas no Congresso e ‘agressivou’ o tom. Se valeu de recursos antigos que animam um eleitorado mais radicalizado da esquerda, do ‘nós contra eles’, da taxação dos super ricos, e consequentemente voltou a ganhar popularidade nesses eixos”, disse.
Em um segundo momento, a tarifa agressiva anunciada por Trump corroborou o movimento positivo através do discurso de Lula de defesa da soberania nacional. Mas, segundo Spiess, o impacto econômico derivado das tarifas pode fazer com que esse ganho tenha prazo de validade.
“Não vejo o Lula se beneficiando disso a longo prazo, porque significa que estendemos o assunto por mais tempo e o impacto na economia começaria a ser pior, principalmente no câmbio. Se impacta o câmbio, impacta os juros, e, consequentemente, a atividade econômica é impactada. Ou seja, começa a ter um efeito reverso na popularidade”, afirmou o analista.
Spiess também lembra que a popularidade do governo já era negativa mesmo com a economia apresentando dados fortes, ainda que “artificiais”. Com os efeitos da taxa Selic em 15% começando a bater na atividade econômica, a tendência é que a aprovação piore.
“Quando começarmos a ver deterioração da atividade e uma alta no desemprego [em decorrência do aperto monetário], vamos voltar a ver mácula sobre a popularidade”, conclui.
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